TURQUIA

A Turquia, em turco: Türkiye, é um país euro-asiático que se estende por toda península da Anatólia, no extremo ocidental da Ásia e pela Trácia Oriental ou Rumélia, no sudeste da Europa.O país faz fronteira com oito países: a noroeste com a Bulgária, a oeste com a Grécia, a nordeste com a Geórgia, Arménia e com o enclave de Nakichevan do Azerbaijão, a leste com o Irão e a sudeste com o Iraque e a Síria. O Mar Mediterrâneo e Chipre situam-se a sul, o Mar Egeu a sudoeste-oeste e e o mar Negro a norte. O Mar de Mármara, o Bósforo e o Dardanelos (que juntos formam os Estreitos Turcos) demarcam a fronteira entre a Trácia e a Anatólia e separam a Europa da Ásia.

A localização da Turquia, entre a Europa e a Ásia, torna o país geoestrategicamente importante. O país tem relações estreitas o ocidente, nomeadamente através da sua presença em organizações como o Conselho da Europa, OTAN, OCDE, OSCE e G20. A Turquia iniciou as negociações de adesão plena à União Europeia em 2005, da qual é membro associado desde 1963 e com a qual tem um acordo de união aduaneira desde 1995. O país também tem fomentado estreitas relações culturais, políticas, económicas e industriais com o Oriente Médio, com os estados turcos da Ásia Central e com os países africanos através da participação em organizações como a Organização da Conferência Islâmica e a Organização de Cooperação Económica. Graças à sua localização estratégica, a sua grande economia e o seu exército, a Turquia é classificada como uma potência regional.

Mas andando um pouco atrás na História... Os turcos começaram a migrar para a área que actualmente é a Turquia "terra dos turcos" no século XI. O processo foi acelerado pela vitória do Império Seljúcida sobre o Império Bizantino. Os turcos seljúcidas constituíram um poderoso reino na Anatólia até às invasões mongóis, em meados do século XIII. A decadência do Sultanato Seljúcida deu origem à independência e expansão política e militar de uma série de beilhiques (principados muçulmanos), entre eles o dos otomanos, em turco: osmanlı - os filhos de Osman, que viria a absorver os restantes beilhiques e a criar o Império Otomano, que no seu auge, nos séculos XVI e XVII, se estendia desde o Sudeste da Europa ao Sudoeste da Ásia e Norte da África. Com o colapso do Império Otomano após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial, os territórios foram ocupados pelos aliados. Um grupo de jovens oficiais militares, liderados por Mustafa Kemal, organizaram uma resistência contra os Aliados, e em 1923 estabeleceram a República da Turquia.


1. ISTAMBUL


Istambul, em turco: İstanbul, antiga Bizâncio e Constantinopla (nome ainda usado em várias línguas, como no grego Κωνσταντινούπολις, Konstantinúpolis), é a maior cidade da Turquia. Foi sucessivamente a capital do Império Romano do Oriente, do Império Otomano e da República da Turquia até 1923. Actualmente, embora a capital do país seja Ancara, Istambul continua a ser o principal pólo industrial, comercial, cultural e universitário e inclusivé algumas zonas históricas de Istambul foram declaradas Património da Humanidade pela UNESCO, em 1985, pelos importantes monumentos e ruínas históricas.

A religião predominante na Turquia é o islamismo, com pequenas minorias de cristãos e judeus contudo Istambul é também sede Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, isto da Igreja Ortodoxa.

