PORTUGAL (Parte I)

Portugal, é o meu país pelo que seja talvez o lugar do mundo que conheço melhor. Apesar disso como quando estamos em casa temos menos tendência a fazer reportagens fotográficas por isso este post mais do que qualquer outro será um dos mais incompletos quando comparado com o que conheço na realidade...

De qualquer forma tentei fazer um apanhado geral e reuni algumas coisas que tinha para que em especial os meus amigos estrangeiros possam ter uma ideia do que podem encontrar se optarem fazer umas viagens na minha terra...


O tempo não é muito e não há porque inventar o que já está inventado pelo que vou recorrer à wikipédia para introduzir o meu país: Portugal é a nação mais ocidental do continente europeu e possui uma área total de 92 090 km². O território português é delimitado a Norte e a Leste por Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico, e compreende a parte continental e as regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira.

O território correspondente ao actual Portugal foi continuamente ocupado desde a pré-história. Em 29 a.C., quando foi integrado no Império Romano como a província da Lusitânia e parte da Galécia,era habitado por vários povos, como os Lusitanos. O domínio romano influenciou fortemente a cultura e em particular a língua portuguesa, na maior parte originada no latim. Após a queda do Império Romano, estabeleceram-se na região povos germânicos como os visigodos e os suevos, e no século VIII os árabes.

Durante a reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. O estabelecimento do Reino de Portugal seguiu-se em 1139, cuja independência de Leão só foi reconhecida em 1143. A estabilização das fronteiras foi conseguida em 1249 pelo que Portugal reclama o título de mais antigo estado-nação europeu.

Durante os séculos XV e XVI, altura dos descobrimentos, os portugueses foram pioneiros na exploração marítima, estabelecendo o primeiro império colonial de amplitude global, com possessões em África, na Ásia e na América do Sul, tornando-se uma potência mundial económica, política e militar.

Em 1580, após uma crise de sucessão, foi unido a Espanha na chamada União Ibérica que duraria até 1640. Após a Guerra da Restauração foi restabelecida a independência sob a nova dinastia de Bragança, com a separação das duas coroas e impérios.

O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola e francesas, a perda da sua maior possessão territorial ultramarina, o Brasil, seguidos da guerra civil, resultaram no desmembramento da estabilidade política e económica, reduzindo o estatuto de Portugal como potência global no século XIX.

Após a queda da monarquia, em 1910 foi a proclamada a República, iniciando-se o actual sistema de governo democrático. A instável Primeira República foi sucedida por uma ditadura militar. Mais tarde, António de Oliveira Salazar é convidado para reduzir o défice financeiro e acaba por se tonar chefe de governo, começa o Estado Novo.

Na segunda metade do século XX, na sequência da guerra colonial portuguesa e do golpe de Estado da revolução dos cravos em 25 de Abril de 1974, a ditadura foi deposta e estabelecida a democracia parlamentar. Todos os territórios ultramarinos obtiveram a sua independência, nomeadamente Angola e Moçambique em África; o último território ultramarino, Macau, foi entregue à China em 1999.

Apesar de ter viajado bastante na "Minha Terra" quando era mais nova - íamos todos os anos ao Algarve fosse no Verão, Páscoa ou fins-de-semana compridos, tínhamos família e amigos espalhados pelo centro e alentejo, beiras... e o pai ia muitas vezes ao Porto, o que proporcionou que se aproveitasse para conhecer o país - a maior parte das fotografias dessas alturas mais remotas se é que existem devem estar numa caixa em qualquer lado e não tive tempo de explorar. De resto das viagens mais recentes tenho pouca coisa... Penso que é normal para a maior parte das pessoas não andarem de máquina fotográfica em punho quando estão no seu país em especial na sua cidade. Bem, pelo menos é o que acontece comigo e por isso é raro andar com a máquina comigo. Não sou nada do género de por regra tirar fotografias dos jantares, festas, saídas, fins-de-semana, cá... é que nem me lembro disso...

Assim as fotografias que tenho de Portugal são na sua maioria (mas não só) de uma altura em que trabalhei na área de management do Grupo Pestana e Pousadas e em que tive de conhecer os vários hotéis e pousadas e estive em alguns eventos organizados pelo dep. de corporate - foi giro conhecer o país novamente e redescobrir ou até descobrir os encantos de Portugal! Seja como for junto também a este apanhado algumas fotografias mais antigas que tinha comigo e outras de ocasiões que me lembrei de registar...

Mas chega de blá blá... Venham viajar na minha terra... comecem por aqui, seguiam comigo estas linhas e vou tentar apresentar-vos o meu país seguindo de Norte para Sul...

A maior parte dos textos que descrevem as diversas regiões, não são minhas, são tirados do website do Turismo de Portugal: http://www.visitportugal.com. Foi a melhor solução que encontrei para em tempo útil fazer uma apresentação o mais completa possível do país…



1. NORTE DE PORTUGAL


A Região do Norte de Portugal, compreende os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança, e parte dos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. Limita a norte e a leste com Espanha (Galiza e Castela e Leão, respectivamente), a sul com a Região Centro de Portugal e a oeste com o Oceano Atlântico. Compreende 8 sub-regiões Alto Trás-os-Montes, Ave, Cávado, Douro, Entre Douro e Vouga, Grande Porto, Minho-Lima e Tâmega.

A cidade principal da região é o Porto, a segunda maior cidade do país depois da capital, Lisboa.

Podem consultar o mapa da região em: http://www.visitportugal.com/pturismo/MapaDePortugal.aspx

Zona de montanhas e declives acentuados, coberta por vegetação frondosa, rios e parques naturais. Com o granito das suas montanhas se erigiram os muitos monumentos, de fé e de história, da região. De fé, nas singelas ermidas românicas e templos barrocos; de história, nos castelos, como o de Guimarães, berço do primeiro rei, ou inúmeros solares e casas armoriadas, onde se recebe o visitante na mais aristocrática hospitalidade.






Contudo, também dá carácter a esta região a grande via fluvial que a percorre, o cenográfico Douro, cujo vale vinhateiro é património mundial. O rio tem nome de ouro talvez porque no anfiteatro das suas encostas se produz o ensolarado vinho do Porto, de fama mundial; ou talvez pelo tom dourado que envolve a cidade onde desagua, o Porto, de onde o vinho parte à conquista do mundo, ou talvez esse tom venha da talha dourada das inúmeras igrejas barrocas da região.

A maior parte das fotografias que ainda tenho do norte de Portugal, com estas abaixo, foram tiradas quando visitei a região em trabalho, nas fotografias estão algumas das minhas colegas do departamento de corporate do Pestana Pousadas.







1.1 PORTO

O Porto, é a maior cidade do norte e a segunda maior de Portugal, depois de Lisboa.

A cidade é conhecida como a Cidade Invicta. Esta antiga cidade deu nome ao vinho do Porto e deu nome a Portugal. Desde muito cedo (200 a.C.), designava-se de Portus Cale e mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense. De partidas e trocas comerciais se fez muito do seu património, do seu bulício burguês e apaixonado, que em tudo põe sentimento. É uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas suas pontes e arquitectura contemporânea e antiga, pelo seu centro histórico, classificado como Património Mundial pela UNESCO, e pelo seu clube de futebol, o Futebol Clube do Porto.

A cidade aninha-se no rio, que a enlaça enamorado... Talvez seja por isso que o Porto se insinua junto do visitante... Talvez por isso conquiste quem o descobre em cada esquina.

Como pontos turísticos, destacam-se a Torre dos Clérigos, da autoria de Nasoni, e a Fundação de Serralves, um museu de arte contemporânea. O Centro Histórico é Património da Humanidade, classificado pela UNESCO. A Foz é outra zona altamente turística, por muitos considerada a mais bela zona da cidade, onde se pode desfrutar da beleza do Oceano Atlântico conjugada com um belíssimo e romântico passeio marítimo.

Ainda, em evidência, está o Mercado do Bolhão, um símbolo arquitectónico de comércio tradicional, onde se encontram as famosas vendedeiras do Mercado, características da cidade.

