HUNGRIA

A Hungria, oficialmente República da Hungria, em húngaro: Magyarország ou Magyar Köztársaság, é um país na Europa Central, situado na Bacia de Panónia e faz fronteira com a Eslováquia a norte, a Ucrânia e a Roménia a leste, a Sérvia e a Croácia a sul, a Eslovénia a sudoeste e a Áustria a oeste.

Apesar de não ser banhada pelo mar, não tem falta de água... É atravessada pelo Danúbio navegável por 418 km e pelo Tisza por 444 km. A destacar tem ainda o lago Balaton, que com uma área de 592 km² é o maior lago da Europa Central e Oriental que é conhecido por "Mar Húngaro". 

Na verdade a Hungria é mesmo um bom sítio para ir a banhos mas aprofundarei mais esse assunto quando falar de Budapeste...

Falemos primeiro um pouco de História... A região esteve sob influência celta (após c. 450 aC) e romana (9 dC - 430 dC) período, e só foram lançadas as fundações para um reino no séc IX, pelo governante húngaro Árpád, cujo bisneto é Santo Estêvão I da Hungria. Este santo, nascido Vajk, Grande Príncipe dos húngaros, foi inicialmente baptizado sobre a fé ortodoxa mas mais tarde tornou-se católico romano e foi re-baptizado com o nome de Stephen (István) que significa coroa. Ele é considerado o fundador do Reino da Hungria. Segundo a tradição húngara durante a disputa pela coroa de Stephen com o seu tio, um pagão, o papa Silvestre II, com o consentimento de Otto III, Sacro Imperador Romano, enviou uma coroa de ouro magníficas jóias a Stephen juntamente com uma cruz apostólica e uma carta de bênção reconhecer oficialmente Stephen como o rei cristão da Hungria. Mais tarde, essa tradição foi interpretada como o reconhecimento papal da independência da Hungria do Sacro Império Romano. Stephen expandiu enormemente o controle da Hungria sobre a Bacia dos Cárpatos e o cristianismo foi amplamente estabelecido na região. Quando morreu foram-lhe atribuídos vários milagres e o Papa Gregório VII canonizou-o. 

O Reino da Hungria durou 946 anos era considerado um dos centros culturais do mundo ocidental. Depois de cerca de 150 anos de ocupação otomana parcial (1541-1699), a Hungria foi integrada na Monarquia de Habsburgo e mais tarde por acordo entre as duas casas reais constituiu-se o Império Austro-Húngaro (1867-1918), nessa altura Budapeste e Viena eram o centro do Império que controlava também, eslovenos, croatas, polacos, eslovacos e checos... 

Tornou-se uma grande potência até que em 1914 o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand da Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, se tornou o gatilho 1ª Grande Guerra. Este assassinato por um nacionalista sérvio resultou num ultimato do Império contra o Reino da Sérvia, na sequência disso foram criadas alianças entre as grandes potências da Europa, como o Império Alemão, o Império Austro-húngaro, Império Otomano vs o Império Russo, o Império Britânico, França e Itália e rapidamente a Europa mergulhou na guerra. Com o fim da guerra, as potências-imperiais alemã, russa (aliada), austro-húngara e otomana tinham sido militar e politicamente derrotadas. Os dois primeiros estados perderam uma grande quantidade de território, enquanto os dois últimos foram desmontados completamente. O mapa da Europa central foi redesenhado em vários estados menores. A Hungria perdeu mais de 70% de seu território, juntamente com um terço de sua população de etnia húngara, e todos os portos marítimos. 

O reino foi sucedido por um era comunista (1947-1989) durante a qual a Hungria ganhou atenção internacional generalizada aquando da Revolução de 1956 e da mudança unilateral de abrir sua fronteira com a Áustria em 1989, acelerando assim o colapso do Bloco Oriental. A forma actual de governo é a república parlamentar, criada em 1989. Em 2004, a Hungria ingressou formalmente na União Europeia.

A capital do país é a cidade de Budapeste, a maior do país.


1. BUDAPESTE


Estive duas vezes em Budapeste, a primeira muito de passagem com a Filipa quando fizemos o interrail juntas, a Filipa já conhecia e não vimos muito, mas fiquei com curiosidade e voltei lá uma segunda vez sozinha... 

Vale a pena visitar: a Colina do Castelo em Buda, com o Palácio Real e a Igreja de Matias, é uma das atracções mais populares em Budapeste. Toda a zona em conjunto com as pontes sobre o Danúbio e cais, são locais de património mundial a não perder. O Bairro do Castelo abunda em monumentos históricos, lindas casas antigas, passeios românticos, óptimos cafés e restaurantes. Algumas das melhores vistas panorâmicas da cidade podem ser admiradas do Bastião dos Pescadores. Embora a história do bairro remonte à época medieval a maioria dos edifícios são de época posterior (sec. XVII-XIX.). Podem completar o passeio nesta zona com uma prova de vinhos numa adega de pedra no Hotel Hilton. A adega abobadada é uma parte do sistema de labirintos subterrâneos construídos pelos habitantes do castelo durante a Idade Média.

Outra bem atracção bem conhecida é a Chain Bridge (Széchenyi Lánchíd) que atravessa o Danúbio, junto ao sopé da Colina do Castelo. Construída em meados do século XIX, a ponte de pedra foi a primeira ligação permanente entre Buda e Pest. Uma maneira ideal e relaxante de explorar as vistas nas margens do Danúbio é fazendo um cruzeiro no Danúbio ou passeios ao longo do rio.