Não faltam na cidade monumentos religiosos e para mim o mais marcante é a Blue Mosque, Mesquita Azul ou Mesquita do Sultão Ahmed (em turco: Sultanahmet Camii) que é uma mesquita otomana que foi construída entre 1609 e 1616 e está situada no bairro de Eminönü, no distrito de Fatih. Construída em um estilo clássico otomano é um triunfo em harmonia, proporção e elegância e é a única mesquita de Istambul que possui seis minaretes. A sensação que tive ao estar em frente a esta bonita mesquita foi a de ter viajado para dentro de um conto das Mil e Uma Noites... Acreditem que achei mesmo que estava num conto de fadas... Apesar de linda por fora, o seu magnífico exterior não faz sombra a seu suntuoso interior. Uma verdadeira sinfonia de belos mosaicos azuis de Iznik em conjugação com magníficos vitrais nos mesmos tons, dão ao espaço uma atmosfera muito especial. Não há figuras no interior da Mesquita pois os muçulmanos não fazem o culto a imagens. Ao entrar na Mesquita é necessário tirar os sapatos. Como é natural, calções curtos, minissaias, bermudas ou camisetas sem mangas não são recomendados mas os funcionários da mesquita fornecem uma espécie de canga para cobrir as partes do corpo que desrespeitem a religião muçulmana.


À frente da Mesquita Azul fica a Basílica de Santa Sofia separada apenas por um bonito espaço ajardinado. Acreditem todo aquele lugar parece mágico...

A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia (grego: Άγια Σοφία), que significa "Sagrada Sabedoria"; chamda Ayasofya em turco, é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla (actual Istambul). A primeira grande igreja no local foi construída pelo Imperador Constâncio, filho de Constantino o Grande, mas foi destruída durante a Revolta de Nika de 532. O edifício foi reconstruído em sua forma actual entre 532 e 537 sob a supervisão pessoal do imperador Justiniano I, que mandou Paulo Silenciário compor um poema descrevendo a beleza da igreja, comparada por ele a um "campo de mármore", tantas as cores utilizadas. Coberta por uma abóbada central com 31 m de diâmetro e 55,6 m de altura, é considerada o exemplo principal da arquitectura bizantina e seu interior foi decorado com bonitos mosaicos, colunas e esculturas de mármore. A riqueza e o nível artístico da basílica teria levado Justiniano a dizer "Νενίκηκά σε Σολομών" - "Salomão, eu superei-te!". Durante 900 anos, a basílica foi a sede do Patriarca Ortodoxo de Constantinopla e o principal cenário para cerimónias imperiais. Foi convertida em mesquita após a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos comandados pelo Sultão Mehmed II, em 1453. Os seus ricos mosaicos figurativos foram cobertos com emplastro. Por quase 500 anos, foi a principal mesquita de Istambul e serviu como modelo para muitas das grandes mesquitas otomanas da cidade, tais como a Mesquita Shehzade, a Mesquita Solimão e a Mesquita Rustem Pasha. Em 1935, Kemal Atatürk ordenou a sua secularização e a basílica converteu-se em museu. Não obstante, os mosaicos coloridos remanesceram na maior parte emplastrados e o edifício deteriorou-se. Uma missão da UNESCO em 1993 notou a queda do emplastro, revestimentos de mármore sujos, janelas quebradas, pinturas decorativas danificadas pela humidade e falta de manutenção em geral. Desde então tem-se procedido à restauração do monumento. Os excepcionais mosaicos do chão e paredes que estavam cimentados desde 1453 estão agora a ser escavados gradualmente...




Uma outra mesquita que penso ter interesse visitarem por se encontrar no lado asiático de Istambul e por ter um lava pés engraçado... eheh é a Mesquita Mihrimah Sultan ou Iskele Mosque ou ainda Jetty Mesquita ou Üsküdar Quay Mosque ou em turco: Mihrimah Sultan Camii ou Iskele Camii. Podem apanhar um ferry que vos deixará mesmo em frente à mesquita conjugando à visita com um passeio no Bósforo... ehehe. Esta mesquita é um dos marcos históricos mais conhecidos do distrito de Üsküdar. É a primeira das duas mesquitas construídas pela Sultana Mihrimah, filha do sultão Suleiman, casada com o grão-vizir Rüstem Pasha. Foi construída entre 1546 e 1548. Mihr-i-Mah significa sol e lua...