O Centro Histórico classificado pela UNESCO, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade do Porto, onde se podem encontrar diversos pontos de comércio, praças e edifícios históricos, que estão na origem da cidade, como a Sé Catedral.






Como já referi apesar de desde pequena já ter ido ao Porto vezes sem conta, e até já lá ter vivido durante 2 meses, foi das vezes em que fui em trabalho com o Grupo Pestana que tirei mais fotografias... Estas são de uma ida ao Porto para um cocktail no Pestana Porto. Aproveitei a hora do almoço para dar um salto ao Cais de Gaia e ainda tirei umas fotografias antes do cocktail...





E tirei umas da vista do hotel e outras do cocktail...





Descobri estas fotografias da minha irmã, cunhado e sobrinhos, como achei gira decidi colocá-la aqui...





Estive várias vezes no Porto em trabalho, no caso das fotografias abaixo, foi uma viagem para conhecer a futura Pousada do Freixo... uma Pousada ainda estava em obras mas que me pareceu que ia ser de cortar a respiração...





Umas fotografias de uma festa na Pousada, antes de abrir, o tema eram as regiões de Portugal.







1.2 GUIMARÃES


Em 2001 a UNESCO inscreveu o Centro Histórico da cidade de Guimarães na lista de Património Mundial. Distinção merecida para uma cidade, plena de reminiscências históricas, que soube preservar o seu património e espaços públicos para o prazer de quem a visita.

Para os portugueses, Guimarães tem um valor simbólico muito especial pois foi num campo próximo dos muros do seu castelo que D. Afonso Henriques vencendo as hostes de D. Teresa (sua mãe e filha de Afonso VI de Leão e Castela) na batalha de São Mamede, em 24 de Junho de 1128, iniciaria o percurso que levaria à construção do reino de Portugal, do qual viria a ser o primeiro rei.

Comecem por visitar o local conhecido por Colina Sagrada coroado pelo Castelo de Guimarães, e a pequena românica Igreja de São Miguel. De acordo com a tradição, foi neste modesto templo que Afonso Henriques recebeu baptismo na pia baptismal que ainda se pode ver no interior. Numa interpretação do escultor Soares dos Reis (1834), uma imponente estátua colocada mais abaixo permite imaginar a figura e as feições do primeiro rei português.

Nas imediações destaca-se o Palácio Ducal, hoje um palácio-museu, cuja edificação original remonta ao séc. XV.

Depois de visitarem estes pontos de referência da fundação de Portugal, desçam até Guimarães, onde o Largo da Oliveira, coração do Centro Histórico, pode ser o ponto de partida para um passeio.






Se quiserem ter uma magnífica visão da cidade, podem subir de carro os 7 km necessários para chegar ao Monte da Penha, um dos mais impressionantes panoramas do norte de Portugal. Esta estrada passa ao lado da Pousada de Santa Marinha da Costa. Antigo convento fundado por D. Mafalda de Sabóia, mulher de D. Afonso Henriques. Entrecruzam-se neste edifício vários estilos e épocas que a hábil intervenção do arquitecto Fernando Távora transformou em pousada. A igreja, reconstruída no séc. XVIII, o claustro, as celas adaptadas a quartos e a belíssima varanda de S. Jerónimo com vista sobre o jardim constituem motivos bastantes para fazer uma paragem.

Podem optar também por subir no teleférico, uma viagem de poucos minutos que liga o centro da cidade a este local suspenso nas alturas onde se ergue o Santuário de Nossa Senhora da Penha.

Aqui mostro umas fotografias da Pousada de Guimarães e de um evento especial um Concerto Privado com Tiago Bettencourt. Apenas com 15 convidados e num ambiente informal. Foi muito divertido e a música excelente! Vale a pena ouvir o novo álbum, tem músicas de cortar a respiração... o Tiago um "entretainer" excelente que divertiu e encantou os convidados! Obrigada Tiagoooo!





Os jardins da pousada são fabulosos!





E fotografias de um outro evento na pousada, desta vez um Jantar Mediaval em Sta Marinha... Muiiiiito divertido!!





1.3 BRAGA

A construção da "Bracara Augusta", sede jurídica romana, iniciou-se em 27 a. C. no Império de Augusto. Integrou então as vias do Império que atravessavam a Península Ibérica, comunicando com Roma, o que comprova a importância da cidade no território. Em 216, o Imperador Caracala elevou-a a capital da província da Galécia e, no mesmo século, foi criada a Diocese de Braga, sob jurisdição do Bispo Paterno.

Ao domínio romano sucedeu-se a ocupação da cidade pelos Suevos, que a elegeram capital política e intelectual, pelos Visigodos e pelos Muçulmanos, até que, em meados do séc. XI, foi reconquistada pelos cristãos e a arquidiocese restaurada pelo Bispo D. Pedro. Durante o período muçulmano, os bispos mudaram a sua residência para Lugo (Espanha). Em 1112, com o arcebispo D. Maurício Burbino, a história eclesiástica de Braga ganhou relevo. Depois da disputa com a Sé de Compostela, o Papa Inocêncio III autorizou em 1199 a jurisdição de Braga sobre o Porto, Coimbra e Viseu, assim como sobre cinco dioceses em Espanha.

A Sé de Braga, a mais antiga do país, foi a maior referência religiosa em Portugal ao longo dos séculos e o dito popular "mais velho do que a Sé de Braga", para referir alguma coisa com muito tempo, é elucidativo do seu valor. Sempre marcada pela acção eclesiástica, que se reflectiu no enriquecimento da cidade, podemos dizer que o séc. XVI e o séc. XVIII foram as épocas de ouro da sua história e do seu desenvolvimento. Primeiro com a acção do arcebispo D. Diogo de Sousa, o reedificador de Braga, que a partir de 1505 assumiu o governo temporal e espiritual transformando "a aldeia numa cidade" (nas suas próprias palavras) e depois com as iniciativas dos arcebispos D. Rodrigo de Moura Teles e D. José de Bragança impondo o exuberante estilo barroco.

A industrialização e a fixação da Universidade contribuíram muito para o desenvolvimento actual da cidade que se manteve fiel à tradição religiosa secular, revivida intensamente todos os anos durante as Solenidades da Semana Santa e na Festa de São João Baptista, em Junho. São boas oportunidades para conhecer Braga, passeando-se pelo Centro Histórico ou relembrando um dos Caminhos de Santiago que por aqui passava.

Nos arredores, sugere-se ainda o Percurso dos Santuários Marianos e uma visita ao singular Museu dos Cordofones.






1.4 AMARES


Situada entre o Vale do Rio Cávado e a Serra do Gerês, a região de Amares é muito fértil, sendo conhecida pela produção de laranjas e de Vinho Verde.

O seu desenvolvimento foi marcado desde a fundação da nacionalidade pelas Ordens Religiosas que aqui se instalaram, como a Ordem Beneditina que fundou o Mosteiro de Rendufe no séc. XI e a Ordem de Cister que instituiu o Mosteiro de Santa Maria do Bouro no séc. XII.

A Pousada de Santa Maria do Bouro, um mosteiro cisterciense do séc. XII e uma das peças mais carismáticas da arquitectura portuguesa. A recuperação esteve a cargo de um dos mais conceituados arquitectos portugueses – Souto Moura – que utilizou materiais como o vidro, ferro e madeira, preservando o aspecto de ruína com que o edifício chegou aos nossos dias. Integrada no rigor monástico, mas de decoração actual e confortável, esta Pousada é o ponto de partida obrigatório para passeios culturais pelo Minho.

Nas redondezas de Amares, a Estância Termal de Caldelas é muito procurada pelas propriedades terapêuticas das suas águas.






1.5 VIANA DO CASTELO

Situada junto da foz do Rio Lima, a 65 km a norte do Porto e a 50 da fronteira com Espanha em Valença, Viana do Castelo foi fundada no séc. XIII por Afonso III, rei de Portugal, com o nome de Viana da Foz do Lima.

O mar foi sempre a sua razão de ser: chegou a ter 70 navios mercantes e, na época dos Descobrimentos (sécs. XV e XVI), dos estaleiros de Viana saíam naus e caravelas para as rotas das Índias e das Américas, que regressavam carregadas de açúcar, pau preto, marfim e outras preciosidades exóticas.

