Viajem! Seja para a Europa, América, África, Ásia, Médio Oriente, para onde for, mas viajem. Partam à aventura com ou sem nada marcado, com itinerários muito ou pouco rígidos, mas explorem. Partam para destinos muito ou pouco familiares, sozinhos ou acompanhados, mas vão. Contactem com as pessoas, vejam como vivem, mas experimentem. Mergulhem nas outras culturas, comparem com a vossa, mas aprendam. Cada viagem traz um mundo de oportunidades, aproveitem-nas...
HUNGRIA
A Hungria, oficialmente República da Hungria, em húngaro: Magyarország ou Magyar Köztársaság, é um país na Europa Central, situado na Bacia de Panónia e faz fronteira com a Eslováquia a norte, a Ucrânia e a Roménia a leste, a Sérvia e a Croácia a sul, a Eslovénia a sudoeste e a Áustria a oeste.
Apesar de não ser banhada pelo mar, não tem falta de água... É atravessada pelo Danúbio navegável por 418 km e pelo Tisza por 444 km. A destacar tem ainda o lago Balaton, que com uma área de 592 km² é o maior lago da Europa Central e Oriental que é conhecido por "Mar Húngaro".
Na verdade a Hungria é mesmo um bom sítio para ir a banhos mas aprofundarei mais esse assunto quando falar de Budapeste...
Falemos primeiro um pouco de História... A região esteve sob influência celta (após c. 450 aC) e romana (9 dC - 430 dC) período, e só foram lançadas as fundações para um reino no séc IX, pelo governante húngaro Árpád, cujo bisneto é Santo Estêvão I da Hungria. Este santo, nascido Vajk, Grande Príncipe dos húngaros, foi inicialmente baptizado sobre a fé ortodoxa mas mais tarde tornou-se católico romano e foi re-baptizado com o nome de Stephen (István) que significa coroa. Ele é considerado o fundador do Reino da Hungria. Segundo a tradição húngara durante a disputa pela coroa de Stephen com o seu tio, um pagão, o papa Silvestre II, com o consentimento de Otto III, Sacro Imperador Romano, enviou uma coroa de ouro magníficas jóias a Stephen juntamente com uma cruz apostólica e uma carta de bênção reconhecer oficialmente Stephen como o rei cristão da Hungria. Mais tarde, essa tradição foi interpretada como o reconhecimento papal da independência da Hungria do Sacro Império Romano. Stephen expandiu enormemente o controle da Hungria sobre a Bacia dos Cárpatos e o cristianismo foi amplamente estabelecido na região. Quando morreu foram-lhe atribuídos vários milagres e o Papa Gregório VII canonizou-o.
O Reino da Hungria durou 946 anos era considerado um dos centros culturais do mundo ocidental. Depois de cerca de 150 anos de ocupação otomana parcial (1541-1699), a Hungria foi integrada na Monarquia de Habsburgo e mais tarde por acordo entre as duas casas reais constituiu-se o Império Austro-Húngaro (1867-1918), nessa altura Budapeste e Viena eram o centro do Império que controlava também, eslovenos, croatas, polacos, eslovacos e checos...
Tornou-se uma grande potência até que em 1914 o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand da Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, se tornou o gatilho 1ª Grande Guerra. Este assassinato por um nacionalista sérvio resultou num ultimato do Império contra o Reino da Sérvia, na sequência disso foram criadas alianças entre as grandes potências da Europa, como o Império Alemão, o Império Austro-húngaro, Império Otomano vs o Império Russo, o Império Britânico, França e Itália e rapidamente a Europa mergulhou na guerra. Com o fim da guerra, as potências-imperiais alemã, russa (aliada), austro-húngara e otomana tinham sido militar e politicamente derrotadas. Os dois primeiros estados perderam uma grande quantidade de território, enquanto os dois últimos foram desmontados completamente. O mapa da Europa central foi redesenhado em vários estados menores. A Hungria perdeu mais de 70% de seu território, juntamente com um terço de sua população de etnia húngara, e todos os portos marítimos.
O reino foi sucedido por um era comunista (1947-1989) durante a qual a Hungria ganhou atenção internacional generalizada aquando da Revolução de 1956 e da mudança unilateral de abrir sua fronteira com a Áustria em 1989, acelerando assim o colapso do Bloco Oriental. A forma actual de governo é a república parlamentar, criada em 1989. Em 2004, a Hungria ingressou formalmente na União Europeia.
A capital do país é a cidade de Budapeste, a maior do país.
1. BUDAPESTE
Estive duas vezes em Budapeste, a primeira muito de passagem com a Filipa quando fizemos o interrail juntas, a Filipa já conhecia e não vimos muito, mas fiquei com curiosidade e voltei lá uma segunda vez sozinha...
Vale a pena visitar: a Colina do Castelo em Buda, com o Palácio Real e a Igreja de Matias, é uma das atracções mais populares em Budapeste. Toda a zona em conjunto com as pontes sobre o Danúbio e cais, são locais de património mundial a não perder. O Bairro do Castelo abunda em monumentos históricos, lindas casas antigas, passeios românticos, óptimos cafés e restaurantes. Algumas das melhores vistas panorâmicas da cidade podem ser admiradas do Bastião dos Pescadores. Embora a história do bairro remonte à época medieval a maioria dos edifícios são de época posterior (sec. XVII-XIX.). Podem completar o passeio nesta zona com uma prova de vinhos numa adega de pedra no Hotel Hilton. A adega abobadada é uma parte do sistema de labirintos subterrâneos construídos pelos habitantes do castelo durante a Idade Média.