Outro sítio interessante é o Palácio de Topkapı (em turco: Topkapı Sarayı). O nome significa "porta do canhão" devido a uma estrutura no lugar onde foi construído. Foi construído por Mehmet II, o conquistador, poucos anos após a conquista de Constantinopla, em 1453, e foi a residência dos sultões por três séculos. Era um complexo composto por quatro grandes pátios e muitos pequenos edifícios incluindo uma mesquita e um hospital e no auge de sua existência como residência real, albergava umas 4.000 pessoas. Este Palácio foi perdendo a sua importância no final do século XVII, com os sultões a preferirem passar mais tempo nos seus novos palácios ao longo do Bósforo. O complexo do palácio tem centenas de salas, apesar de apenas as mais importantes estarem acessíveis, está repleto de exemplos de arquitectura otomana e também contém grandes colecções de porcelanas, roupas, armas, escudos, armaduras, manuscritos islâmicos caligrafia e pinturas murais, tesouros e jóias otomanas e relíquias sagradas para os muçulmanos, como os pêlos da barba e a marca do pé do profeta Maomé. Todo o complexo é guardado por funcionários do ministério, bem como guardas armados do exército turco. 

Podem visitar-se desde as cozinhas, às salas do tesouro, passando pelos jardins imperiais e pelos apartamentos privados do sultão mas talvez a visita que desperte maior interesse seja o harém imperial... O Harém Imperial (Harem-i Humayun) ocupa uma das secções dos apartamentos privados do sultão que continha mais de 400 quartos, consiste numa série de edifícios e estruturas, ligados por corredores e pátios era a casa da mãe do sultão, das concubinas e consortes do sultão, e do resto da sua família incluindo crianças (príncipes), e respectivos criados assim como os eunucos que guardavam o harém. Toda equipa de empregados e diferentes grupos hierárquicos que residiam no harém tinham o seu próprio espaço de vida agrupado em torno de um pátio. O número de quartos do harém não está determinado mas seriam provavelmente mais de 100...

É em geral uma visita interessante que nos remete para este estilo de vida.



Outros lugares de carácter religioso são a Mesquita de Arap, antiga igreja gótica católica, Igreja de Santo Estêvão dos Búlgaros, também conhecida como Igreja de Ferro, a Mesquita de Fatih, a Mesquita de Süleymaniye (Mesquita de Solimão) e o Cemitério de Eyüp.

Uns doa locais a não perder são os bazares. O Bazar das Especiarias, Spice Bazaar ou Bazar Egípcio (em turco: Mısır Çarşısı) é um dos bazares mais antigos e maiores da situado perto das margens do Golden Horn. Diversos documentos sugerem que o nome original do mercado era "Novo Bazar". No entanto, devido ao facto das especiarias estarem entre as mercadorias mais transaccionadas e a maior parte delas serem importadas via Egipto, o termo "Bazar Egípcio" ganhou popularidade. O termo turco mısır, semelhante ao nome do Egipto em árabe (misr), tanto pode significar "Egipto" como milho, o que leva a que por vezes o nome seja erroneamente traduzido como Bazar do Milho. Desde a sua criação que o bazar foi (e ainda é) o principal centro de venda de especiarias em Istambul.

Uma coisa que também se vende no bazar são os doces que eu conheço apenas pelo nome inglês turquish delights ou lokum que são uns doces feitos à base de uma espécie de goma de amido aromatizada e açúcar podendo conter também frutos secos. Vendem-se em pequenos cubos polvilhados. Eu sou uma gulosa e lembro-me de em cada lojinha nos oferecerem a provar e de ter sentido no fim do mercado que já não conseguia comer mais nada tão depressa ehehe.




Um outro bazar a não perder e que é ainda maior que o das especiarias é o Grande Bazar. O Grande Bazar (em turco: Kapalicarsi, significando Bazar) é um dos mercados cobertos maiores e mais antigos do mundo, composto por 12 grandes edifícios, com mais de 58 ruas cobertas, mais de 4.000 lojas e 22 portas, atrai entre 250 mil e meio milhão de visitantes por dia…. Inaugurado em 1461 é conhecido pelas suas jóias, cerâmica, especiarias, e lojas de tapetes. Muitas das lojas no bazar são agrupadas por tipo de bens, com áreas especiais para casacos de couro, jóias de ouro, assim por diante.