Um vianense, João Álvares Fagundes, foi o pioneiro da navegação na Terra Nova, no Atlântico norte e que veio, sem o saber, a abrir o caminho ao culto das muitas maneiras de comer bacalhau em Portugal. Em meados do séc. XX foi construída uma frota bacalhoeira nos estaleiros de Viana do Castelo para a pesca do bacalhau nas águas frias dos mares do norte. O túmulo de João Álvares Fagundes encontra-se na capela do Santo Cristo, no interior da Igreja Matriz de Viana do Castelo.

Até ao séc. XVI, o burgo foi exclusivo do povo, não podendo instalar-se a nobreza. Abrindo-lhe, por fim, as portas, Viana enriqueceu-se com palácios brasonados, igrejas e conventos, chafarizes e fontanários que constituem uma herança patrimonial notável, digna de visita.

Em 1848 a rainha D. Maria II elevou Viana a cidade com o novo nome de Viana do Castelo. Cidade bonita, extrovertida e alegre, Viana do Castelo tem sabido conservar a riqueza das suas tradições de raiz popular.

As Festas da Senhora d´Agonia, uma das mais belas romarias de Portugal, são uma explosão de alegria que ninguém deve perder.

Pousada de Viana do Castelo, encantadora!






1. 6 VILA NOVA DE CERVEIRA

Fundada no séc. XIV por D. Dinis, sob a condição de se juntarem cem moradores para a constituir, a vila tomou o nome de Cerveira devido à colónia de cervos que existiam na região.

Situada junto à fronteira com Espanha e à beira do rio Minho, cuja travessia é efectuada por um ferry-boat que a liga a Goyan na Galiza, Vila Nova de Cerveira conserva numerosos monumentos, que testemunham um passado rico.

Desde 1978, Vila Nova de Cerveira é conhecida pela realização da bienal de artes plásticas, uma referência nacional cuja fama se vai expandindo além-fronteiras e atraindo a presença de artistas internacionais.

A Pousada de Cerveira, junto e com vista para o Rio Minho, foi edificada no interior de um pequeno burgo fortificado composta por edifícios independentes em que alguns quartos têm pátios privados para os seus hóspedes... Fantásticaaaa!





1.7 VALENÇA

Cidade de fronteira, localizada junto ao Rio Minho, Valença está rodeada de muralhas e conserva as características de cidade fortificada nos sécs. XVII-XVIII, ao estilo do arquitecto militar francês Vauban.

O seu primeiro nome foi "Contrasta", que significava povoação oposta a outra, devido à sua localização frente à cidade galega de Tui na outra margem do Rio Minho.

Hoje em dia é uma cidade com um comércio florescente, em que se destacam os muito procurados produtos de artesanato local.

Aqui deixo algumas fotografias de Valença e da Pousada de Valença situada no cimo do centro histórico e fortificado da cidade ... Nem o mau tempo consegue estragar a beleza das fotografias... Quando estive em Valença desta vez já conhecia de mais pequena mas pouco me lembrava... adoreiiii!






1.8 GERÊS


O Parque Nacional Peneda-Gerês é uma preciosidade da natureza que não pode perder.

Vão conhecer uma paisagem deslumbrante e espécies únicas como o garrano selvagem, as águias douradas ou o cão castro laboreiro. Conheçam as tradições e costumes locais nas aldeias do Lindoso e do Soajo e subam aos seus castelos. São bons miradouros para apreciar a serra. homem e Natureza vivem em perfeita harmonia nos Parques Naturais do Montesinho, do Alvão e do Douro Internacional. Saibam que ainda guardam aldeias comunitárias onde se preserva a vida rural. Nas albufeiras e barragens vão encontrar espaços de lazer e oportunidade para testar a vossa destreza física. Canoagem, passeios de bicicleta ou a cavalo e passeios pedestres vão pô-los à prova e proporcionar momentos descontraídos de lazer. Levem sempre o fato de banho à mão. Rios e ribeiras vão surpreendê-lo a meio do caminho e não vão resistir a dar um mergulho na água refrescante.

Da Pousada da Caniçada no Gerês têm uma bonita vista…





Fotografias de um passeio no Gerês cheio de aventura, adorei!





1.9 BRAGANÇA

Um passeio pelo centro histórico conduz inevitavelmente à tranquila cidadela medieval do Ducado de Bragança.

A localidade nasceu no séc. XII, quando se estabeleceu Fernão Mendes, da família dos Braganções, cunhado do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1139-85). Em 1187, D. Sancho reconheceu a importância da vila no desenvolvimento da região concedendo-lhe a autonomia jurídica simbolizada pelo foral. O núcleo urbano medieval mantém-se na cidadela dignamente representada pela imponente Torre de Menagem do Castelo, pelo Pelourinho assente num curioso berrão lusitano, pela Igreja de Santa Maria e pela Domus Municipalis, exemplar único da arquitectura civil.

Em 1442, a união do filho bastardo de D. João I, D. Afonso, com a filha do Condestável Nuno Álvares Pereira, D. Beatriz de Alvim, dá origem ao Ducado de Bragança. A importância dos seus títulares comprova-se pelo facto de serem também duques de Barcelos e de Guimarães, marqueses de Valença e de Vila Viçosa, condes de Ourém, Arraiolos, Neiva, Faro, Faria e Penafiel, e senhores de Monforte, Alegrete e Vila do Conde, entre outros lugares. Em 1640, o 8º Duque de Bragança, D. João IV, foi aclamado rei iniciando a última dinastia portuguesa, que terminou em 1910 para dar lugar à República.

Fora das muralhas, a cidade expandiu-se para Oeste, o que é visível num pequeno percurso até ao seu centro administrativo e comercial onde casas nobres e monumentos contam a evolução da cidade. Depois de D. Manuel ter dado Foral Novo em 1514, o desenvolvimento da cidade deveu-se à presença dos bispos que aqui residiam durante metade do ano, gerindo um episcopado dividido entre Miranda do Douro e Bragança e aqui estabelecido definitivamente a partir de 1764.

A acção real e episcopal memorizou esses tempos na Igreja de São Vicente, no Museu do Abade Baçal, na Capela da Misericórdia, na Igreja de Santa Clara e por fim na Sé Catedral.

A história da cidade não fica completa sem a visita da secular Igreja de Castro de Avelãs, nas proximidades, ou com um passeio ao Parque Natural de Montesinho, onde ainda se encontram pequenas aldeias de regime comunitário que fazem parte do património regional.







1.10 ALIJÓ

Situada em plena Região Demarcada do Douro, a sua importância está intimamente relacionada com a vitivinicultura, estando localizadas neste concelho muitas das quintas produtoras do famoso Vinho do Porto.

O seu primeiro foral data de 1226, mas encontraram-se vestígios que provam que era habitada desde tempos pré-históricos.






1.11 MARÃO


Abrangendo vários concelhos como Vila Real, Mondim de Basto, Alijó e Sabrosa, a Serra do Marão é a sexta maior elevação de Portugal Continental com 1415 metros. No ponto mais alto da Serra do Marão encontra-se o vértice geodésico e o observatório astronómico do Marão. Faz a separação entre o Douro Litoral e Trás-os-Montes, incutindo ao clima do interior transmontano um carácter mais continental.

Geologicamente, a Serra do Marão é composta por manchas xistosas e graníticas, existindo na zona da localidade de Campanhó uma pequena bolsa calcária, que é explorada para fins agrícolas. Primordialmente constituída por pinheiros, a vinha é a cultura mais dominante na Serra do Marão, especialmente nas suas encostas meridionais. É habitat do lobo e de várias espécies de aves de rapina.







2. CENTRO

A Região do Centro, de acordo com a divisão usada no website do Turismo de Portugal, compreende, integralmente, os distritos de Coimbra, Castelo Branco e a maior parte dos distritos de Viseu, Aveiro e Guarda. Limita a norte com a Região do Norte de Portugal, a leste com Espanha, a sul com a Região de Lisboa e com a Região do Alentejo e a oeste com o Oceano Atlântico.

Compreende as sub-regiões do Baixo Mondego, Baixo Vouga, Beira Interior Norte, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Dão-Lafões, Oeste, Pinhal Interior Norte e Serra da Estrela.