Ao passearem ao longo das margens do rio, não percam uma das jóias arquitectónicas de Budapeste, o Gresham Palace em estilo o art-nouveau na Praça Roosevelt. Depois de uma extensa restauração concluída em 2004, o palácio abriga o Four Seasons Hotel Gresham Palace, um dos melhores hotéis em Budapeste.

Gellért Hill, o penhasco dolomita em Buda é um dos mais belos pontos verdes em Budapeste. Os caminhos sinuosos rodeados de bosques e parques floridos levam até o topo onde ficam a Citadella, uma antiga fortaleza e uma Estátua da Liberdade.


A Basílica de Santo Estêvão é o segundo maior monumento depois do edifício do Parlamento Húngaro que domina o lado Pest do Danúbio e que por si só acho fenomenal. A espaçosa Praça de Santo Estêvão em frente da basílica é ladeada por cafés e restaurantes.

A Grande Sinagoga em Dohány é uma das maiores e mais bonitas do mundo. Budapeste já teve uma grande comunidade judaica, o que está espelhado nos monumentos de que estão espalhados no antigo bairro judeu.

A Avenida Andrássy, uma avenida elegante que liga o centro da cidade à Praça dos Heróis e ao Parque da Cidade é um lugar de passagem obrigatória. A visão mais notável na Andrássy é a Hungarian State Opera House, um edifício artisticamente decorado. Além da Opera House, a avenida está cheia exemplos de arquitectura a não perder por isso merece uma longa caminhada. Ali perto há uma variedade de cafés e esplanadas de restaurantes com esplanadas ao ar livre. O famoso museu da Casa do Terror está localizado nesta avenida se quiserem saber mais sobre a terrível Era Comunista e violência e injustiças cometidas durante esses anos.

A Rua Váci é uma das ruas mais conhecidas de Budapeste, como uma rua comercial tem muitas lojas de luxo, restaurantes e cafés. A nova rua principal de Budapeste, a Új Fő Utca, é um grande projecto de desenvolvimento da cidade. A queda de água, no extremo sul da Szabadság é o destaque do projecto. Lâmpadas elegantes imitando árvores, bancos confortáveis ​dos dois lados da rua, cafés e restaurantes tudo faz parte do novo cenário.

O Mercado Municipal Central, Központi Vásárcsarnok, é como um tesouro de vegetais frescos, frutas, carne, peixe e iguarias culinárias, mas é famoso é pela sua arquitectura. O Mercado Municipal é óptimo lugar para comprar recordações húngaras (paprika em pó, vinho, fois gras) e tem uma zona dedicada aos têxteis e bordados do folclore húngaro. O primeiro andar tem alguns restaurantes e bancas de comida que oferecem comida húngara.

Se passearem ao longo da Nagykörút, poderão ver o grande edifício do New York Palace. O piso térreo do palácio abrigou a casa de famoso café literário do New York Café, foi restaurado à sua glória original e é um lugar que reflecte a grandeza do Império Austro-Húngaro.

A Margarit Island (Margitsziget) no rio Danúbio atrai os amantes da natureza com os seus parques floridos, ruínas numerosas que contam a história da ilha e espaços para correr ou andar de bicicleta, etc.

O Parque da Cidade, Városliget, é outro parque com muitas atracções como o zoo de Budapeste, um parque de diversões, um castelo, um museu, e os banhos Széchenyi. O parque tem ainda alguns bons restaurantes como o Gundel ou o restaurante Bagolyvár.






De resto algo a não perder em Budapeste é uma visita aos banhos públicos...

A Hungria é uma terra de água termal. O país tem o maior sistema de cavernas de água termal e o segundo maior lago termal no mundo (Lake Hévíz), o maior lago da Europa Central (Lago Balaton), e como se isto não chegasse para descontrair, ainda têm um dos maiores campos naturais na Europa (Hortobágy).

A paixão pela cultura do spa e a história húngara spa estiveram ligadas desde o início. Os spas húngaros têm características romana, grega, turcas elementos do norte do país.

 Devido à excelente localização geográfica a água termal com boa qualidade pode encontrar-se em grandes quantidades em mais de 80% do território da Hungria. Há aproximadamente 1.500 nascentes termais no país… e cerca de 450 banhos públicos.

A cultura do spa começou com os romanos e os restos de edifícios de banhos desses tempos ainda podem ser vistos em Óbuda. A cultura spa foi revivida durante a invasão turca durante a qual as nascentes termais de Buda foram usadas para a construção de uma série banhos públicos, alguns dos quais ainda em funcionamento.

No século XIX os avanços na perfuração na ciência médica fizeram crescer ainda mais esta cultura e grandes spas que surgiram pelo pais como os banhos Gellért, Lukács, e Széchenyi ou os da Ilha Margarit, são um reflexo deste aumento de popularidade. Eu tinha que experimentar, claro e estive numa dessas casas em Budapeste, já não me lembro qual mas talvez fosse Gellért ou Széchenyi... Achei o máximo! Esquecendo o facto de que o exterior parece mais uma piscina pública, embora com águas de várias temperaturas, algumas das salas interiores são absolutamente fantásticas e os banhos em geral claramente revigorantes e em alguns casos deliciosos…Acima de tudo a escolha entre temperaturas de águas, tipos de banhos, etc é assombrosa…




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