Outra bem atracção bem conhecida é a Chain Bridge (Széchenyi Lánchíd) que atravessa o Danúbio, junto ao sopé da Colina do Castelo. Construída em meados do século XIX, a ponte de pedra foi a primeira ligação permanente entre Buda e Pest. Uma maneira ideal e relaxante de explorar as vistas nas margens do Danúbio é fazendo um cruzeiro no Danúbio ou passeios ao longo do rio.
Ao passearem ao longo das margens do rio, não percam uma das jóias arquitectónicas de Budapeste, o Gresham Palace em estilo o art-nouveau na Praça Roosevelt. Depois de uma extensa restauração concluída em 2004, o palácio abriga o Four Seasons Hotel Gresham Palace, um dos melhores hotéis em Budapeste.
Gellért Hill, o penhasco dolomita em Buda é um dos mais belos pontos verdes em Budapeste. Os caminhos sinuosos rodeados de bosques e parques floridos levam até o topo onde ficam a Citadella, uma antiga fortaleza e uma Estátua da Liberdade.
A Basílica de Santo Estêvão é o segundo maior monumento depois do edifício do Parlamento Húngaro que domina o lado Pest do Danúbio e que por si só acho fenomenal. A espaçosa Praça de Santo Estêvão em frente da basílica é ladeada por cafés e restaurantes.
A Grande Sinagoga em Dohány é uma das maiores e mais bonitas do mundo. Budapeste já teve uma grande comunidade judaica, o que está espelhado nos monumentos de que estão espalhados no antigo bairro judeu.
A Avenida Andrássy, uma avenida elegante que liga o centro da cidade à Praça dos Heróis e ao Parque da Cidade é um lugar de passagem obrigatória. A visão mais notável na Andrássy é a Hungarian State Opera House, um edifício artisticamente decorado. Além da Opera House, a avenida está cheia exemplos de arquitectura a não perder por isso merece uma longa caminhada. Ali perto há uma variedade de cafés e esplanadas de restaurantes com esplanadas ao ar livre. O famoso museu da Casa do Terror está localizado nesta avenida se quiserem saber mais sobre a terrível Era Comunista e violência e injustiças cometidas durante esses anos.
A Rua Váci é uma das ruas mais conhecidas de Budapeste, como uma rua comercial tem muitas lojas de luxo, restaurantes e cafés. A nova rua principal de Budapeste, a Új Fő Utca, é um grande projecto de desenvolvimento da cidade. A queda de água, no extremo sul da Szabadság é o destaque do projecto. Lâmpadas elegantes imitando árvores, bancos confortáveis dos dois lados da rua, cafés e restaurantes tudo faz parte do novo cenário.
O Mercado Municipal Central, Központi Vásárcsarnok, é como um tesouro de vegetais frescos, frutas, carne, peixe e iguarias culinárias, mas é famoso é pela sua arquitectura. O Mercado Municipal é óptimo lugar para comprar recordações húngaras (paprika em pó, vinho, fois gras) e tem uma zona dedicada aos têxteis e bordados do folclore húngaro. O primeiro andar tem alguns restaurantes e bancas de comida que oferecem comida húngara.
Se passearem ao longo da Nagykörút, poderão ver o grande edifício do New York Palace. O piso térreo do palácio abrigou a casa de famoso café literário do New York Café, foi restaurado à sua glória original e é um lugar que reflecte a grandeza do Império Austro-Húngaro.
A Margarit Island (Margitsziget) no rio Danúbio atrai os amantes da natureza com os seus parques floridos, ruínas numerosas que contam a história da ilha e espaços para correr ou andar de bicicleta, etc.
O Parque da Cidade, Városliget, é outro parque com muitas atracções como o zoo de Budapeste, um parque de diversões, um castelo, um museu, e os banhos Széchenyi. O parque tem ainda alguns bons restaurantes como o Gundel ou o restaurante Bagolyvár.
De resto algo a não perder em Budapeste é uma visita aos banhos públicos...
A Hungria é uma terra de água termal. O país tem o maior sistema de cavernas de água termal e o segundo maior lago termal no mundo (Lake Hévíz), o maior lago da Europa Central (Lago Balaton), e como se isto não chegasse para descontrair, ainda têm um dos maiores campos naturais na Europa (Hortobágy).
A paixão pela cultura do spa e a história húngara spa estiveram ligadas desde o início. Os spas húngaros têm características romana, grega, turcas elementos do norte do país.
Devido à excelente localização geográfica a água termal com boa qualidade pode encontrar-se em grandes quantidades em mais de 80% do território da Hungria. Há aproximadamente 1.500 nascentes termais no país… e cerca de 450 banhos públicos.
A cultura do spa começou com os romanos e os restos de edifícios de banhos desses tempos ainda podem ser vistos em Óbuda. A cultura spa foi revivida durante a invasão turca durante a qual as nascentes termais de Buda foram usadas para a construção de uma série banhos públicos, alguns dos quais ainda em funcionamento.
No século XIX os avanços na perfuração na ciência médica fizeram crescer ainda mais esta cultura e grandes spas que surgiram pelo pais como os banhos Gellért, Lukács, e Széchenyi ou os da Ilha Margarit, são um reflexo deste aumento de popularidade. Eu tinha que experimentar, claro e estive numa dessas casas em Budapeste, já não me lembro qual mas talvez fosse Gellért ou Széchenyi... Achei o máximo! Esquecendo o facto de que o exterior parece mais uma piscina pública, embora com águas de várias temperaturas, algumas das salas interiores são absolutamente fantásticas e os banhos em geral claramente revigorantes e em alguns casos deliciosos…Acima de tudo a escolha entre temperaturas de águas, tipos de banhos, etc é assombrosa…
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