Apesar da língua oficial do país ser o turco, falado pela esmagadora maioria da população e a segunda língua mais usada ser o curdo, falada pela maior minoria do país, os curdos, que representam cerca de 18% da população consegue-se comunicar perfeitamente em Inglês. E os vendedores são uma simpatia. Lembro-me que demorámos mais um bocado numa loja e falámos um pouco com um rapaz que depois nos seguiu e queria convidar-nos para jantar... sim os turcos além de simpáticos são um pouco atrevidos... eheh




Outros locais de interesse para os turistas são: O Golden Horn ou Corno de Ouro em turco: Haliç, em grego: Χρυσοκερας que é um estuário que divide o lado europeu da cidade de Istambul em duas partes; O Beyoğlu Beyoğlu é uma das áreas mais animadas de Istambul, nomeadamente à noite, encontram-se neste distrito que fica a norte do Corno de Ouro, que corresponde em traços gerais ao subúrbio histórico de Constantinopla, Gálata e o bairro romântico de Pera actualmente chamado Karaköy, que até à primeira metade do século XX eram habitados principalmente por ocidentais, gregos e arménios, não só imigrados, mas também descendentes de italianos, franceses e de outras nacionalidades que em alguns casos se haviam instalado na área na Idade Média. Beyoğlu está ligada à Velha Istambul pela Ponte de Gálata, que liga Karaköy a Eminönü, no que é hoje distrito de Fatih, e pela ponte de Unkapanı, mais a oeste. É frequente dizer-se que a parte europeia de Istambul tem dois centros, o antigo, centrado na Praça Sultanahmet e o "novo" (do século XIX e XX), centrado na na Avenida İstiklal e na Praça Taksim; A Avenida de Istiklal (İstiklâl Caddesi), em turco: İstiklâl Caddesi (Avenida da Independência), antiga Grand Rue de Pera e Cadde-i Kebir no período otomano, é uma das avenidas mais famosas de Istambul. Situada no coração do distrito histórico de Beyoğlu, é muito popular tanto para os turistas como para os locais — em alguns dias de fim-de-semana chega a ser visitada por quase 3 milhões de pessoas; A Torre de Gálata, em turco: Galata Kulesi também chamada pelos genoveses Christea Turris (a Torre de Cristo, em latim), e Megalos Pyrgos (Grande Torre) pelos bizantinos é uma torre de pedra medieval no distrito de Galata e é um dos lugares mais chamativos da cidade. Oferece uma vista panorâmica da cidade de Istambul, Bósforo e arredores. Tem um restaurante e um café no seu piso superior e uma discoteca com um show turco. Ainda têm a Bagdat Caddesi (Avenida Bagdá) é a principal rua comercial da Kadıköy, repleta de boutiques de luxo, lojas, cafés, bares, restaurantes e empresas. Outro marco na Kadıköy é o Kozyatagi Business Center.Também a não perder são a Baia e Restaurantes de Peixe de Bebek e os Banhos de Roxelana, em turco: Haseki Hürrem Sultan Hamamı, um hamam (banhos turcos) situado junto à Basílica de Santa Sofia. Os banhos foram construídos no século XVI pelo arquitecto real Sinan por ordem de Solimão, o Magnífico e foram baptizados com o nome de Roxelana, a esposa do sultão. Foram criados para a congregação religiosa da Basílica de Santa Sofia e albergaram até recentemente uma loja estatal de tapetes. Em 2007 as autoridades de Istambul decidiram dar à hamam a sua utilização original depois de um hiato de 105 anos e lançaram um concurso para a restauração que foi ganho por um grupo de desenvolvimento do turismo. Os banhos deverão abrir em junho de 2011 e cobrar 86 € pelo o habitual banho de vapor, peeling e massagem de sabão.