As cidades mais populosas da região Centro são Coimbra e Aveiro. Podem consultar o mapa da área em: http://www.visitportugal.com/pturismo/MapaDePortugal.aspx

É uma região de altas serranias e ambiente despoluído, paisagens puras e preservadas, de densas florestas e maciços de pedra e também de lagoas glaciares, águas nascentes e de muitos desportos de ar livre: em terra, ar ou água.

Já vos falaram do Parque Natural da Serra da Estrela, das límpidas Nascente do Zêzere e Nascente do  Mondego? Já ouviram falar de Linhares e do parapente? E das piscinas naturais da Serra da Lousã e  Serra do Açor, do silêncio que percorre os trilhos da Serra do Caramulo? Tudo isto fica no Centro de Portugal, onde ainda se pode praticar canoagem e rafting, escalada, rappel e tantos outros desportos de aventura.

O Centro tem ainda um litoral atlântico de areias brancas e ondas batidas e é onde fica Coimbra, onde se localiza a nossa mais antiga universidade, com a sua fabulosa Biblioteca Barroca.

No Centro ficaram memórias de lutas e raízes de Portugal anteriores à nacionalidade. Se não acreditam, visitem as aldeias históricas e veja por si. Conheça cidades como a Guarda ou Viseu, onde impera a tradicional arquitectura de pedra, ou aldeias como Monsanto, menos eruditas, mas onde a pedra se mantém, austera.

O Centro de Portugal é o lugar da mais genuína hospitalidade, do turismo de aldeia, presente na autenticidade dos rituais, das festas, populares e religiosas, como a Páscoa, na gastronomia, com queijos, enchidos, mel serrano...


2.1 AVEIRO

Capital da Ria, vasta bacia lagunar onde as águas doces do rio Vouga se misturam com as águas do mar, Aveiro, cortada por ruas aquáticas onde deslizam os coloridos barcos moliceiros, é uma das cidades mais interessantes do litoral português.

A sua fundação terá ocorrido no tempo do imperador romano Marco Aurélio. Devido à existência de numerosas aves palmípedes que poavam esta área lagunar, o seu primeiro nome terá sido Aviarium.

D. João I (r.1383-1433) doou a povoação a seu filho, o infante D. Pedro que ordenou a construção das suas primeiras muralhas, entretanto desaparecidas. Mais tarde, D. João II (r. 1481-1495), doou-a a sua irmã, a Infanta D. Joana, recolhida no convento de Jesus, que hoje é o Museu de Aveiro.

No séc. XVI, o desenvolvimento da indústria do sal, da agricultura e da pesca e as primeiras campanhas de pesca na longínqua Terra Nova em 1501 trouxeram a Aveiro uma época de prosperidade que lhe valeu o foral de 1515, outorgado pelo rei D. Manuel I. Porém, no Inverno de 1575, fortes tempestades destruíram o profundo canal de comunicação entre a ria e o mar, por onde transitavam os grandes navios que aportavam em Aveiro, destruindo o comércio marítimo, a pesca e a actividade salineira.

No séc. XIX foi construída a Barra Nova. A sua abertura para o Oceano, em 1808, originou a formação de um largo canal de com cerca de 264 m de largura e entre 4 e 6 de profundidade, que abriu a Ria para o mar, reconstituindo a fonte da vida e da sobrevivência da região.

A Ria comunica com Aveiro através de 3 canais: o das Pirâmides (marcado à entrada por duas pirâmides de pedra), que se prolonga no canal Central; o canal de São Roque, que limita a cidade a Noroeste e a separa das salinas; e o canal dos Santos Mártires (ou do Paraíso) que corre para sudoeste.

A partir do canal Central, eixo de referência da cidade, podem construir dois itinerários em Aveiro: Na Margem Esquerda, vejam os graciosos Edifícios Arte Nova, reflectidos nas águas, deambulem pelo Mercado do Peixe, pelo Bairro da Beira Mar e junto das margens dos canais absorvendo a brisa leve da maresia; na Margem Direita, visitem o Museu de Aveiro, no Convento de Jesus. Monumentos e igrejas, uma vida citadina que se move sob a luz translúcida da Ria completam a sedução desta cidade litoral.





Evidentemente que é indispensável conhecer a Ria de Aveiro: o labirinto dos canais, as dunas brancas junto ao mar, as extensões imensas de marinhas com as suas pirâmides de sal. Se gostam de passear a pé pela Natureza, a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, é uma proposta irrecusável.

Pousada da Murtosa, em cima da Ria de Aveiro...




Uma localização muito especial…





2.2 ILHAVO


A cerca de 3 km de Aveiro, encontra-se Ílhavo, antiga Illabum que porventura terá sido fundada pelos Gregos. Tal como Aveiro, localiza-se nas terras baixas banhadas pelos braços da ria que o rio Vouga desenha quando chega ao mar. Esta geografia peculiar condicionou desde tempos recuados a actividade dos seus habitantes, atraindo-os para as fainas da pesca e à longínqua Terra Nova em busca do bacalhau. Merece visita o Museu Marítimo com uma admirável mostra dedicada à ria e ao mar, a não deixar esquecer como eram as velhas embarcações que deslizavam pela ria, os instrumentos náuticos e os variados aparelhos de pesca.

De passagem pela igreja matriz, datada de 1785 e dedicada a S. Salvador, não deixem de entrar. Lá dentro, entre outras peças de interesse, destaca-se a imagem do Senhor dos Navegantes, da devoção dos homens do mar. Na capela de Nossa Senhora do Pranto reparem numa escultura da Senhora, em calcário policromado, que remonta ao séc. XV.

Muito perto de Ílhavo, encontra-se a Fábrica da Vista Alegre que desde há 170 anos protagoniza o fabrico de uma das mais prestigiadas porcelanas do Mundo, o museu, as lojas e todo o interessante complexo industrial junto de um dos braços da ria, são, sem dúvida, dignos de visita.

Muita da terra que hoje se pisa em redor de Ílhavo foi em tempos arrancada aos braços da ria pelo enorme esforço dos ilhavenses. São as "gafanhas", solos extremamente férteis que produzem batata, milho, feijão e hortaliças, raiz do nome de várias das freguesias da região: Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação, Gafanha do Carmo. Por entre os campos férteis das Gafanhas sigam na direcção de Vagos, concelho rural conhecido pela produção de leite. Atravessem o braço sul da Ria na direcção da praia da Vagueira. Uma estrada paralela ao mar conduz à Costa Nova. Aí, deixem-se encantar pelos coloridos palheiros.







2.3 SERRA DO CARAMULO

Um local onde a Natureza pode novamente ocupar o seu lugar em plenitude e onde cada recanto deixa os seus traços na memória… Esqueçam o stress e encham os pulmões do ar puro e fresco da montanha. Subam ao Caramulinho, ponto mais alto da serra onde encontraram um miradouro com vistas panorâmicas de toda a região. Na serra descobrem-se trilhos romanos para percorrer a pé, dolmens e menires. Na Primavera a serra cobre-se de flores silvestres. Entre fontes termais já utilizadas pelos romanos, a Serra do Caramulo convida ao repouso e é local de purificação do corpo e do espírito.

Se quiserem mais emoção e adrenalina participem nas diversas actividades organizadas pois aqui existe um dos maiores "slides" de Portugal e cursos de água ideais para rafting ou canoagem.

E já que estão no Caramulo não deixem de se surpreender com dois fascinantes museus; o Museu Abel Lacerda com obras de pintores contemporâneos e o Museu do Automóvel, com uma riquíssima colecção de automóveis antigos (todos a funcionar) onde poderá ver um Peugeot de 1899, um Rolls Royce de 1911 e dois Bugatti de 1930 e 1938.






2.4 VISEU

Bem no centro de Portugal, erguendo-se sobre um saudável planalto rodeado por serranias e pelos rios Vouga e Dão (em cujas encostas nasce o excelente vinho do Dão), Viseu recebeu em 1993 o prémio Quercus pela preservação ímpar dos seus espaços verdes.