Também podem visitar o Palácio Dolmabahçe (em turco Dolmabahçe Sarayı) é um edifício localizado no lado europeu do Bósforo e foi o principal centro administrativo do Império Otomano de 1853 a 1922. O Dolmabahçe foi o primeiro palácio de estilo europeu em Istambul e foi construído por ordem do sultão Abdülmecid I entre 1842 e 1853, com um custo de cinco milhões de libras de ouro otomanas, equivalentes a 35 toneladas de ouro das quais 14 foram usadas só para ornamentar os tectos do palácio. O maior lustre de cristal da Boémia, presenteado pela rainha Vitória decora o salão central. O candeeiro tem 750 lâmpadas e pesa 4,5 toneladas. O Dolmabahçe tem a maior colecção de lustres feitos de cristal da Boémia e Baccarat do mundo. Mustafa Kemal Atatürk, fundador e primeiro presidente da República da Turquia, passou seus últimos dias no palácio Dolmabahçe. De museus têm o Museu dos Mosaicos do Grande Palácio, em turco Büyük Saray Mozaikleri Müzesi, está situado próximo da praça de Sultanahmet, e abriga mosaicos do período bizantino, encontrados no sítio arqueológico do Grande Palácio de Constantinopla; e o Museu Sadberk Hanım com interessantes exposições sobre as diversas civilizações e arte, Anatólia, helénica, bizantina, românica, otomana e islâmica.




Outros lugares de interesse são a Cisterna da Basílica em turco: Yerebatan Sarnıcı ou Yerebatan Sarayı (cisterna ou palácio subterrâneo ou afundado), em grego: Βασιλικὴ κινστέρνη, é a maior das dezenas ou centenas de cisternas construídas em Istambul durante a época bizantina e encontra-se perto da Basílica de Santa Sofia. Construída em poucos meses, no ano 532, utilizando 336 colunas romanas procedentes de templos pagãos da Anatólia, a maioria coríntia. Ocupa uma área de 10 000 m²,tem 8 metros de altura e capacidade para 30 milhões de litros. Foi utilizada até finais do século XIV como cisterna de água e a meados do século XIX foi restaurada depois de ser usada como armazém de madeira. A cisterna foi construída para evitar a vulnerabilidade da cidade se fosse destruído o Aqueduto de Valente. A cisterna foi usada como cenário para o filme de James Bond, em “From Russia with Love”. De interesse arqueológico são também as Muralhas de Constantinopla, uma série de muralhas de pedra que rodeavam e protegiam a cidade de ataques navais, desde que passou a ser a capital do Império Romano do Oriente por decisão de Constantino, o Grande. Com diversas adições e modificações ao longo de sua história, constituíram o último grande sistema de fortificação da Antiguidade, e um dos mais complexos e elaborados sistemas já construídos. O Yedikule (Castelo das Sete Torres) faz parte das muralhas de Constantinopla e é uma outra atracção da cidade. O Rumeli Hisarı (Castelo de Rumélia) que é uma fortaleza situada nas margens europeias do Bósforo, no que é hoje o distrito de Sarıyer. Foi construída pelo sultão Mehmed II entre 1451 e 1452 no local onde o Bósforo é mais estreito. A intenção de Mehmed II ao construir Rumelihisarı foi impedir a ajuda a Constantinopla vinda do Mar Negro durante o Cerco de Constantinopla que antecedeu a conquista turca da cidade. Na margem oposta do Bósforo já existia outra fortaleza otomana, a Anadoluhisarı construída entre 1393 e 1394, pelo que qualquer navio hostil que tentasse passar o estreito se encontraria ao alcance de tiro de pelo menos uma das fortalezas. Também podem querer passar no   O Fórum de Teodósio, originariamente, em latim, Forum Tauri (fórum do touro), antigo fórum de Constantinopla recebeu no século IV seu nome actual, praça Beyazit e foi rodeado de edifícios civis e públicos de mármore como igrejas e termas, decorado com pórticos. O capitólio do fórum permaneceu no noroeste.




A Torre de Leandro, também conhecida como Torre da Donzela (em turco: Kız Kulesi) é uma construção histórica que ocupa uma ilhota do estreito do Bósforo, ao largo de Üsküdar.