A imponente coroa o planalto, mas no tempo da ocupação de Roma a população distribuía-se pela sua parte mais baixa, onde se situa a Cava de Viriato e o Parque do Fontelo. No séc. VI Viseu era cidade episcopal do reino suevo. Consta que o último dos reis godos, D. Rodrigo aqui veio morrer e que as suas cinzas estão guardadas num modesto túmulo de granito, no interior da igreja de S. Miguel de Fetal.

No conturbado período da Reconquista, Viseu esteve na posse ora de Muçulmanos, ora de Cristãos, mas em 1058, Fernando Magno de Leão reconquistou-a definitivamente para a Cruz. D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques deu-lhe o primeiro foral em 1123, que seu filho confirmaria em 1187, já como primeiro rei de Portugal. Em 1383, morto o rei D. Fernando I e instalada a crise dinástica, Viseu foi saqueada pelos exércitos castelhanos. Novos muros de defesa foram construídos por D. João I (1383-1433), só concluídos em 1472 pelo seu neto D. Afonso V. Desta cerca "afonsina" restam alguns fragmentos integrados na malha urbana e duas portas, a do Soar e a dos Cavaleiros.

Localizada no centro de uma região de pastagens de montanha, com intenso movimento de rebanhos transumantes, era em Viseu que se realizava a grande feira anual de gado, origem da Feira de S. Mateus, um dos grandes eventos que anima a cidade todos os anos em Agosto/Setembro.

A partir do séc. XVI o morro onde se encontra a Sé tornou-se o centro de desenvolvimento do burgo. Este século testemunhou o florescimento de uma notável cultura artística que teve o seu auge na figura de Vasco Fernandes (Grão Vasco), cuja obra exemplar se encontra guardada no Museu Grão Vasco.

O encanto de Viseu reflecte-se na atmosfera medieval das suas ruas, nos palácios que foram da nobreza e dos senhores da Igreja, engrandecidos pela nobre pedra de granito, nas praças e jardins arborizados, no património de muitas épocas, testemunho da sua vitalidade.





2.5 GUARDA

Situada numa das encostas da Serra da Estrela, a 1056 metros, é a cidade mais alta do país. Este facto contribuiu para que fosse por natureza um campo de batalha desde a pré-história, ideal para o estabelecimento das populações castrejas e mais tarde dos romanos.

Reconhecido como importante baluarte fronteiriço, em 1199 D. Sancho I fundou a cidade da Guarda, elevando-a a sede de Bispado com Sé Catedral. Construído o castelo, as muralhas foram reforçadas por D. Afonso II e D. Afonso III, cujos troços, integrados no casario, ainda são visíveis na Torre de Menagem, na Torre dos Ferreiros e nas Portas da Erva e d´El Rei. De relembrar algumas presenças reais na Guarda: D. Dinis residiu aqui depois do seu casamento em Trancoso, com D. Isabel de Aragão, D. Fernando procurou este clima para se curar de uma doença pulmonar e D. Afonso V realizou aqui as Cortes de 1465.

Em 1510, o foral da cidade foi renovado por D. Manuel I. Ainda no séc. XVI, o bispo D. Nuno de Noronha, empenhado em renovar a vida eclesiástica, realizou algumas obras de grande valor na cidade, entre as quais se destaca o Seminário e o Paço Episcopal, hoje transformado em Museu da Guarda.

Durante o séc. XVIII, Guarda reflecte modestamente a política régia de ostentação com a reconstrução da Igreja de São Vicente e da Igreja da Misericórdia. Com o séc. XIX iniciou-se um período de transformação para a cidade. Depois das Invasões Francesas que desolaram a área fronteiriça, a Guarda é elevada a capital de distrito em 1835 e em 1881 recupera a jurisdição do efémero bispado de Pinhel e do de Castelo Branco, ambos criados pelo Marquês de Pombal. O melhoramento das vias de comunicação e a renovação de infra-estruturas ajudaram a resolver o problema do isolamento que ameaçava esta região e a abrir as portas ao progresso e ao desenvolvimento, sem, no entanto, eliminar por completo as carências regionais.





2.6 SERRA DA ESTRELA

É o ponto mais alto de Portugal Continental com paisagens de cair para o lado. Pode visitar a montanha no Verão ou no Inverno com actividades para todos os gostos.

Percorra um dos caminhos dos montanheiros ou descubra as rotas da lã, dos pastores e dos castelos. Pratique uma diversidade de desportos ao ar livre como ski na neve ou em pista sintética, motoski, ténis, asa delta, ultraligeiro, parapente, entre outras no único local do País onde se podem praticar desportos de neve, com uma estância de ski que tem vindo a ser melhorada de ano para ano. Em passeios pedestres, de jipe ou a cavalo, divirta-se com a família e aproveite para fazer uma visita guiada ao Parque Natural. Maravilhe-se com os cursos de água e a observação de aves. Adquira a Carta Turística do Parque Natural da Serra da Estrela e faça o percurso circular da Lagoa da Torre. Admire, ainda, a imponência dos cães "Serra da Estrela", animais que durante séculos zelaram pela segurança de pastores e rebanhos. E não deixe de provar o famoso queijo da Serra amanteigado, considerado um dos melhores queijos portugueses!

O ponto de partida para o passeio pedestre, pelo Vale Glaciário do Zêzere, é um local mítico: a Torre, o ponto mais alto de Portugal Continental. Sigam em direcção às ruínas do teleférico e desçam por florestas até ao Covão do Ferro onde se encontra a Barragem de Padre Alfredo. Imaginem um glaciar de 80 m de altura escoando constantemente sobre os vales periféricos.

Continuem a descida da estrada até ao Covão da Ametade, onde podem fazer uma pausa numa zona fantástica de apoio ao campista, em plena área de reserva Bio-Genética e ainda visitar a nascente do rio Zêzere. Depois de passarem o Covão de Algergaria na sinuosidade do vale avistem a grande "espinha dorsal" que parece dividir o vale em dois. Trata-se do Espinhaço do Cão formado pelo glaciar proveniente do Vale da Candieira.

Um pouco mais à frente a linha de água oferece uma maravilhosa paisagem sobre os Covões. Continuando por entre as pastagens das margens do rio Zêzere, sigam em direcção a Manteigas onde o percurso termina, mas o passeio não…




2.7 MANTEIGAS


Manteigas, rústica... Só o caminho até lá, seja da Torre seja de Belmonte, ao longo do rio Zêzere, já vale a pena! A Pousada de São Lourenço, feita de pedra da região, vai proporcionar-lhe um acordar com vista sobre o Vale do Rio Zêzere.

Experimente um percurso todo-o-terreno na montanha, começando no Largo da Igreja Matriz da Vila do Carvalho, subindo em direcção à montanha, passando as quintas agrícolas que ocupam as gentes da vila. O estradão, em terra batida, conduz a troços outrora utilizados pelos operários que trabalhavam a lã, que por ali levavam os rebanhos em direcção às pastagens. Mais acima, encontra-se o Miradouro e a Fonte da Serra.




2.8 BELMONTE

As ruas desta antiga povoação, cujo primeiro foral foi concedido por D. Sancho I em 1199, conduzem ao alto de um monte onde se ergue a massa granítica do antigo castelo. Um documento datado de 1258 descreve as linhas desta construção: uma alta torre de menagem, muralhas e baluartes e a residência dos seus alcaides. Interrompendo a austera arquitectura defensiva, recorta-se no pano poente da muralha, uma elegante janela manuelina geminada que termina com a representação de um dos símbolos de D. Manuel, a esfera armilar, e o escudo dos Cabrais, com a representação de duas cabras. Esta ilustre família, tem como corolário dos seus heróis Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil em 1500, que nasceu em Belmonte em 1467. Junto do castelo encontra-se a pequena Igreja de São Tiago, romano-gótica dedicada a este santo. No interior, uma Pietá esculpida em granito e comovente na sua beleza rude integra-se harmoniosamente na simplicidade da arquitectura do templo. Um anexo à igreja abriga o panteão dos Cabrais, embora as cinzas de Pedro Álvares Cabral se encontrem na Igreja da Graça, em Santarém.

Em Belmonte fixou-se uma importante comunidade judaica, que aumentou substancialmente no séc. XV quando os Reis Católicos de Espanha publicaram o Édito de expulsão dos judeus em 1492, o qual viria a ser seguido pelo rei de Portugal em 1496. Durante esse período, muitos judeus vindos de Espanha estabeleceram-se nas localidades perto da fronteira, como foi o caso de Belmonte. As casas situavam-se, como era regra, fora das muralhas do castelo, no Bairro de Marrocos, onde ainda se vêem, gravados na pedra junto das portas, símbolos das profissões exercidas pelos membros da comunidade, como a tesoura que identifica o alfaiate. Belmonte preserva o seu ambiente medieval tão exemplarmente quanto os judeus preservaram em segredo orações, tradições e costumes desde essa época até aos nossos dias mais tolerantes, que permitiram a abertura ao culto de uma nova sinagoga, Bet Eliahu.

Na estrada para a Guarda encontra-se à esquerda a Torre de Centum Cellas, curiosa construção de que ainda não se conhece ao certo a origem.

A localização privilegiada sobre a Serra da Estrela, irá contribuir para tornar inesquecível a sua estadia num antigo convento recuperado, a Pousada de Belmonte, na vila histórica onde nasceu Pedro Álvares Cabral. A Pousada foi uma óptima surpresa e a decoração fabulosa! O pátio interior, a piscina, a vista, o silêncio...






2.9 VILA POUCA DA BEIRA

Vila Pouca da Beira é uma freguesia portuguesa que tem como principal ponto de interesse o antigo Convento do Desagravo, do séc. XVIII, hoje Pousada de Vila Pouca da Beira é referência da imensa riqueza histórico-cultural beirã e, por isso mesmo, ponto de encontro obrigatório. A pousada é linda! A luz, a riqueza da decoração, os espaços exteriores...






2.10 SERRA DO AÇOR

Entre as serra da Lousã e da Estrela, situa-se a Serra do Açor, zona de montanha xistosa e área de paisagem protegida. A serra deslumbra-nos do alto dos seus 1349 metros. Os socalcos, a água a correr em levadas e a impressionante Mata da Margaraça, classificada como Reserva Biogenética, tornam a serra um lugar diferente. Quando a Primavera chega, as urzes e giestas cobrem a serra de rosa e lilás e tornam o panorama deslumbrante.

O Piodão, aldeia histórica com as suas casas de xisto que parecem estar em precário equilíbrio, está em perfeita harmonia com a paisagem. A aldeia do Fajão e os penedos marcam o carácter da Pampilhosa da Serra. Seguindo a cumeada da Serra do Vidual avista-se um imenso lago azul, a albufeira da Barragem de Santa Luzia. Mas é preciso descer por uma estrada íngreme até ao Vale Grande para vermos como tudo começa. O Rio Unhais corre docemente e por cima, podemos ver as imponentes paredes quartzíticas que ajudam à localização do paredão da barragem. A partir daqui é sempre a subir por entre azinheiras e sobreiros até chegarmos ao miradouro. Desfrutem a vista magnífica onde poderão avistar a Serra da Estrela, a Serra da Gardunha e o pico da Serra do Açor.





2.11 COIMBRA

Em tempos longínquos o local foi ocupado pelos Celtas mas foi a romanização que transformou culturalmente esta região. A sua presença permanece nos vários vestígios arqueológicos guardados no Museu Nacional Machado de Castro, construído sobre o criptopórtico da Civita Aeminium, o fórum da cidade romana. Depois vieram os visigodos entre 586 e 640, alterando o nome da localidade para Emínio. Em 711, passa a ser uma cidade mourisca e moçárabe. Em 1064 é conquistada pelo cristão Fernando Magno e governada pelo moçárabe Sesnando.

Na altura a cidade mais importante a Sul do Rio Douro, é durante algum tempo residência do Conde D. Henrique e D. Teresa, pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, que aqui nasceu. Por sua mão é integrada em território português em 1131. Datam desse tempo, em que Coimbra foi capital do reino, alguns dos monumentos mais importantes da cidade: a Sé Velha e a Igreja de São Tiago, a Igreja de São Salvador e a Igreja de Santa Cruz, em representação da autoridade religiosa e das várias ordens que aqui se estabeleceram.

Foi em Coimbra que aconteceu o amor proibido de D. Pedro I (1357-67) e da dama de corte D. Inês, executada por ordem do rei D. Afonso IV, que viu nesse romance o perigo de uma subjugação a Castela. Inspirando poetas e escritores, a sua história continua a fazer parte do património da cidade. O Infante Pedro I de Portugal, herdeiro do trono português, casou com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Peñafiel, tutor de Afonso XI de Castela, poderoso e esforçado magnate de Castela, e neto do rei Fernando III de Castela. Todavia seria por uma das aias de Constança, D. Inês de Castro, que D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance notório começou a ser comentado e mal aceite tanto pela corte como pelo povo. D. Inês de Castro era filha natural de D. Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de D.Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela. Sob o pretexto da moralidade, D. Afonso IV não aprovava esta relação. Por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - D. Fernando de Castro e D. Álvaro Pirez de Castro. Assim, em 1344 o rei mandou exilar D. Inês no castelo de Alburquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre D. Pedro e D. Inês os quais, segundo a lenda, se correspondiam com frequência. No ano seguinte D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro, contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. D.Afonso IV tentou remediar a situação casando o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projecto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher D. Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso, Dinis e Beatriz. O nascimento destes veio agudizar a situação porque durante o reinado de D. Dinis, seu filho D. Afonso IV, pai de D. Pedro se sentiu em risco de ser preterido na sucessão ao trono por um dos filhos bastardos do seu pai. Além disso circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para o filho mais velho de D. Inês de Castro. Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel, foi neste Paço que esta Rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de Reis e Príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas. Havia boatos de que o Príncipe tinha se casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro numa excursão de caça, foi com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e outros para executarem D. Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado. A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. D. Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em Junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que não se lembrava». A palavra do rei, do seu capelão e de um seu criado foram as provas necessárias para legalizar esse casamento. De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém (segundo a lenda o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e posteriormente seria perdoado pelo Rei no seu leito de morte. D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à rainha D. Inês morta, que D. Pedro pretensamente teria imposto à sua corte e que tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular.


Durante o Renascimento, Coimbra transformou-se num lugar de conhecimento, quando D. João III (1521-57) decidiu mudar definitivamente a Universidade para a cidade, ao mesmo tempo que se criavam inúmeros colégios em alternativa ao ensino oficial. No séc. XVII os jesuítas chegaram à cidade, marcando a sua presença com a construção da Sé Nova. No século seguinte, a obra régia de D. João V (1706-50) enriqueceu alguns dos monumentos de Coimbra e sobretudo a Universidade e o reinado de D. José I (1750-77) fez algumas transformações pela mão do Marquês de Pombal, sobretudo no ensino. No início do séc. XIX as Invasões Francesas e as guerras liberais portuguesas iniciaram um período conturbado, sem grandes desenvolvimentos para a cidade. Desde então foram os estudantes que a recuperaram e transformaram na cidade universitária por excelência em Portugal.

Vários percursos são possíveis para conhecer todo o património existente em Coimbra. Seguindo o plano da cidade até ao séc. XIX comece com dois passeios, um pela Alta e outro pela Baixa de Coimbra.

A Baixa da cidade identifica a área exterior às muralhas medievais, onde inicialmente algumas ordens religiosas e militares se estabeleceram, perto da fronteira natural que é o Rio Mondego. Quem chega a Coimbra é recebido pelo Largo da Portagem, em frente à Ponte de Santa Clara que atravessa o Rio Mondego e que faz a ligação com a Estrada Nacional para Lisboa ou Porto. Do lado esquerdo, na grande Avenida Emídio Navarro fica o posto de turismo. Este percurso inicia-se com uma caminhada pela Rua Ferreira Borges, uma das vias principais da cidade, acompanhando exteriormente o perímetro da cidade antiga, a Alta. No cruzamento da Praça do Comércio com a Rua Visconde da Luz, a Igreja de Santiago é uma das primeiras edificações nesta área como se poderá constatar pelo seu ar medieval e robusto, com decoração românica nos portais. Seguindo em frente entra-se na Praça 8 de Maio, centro administrativo, onde se encontra o edifício dos Paços do Concelho. À direita não passará despercebido o Mosteiro de Santa Cruz, referência religiosa máxima na História de Arte portuguesa, onde se educaram reis e infantes e trabalharam os mais importantes artistas da Renascença. Aqui encontram-se também os túmulos dos primeiros reis portugueses, D. Afonso Henriques, natural de Coimbra, e o sucessor D. Sancho I. Depois, passeiem pela área entre a Rua da Sofia e a Praça do Comércio desfrutando da baixa pitoresca com ruas estreitas e nomes antigos (Rua Velha, Rua da Fornalhinha, Largo do Poço, entre outras) ou voltem para trás até ao Arco de Almedina na Rua Ferreira Borges e entrem na Alta de Coimbra.