A torre foi originalmente construída em 408 a.C. pelo general ateniense Alcibíades para controlar o movimento dos navios persas no Bósforo entre o que eram então Bizâncio, no lado europeu (ocidente) e Chrisópolis (em grego: Χρυσόπολις), depois chamada Scutari ou Scutarion (Σκουτάριον), situada onde é hoje Üsküdar, no lado oriental. O imperador bizantino Aleixo I Comneno aumentou-a e transformou-a numa fortaleza em 1110 d.C. Depois disso foi restaurada e modificada várias vezes pelos otomanos, sobretudo em 1509 e 1763. Usada como farol durante séculos, o interior foi transformado num café e restaurante com vistas magníficas sobre a cidade. Vários barcos asseguram o transporte várias vezes ao dia.

Há muitas lendas acerca da construção da torre e da sua localização. Uma das lendas turcas mais populares conta que um sultão tinha uma filha que adorava. Um dia, um oráculo profetizou que ela seria morta por uma cobra venenosa no seu 18º aniversário. Num esforço para evitar a perda prematura da filha, o sultão colocou-a longe da terra, para que ficasse longe de cobras, para o que mandou construir a torre, onde a visitava frequentemente. No 18º aniversário da princesa, o sultão levou um cesto de frutos exóticos como presente. Assim que a princesa se aproximou do cesto, foi mordida por uma áspide que se tinha escondido entre as frutas. A princesa acabou por morrer nos braços do pai, que assim viu concretizada a profecia. Supostamente o nome de Torre da Donzela tem origem nesta lenda. O nome mais clássico de Torre de Leandro tem origem noutra história que também inclui uma donzela: o mito grego de Hero e Leandro. Heros era uma jovem sacertodisa de Afrodite em Sestos, uma cidade grega à beira do Helesponto (estreito de Dardanelos). Leandro era um jovem de Abidos, a cidade do outro lado do estreito, que se apaixonou por Hero. Todas as noites Leandro atravessava o estreito a nado para se encontrar com a sua amada. Para o guiar no escuro, Hero acendia uma lanterna, que colocava no topo da torre onde vivia. Não resistindo à doce conversa de Leandro, que argumentava que Afrodite, como deusa do amor, iria desdenhar a adoração de uma virgem, Hero concordou em ser amante de Leandro. Os apaixonados encontraram-se todas as noites de um verão quente, mas no inverno, numa noite de tempestade, as ondas arremessaram Leandro ao mar e o vento apagou a lanterna de Hero. Sem nada que o orientasse, Leandro perdeu-se no mar e acabou afogando-se. Desesperada pela morte de Leandro, Hero atirou-se do cimo da torre. Esta lenda também explicaria o nome de Torre da Donzela. Devido à semelhança física e proximidade geográfica dos Dardanelos com o Bósforo, a história de Leandro foi atribuída à torre do Bósforo pelos antigos gregos e posteriormente pelos bizantinos.

Na fotografia em baixo mostro uma fotografia de um hotel que estava planeado ser construido em Istambul, não sei se chegou a ser mas se foi, fica a sugestão...




Se tiverem oportunidade, no Mar da Marmára, têm as Ilhas dos Príncipes em Adalar que é um distrito constituído por um conjunto de sete ilhas do Mar de Mármara que se encontram a pouco mais de 4 km ao largo da costa asiática de Istambul, em frente a Maltepe e a sul de Kadıköy. As ilhas são também conhecidas como Prens Adaları (Ilhas dos Príncipes) e Kızıl Adalar (Ilhas Vermelhas). O seu nome em grego clássico é Πριγκήπων νήσοι, e em grego τα Πριγκηπόνησα. As ilhas têm a particularidade de não terem veículos motorizados, pois o seu uso é interdito.




Há muito mais para ver na Turquia, há pelo menos dois sítios que gostava de conhecer Cappadoccia e as Piscinas de Sal de Pamukkale ambas na parte asiática do país... Mas há mais sítios interessantes vejam os top 50 locais a visitar aqui.

1 comment:

Rubi said...

muito legal Patrícia, parabéns