A Alta da Cidade é a parte mais antiga de Coimbra, feita de ruas estreitas e íngremes que conduzem ao topo da colina onde nasceu e a que os estudantes deram vida. A partir da Rua Ferreira Borges, o Arco de Almedina marca os limites da cidade antiga, onde os estudantes viviam, não o podendo fazer fora das muralhas, com excepção para os Mosteiros situados perto do Rio Mondego de onde vinham alguns docentes. Subindo as escadinhas da Rua do Quebra Costas e virando à esquerda, logo aparece o Arco e o Palácio Sub Ripas, uma casa do séc. XVI com decoração renascentista na fachada, da autoria da oficina de João de Ruão que, diz a tradição, ficava aqui perto. Um pouco mais à frente, sobre uma fundação da muralha medieval, a Torre do Anto assinala a memória do poeta António Nobre (1867-1900), que aqui viveu quando estudava em Coimbra. A meio da encosta, tem-se uma vista privilegiada sobre a cidade que terá de certeza inspirado alguns dos seus poemas. Actualmente, abriga uma galeria de arte e uma casa de artesanato. Dando a volta pela Rua dos Coutinhos chega-se ao Largo onde a Sé Velha continua a contar a sua história desde a fundação da nacionalidade. Depois da Rua Borges Carneiro a Igreja de São João de Almedina anuncia uma paragem obrigatória. Este templo faz actualmente parte do Museu Nacional Machado de Castro, o mais significativo da cidade. Embora esteja de momento encerrado não deixem de admirar a vista da sua varanda renascentista. Reparem nas ruas estreitas e íngremes em redor. Aqui encontram-se ainda as casas dos estudantes, conhecidas por Repúblicas, onde cada uma dita as suas próprias regras mantendo vivo o espírito académico. Saindo do Museu, à direita, encontrarão a Igreja de São Salvador, onde se pode apreciar mais uma obra de arte renascentista da autoria de João de Ruão. A rua onde se situa, a Couraça dos Apóstolos indica o local onde a Companhia de Jesus se instalou para construir a igreja que viria a ser a Sé Nova. Mais à frente uma entrada imponente, a Porta Férrea, convida a entrar na instituição que fez a história de Coimbra, a Universidade.





2.12 SERRA DA LOUSÃ

Habitat de veados, javalis e corços, a Serra da Lousã guarda aldeias de xisto onde se encontra uma tranquilidade que decerto se julgava já não existir. Muito procurada para a prática de desportos radicais, a Serra da Lousã tem o ponto de altitude máximo no Alto do Trevim, um dos seus melhores miradouros. A vegetação frondosa é atravessada por inúmeros cursos de água que, aqui e ali, formam praias fluviais onde apetece relaxar.

Comecem a visita pelo Candal. Situada numa colina voltada a sul, esta bonita povoação fica perto da Estrada Nacional que liga a Lousã a Castanheira de Pêra. Subam as ruas íngremes que culminam no miradouro sobre o vale e apreciem a paisagem. Entrem na Loja da Aldeia, para retemperarem forças com os saborosos produtos regionais, adquirirem artesanato ou obterem informações sobre as actividades disponíveis na região.

A seguir, visitem Talasnal, Casal Novo e Chiqueiro, aldeias ligadas entre si pela história e cultura comuns, mas sobretudo pela genuína forma de viver das suas gentes. Sintam o pulsar destas terras percorrendo as ruas estreitas e aventurem-se também pelos caminhos sinuosos que as rodeiam entre sobreiros, castanheiros, carvalhos e pinheiros, excelentes trilhos para passeios pedestres e de btt. Prossigam para Cerdeira. Logo à entrada, uma pequena ponte de pedra parece ser a travessia do mundo real para outro, muito mais fantástico. Um punhado de casas surge por entre a folhagem num cenário romântico, de onde decerto não vão ter vontade de sair tão cedo. Se escutarem algum ruído que os desperte deste encantamento, terá certamente origem no “Atelier da Cerdeira”, onde a madeira e o xisto são transformados em peças de artesanato.





3. REGIÃO DE LISBOA

A Região de Lisboa compreende, integralmente, os distritos de Leiria, Lisboa, e a metade norte do de Setúbal. Limita a norte com a Região Centro; a nordeste, leste e a sul com o Alentejo, e a sul e oeste com o Oceano Atlântico. 

Compreende as sub-regiões do Médio Tejo, Pinhal Interior Sul, Pinhal Litoral e Grande Lisboa e Península de Setúbal. 

A cidade mais populosa da região Centro é Lisboa a capital do país. Podem consultar o mapa da região em: http://www.visitportugal.com/pturismo/MapaDePortugal.aspx

Entre Leiria e Setúbal, a região de Lisboa, com epicentro na capital, tem atractivos para todos os que querem descontrair. 

As praias são todas excelentes e de clima ameno. Se gostam de dormir até tarde podem ficar mais para norte, onde, às vezes, as brumas envolvem as manhãs de São Pedro de Moel, São Martinho do Porto com a sua bonita baía, NazaréSalgados, Foz do Arelho, e até mesmo Santa Cruz e Ericeira. Mais a sul, têm praias tão bonitas como as Azenhas do Mar, Praia das Maçãs, Praia Grande, Guincho e todas as da Linha do Estoril

Atravessem depois o Tejo para os areais animados da Costa da Caparica, das graciosas praias da Arrábida ou da Península de Tróia. As ondas do norte têm à sua espera os apreciadores de surf, kitesurf e outros desportos mais activos, enquanto a sul de Lisboa podem frequentar as praias naturistas do Meco ou nadar com golfinhos perto de Setúbal. 


Mas a região não se esgota nas praias, de todo… A norte ou a sul, o património artístico e cultural é de tal maneira rico que é difícil de enumerar, bastando dizer que conta com vários monumentos classificados Património Mundial. Além disso encontram bonita cerâmica em Alcobaça e Caldas da Rainha, festivais gastronómicos e Rotas do Vinho por toda a região, feiras e romarias um pouco por todo o lado, especialmente no Verão. 





3.1 LISBOA 

Lisboa, a luminosa capital de Portugal, estende-se à beira do Tejo, no local onde este mergulha no oceano. Uma das poucas capitais europeias com rio e mar, tem a Praça do Comércio como a sua sala de visitas porque a cidade desde sempre se abriu acolhedora às muitas chegadas e partidas, que tiveram como ponto alto a época dos Descobrimentos. 

Por isso em Lisboa e nesta região se encontram monumentos manuelinos do maior realce, como a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, que se exibem à luz radiosa da cidade. O moderno espaço de lazer do Parque das Nações prova que a ligação ao rio ainda hoje se mantém. Ali encontram, por exemplo, a assinatura de Álvaro Siza num dos edifícios que acolheram a última exposição mundial do séc. XX, sob o tema dos Oceanos. Em contraponto, não percam os pitorescos bairros medievais de Alfama e Mouraria, coroados pelo Castelo que, com o Bairro Alto do outro lado, confluem na Baixa Pombalina

Os bairros históricos de Lisboa são: Alfama, Castelo e Mouraria, Bairro Alto, Chiado, Bica e a Baixa. Alfama é um dos mais antigos bairros de Lisboa. Conserva ainda a sua estrutura árabe, com ruas labirínticas, pátios e becos. Aqui está localizada a e realiza-se a Feira da Ladra
Junto a Alfama estão os bairros do Castelo e da Mouraria. Durante o mês de Junho, nas Festas dos Santos Populares, estes bairros enchem-se de música, danças e petiscos. O Bairro Alto, com origem no século XVI, é hoje um dos mais animados da cidade, com bares, restaurantes e lojas trendy, que nos últimos anos se têm instalado na zona. O Chiado é um dos bairros mais sedutores da cidade. Tem sido o centro da vida cultural, como bem o demonstram os seus teatros, cafés com tradição literária, como A Brasileira, e livrarias antigas ou o Museu do Chiado
Na Bica, outro bairro histórico de Lisboa, o Elevador da Bica, de 1892, passa entre o casario, numa rua em que os passeios são escadinhas estreitas. A Baixa, reconstruída pelo Marquês de Pombal logo após o terramoto de 1755, é uma zona comercial e financeira, caracterizada pela geometria das suas ruas. 

Lisboa é uma cidade cheia de animação. Festeja-se com exuberância, de forma espontânea, pelo prazer autêntico do convívio com os outros e com o rio. Escolha o ambiente recolhido e castiço duma casa de fados; ou, se ainda lhe sobra energia, percorra as discotecas da beira-rio e divirta-se até de manhã. A luz de Lisboa já o tinha impressionado? Então contemple a luz do amanhecer junto ao Tejo e, depois, pode dormir descansado.




Aqui ficam mais umas fotografias de uns eventos em trabalho no Pestana… Umas de um dos diversos cocktails e duas de dois jantares, num deles o cantor convidado foi o Pedro Abrunhosa, uma simpatia e uma pessoa com conteúdo que animou toda a assistência ao som dos seus hits. 




Lisboa também é centro duma região variada: à sua porta ficam as estâncias balneares do Estoril e a romântica Serra de Sintra, onde a simbiose de palácios e natureza levou à classificação de património mundial. São por certo o mar, o clima e a natureza preservada que conferem a toda a região uma energia peculiar. Os muitos Parques e Reservas Naturais convidam a bons momentos ao ar livre, da tranquilidade do golfe à adrenalina do surf.

E se as poucas fotografias que aqui coloquei vos abriram o apetite e se estão prontos para mais umas de Lisboa e arredores de um fotografo à séria e cheio de alma e que já publicou uma série de livros sobre navios portugueses, vejam: http://lmclisboa.blogspot.pt/.




3.2 CASCAIS 

Situada junto ao mar e tradicionalmente uma aldeia piscatória, Cascais, a cerca 20 minutos de Lisboa, teve um importante desenvolvimento no séc. XIV, quando era porto de escala de grande movimento para os navios que se dirigiam a Lisboa. Foi no entanto a partir da 2ª metade do séc. XIX, altura em que os banhos de mar começaram a ser apreciados, que Cascais sofreu um impulso que a transformou numa estância de veraneio muito em moda. O principal impulsionador da transformação foi o Rei de Portugal D. Luís I, que em 1870 converteu a fortaleza da cidadela na residência de verão da monarquia portuguesa. Este exemplo foi seguido pela nobreza que aqui construiu palacetes e belíssimas moradias onde passavam a época mais quente do ano, transformando por completo a antiga vila de pescadores. 

Cascais passou a atrair também os passeios dos curiosos, cujo acesso ficou mais facilitado pela inauguração da linha de caminho-de-ferro entre Pedrouços e Cascais em 1889. Hoje em dia, Cascais é uma localidade muito animada e cosmopolita, que conserva ainda o seu ar aristocrático. Recomenda-se um passeio pelas suas ruas que possuem lojas de excelente qualidade ou uns momentos de repouso numa das muitas esplanadas que ali existem. 

As praias continuam a ser um dos maiores motivos de atracção, sendo possível escolher entre as que se situam na baía abrigada da vila, ou as que ficam um pouco mais afastadas na zona do Guincho integradas já no Parque Natural Sintra-Cascais e que oferecem condições excelentes para a prática de surf e windsurf. A Praia do Guincho possui um enquadramento paisagístico de grande beleza, em que as dunas de areia branca contrastam com os contrafortes da Serra de Sintra, que se avista ao fundo. Por estar exposta aos ventos fortes e possuir forte ondulação, esta praia é muito procurada pelos praticantes de bodyboard e surf. Durante o verão, devido à nortada que aqui se faz sentir, o Guincho é excelente para a prática de windsurf, tendo aqui lugar anualmente em Agosto uma das provas do Campeonato Mundial desta modalidade. 

A Boca do Inferno, uma reentrância da costa cercada de rochedos escarpados e de cavernas, continua a ser uma curiosidade natural que atrai muitos visitantes para ver a força do mar. 

Destaque nesta zona para os peixes frescos e mariscos, que se poderão saborear nos muitos restaurantes existentes na região. 




3.3 ESTORIL

Estância de renome mundial, o Estoril é um verdadeiro centro cosmopolita de grande animação nocturna e que possui todas as infra-estruturas necessárias a um grande centro de veraneio - praias, excelentes hotéis, Campos de Golfe, um Casino e mesmo um Autódromo. 

Foi no início do séc. XX, que se iniciou a transformação planeada desta localidade, devido não só à proximidade do mar que começava a ser um pólo de atracção, mas também pela existência de nascentes termais então muito em moda. O centro desta nova estância de luxo era o Parque e o Casino (ex-libris do Estoril), rodeados de edifícios de arcadas e de excelentes hotéis. Anteriormente, o Estoril era conhecido pelos vários Fortes na linha da costa que asseguravam a defesa de uma das possíveis entradas para Lisboa e pelo Recolhimento construído pela Ordem Mendicante dos Frades Franciscanos no séc. XVI transformado no Colégio dos Salesianos. A partir de 1930, o Estoril tornou-se um dos principais expoentes do turismo em Portugal, tendo sido o local escolhido para o exílio de muitos monarcas europeus depostos, entre os quais se poderá referir o Rei de Espanha D. Juan Carlos. Durante a II Grande Guerra Mundial foi o refúgio de escritores, políticos, artistas, negociantes e muitos judeus perseguidos pelo III Reich. 




3.4 SINTRA 

Sintra, a uns 20/30 minutos de Lisboa, é um daqueles lugares cheios de magia e mistério onde a natureza e o Homem se conjugaram numa simbiose tão perfeita, que a UNESCO o classificou de Património da Humanidade. No alto da Serra, o séc. XIX viu nascer o Palácio da Pena, fruto do sonho de um rei artista, D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, mas a beleza não termina aqui, a montanha está salpicada de palacetes como Monserrate, envolvido na exuberância do seu parque exótico e de quintas como a Quinta da Regaleira, a transportar-nos para o mundo dos símbolos iniciáticos. 

Passeando em Sintra podem descer ao neolítico na Tholos do Monge, desfrutar dos horizontes nas muralhas do Castelo dos Mouros, sentir a austeridade do Convento dos Capuchos, sensibilizar-se nos recantos do Parque da Pena, sítio de amor e exotismo. No Centro Histórico da vila façam um apaixonante roteiro pelo passado humano, feito de ruas labirínticas, escadinhas e arcadas. No meio, descobrirão facilmente as enormes chaminés do Palácio Nacional. É a mais fascinante construção realenga de Portugal com um sedutor conjunto de múltiplos gostos que lhe dão uma estranha beleza. Dentro das suas paredes vão sentir os ecos da notícia que D. Manuel I recebeu dos descobrimentos da Índia e do Brasil ou da voz de Luís de Camões recitando os "Lusíadas" para o rei D. Sebastião e ver a mais vasta e rica azulejaria mudéjar da Península Ibérica. 

Conheçam ainda as praias de areia dourada e fina da Costa de Sintra, banhada pelo Atlântico. Vão apreciar o passeio à Praia de São Julião, Praia das Maçãs e Praia Grande. A Praia das Maçãs, perto de Colares, é um centro de lazer onde podem desfrutar de banhos de sol e mar e contemplar a paisagem entre a Serra e o Atlântico. A Praia Grande é uma das mais procuradas da região de Lisboa, muito apreciada por banhistas e por surfistas. É palco de diversas competições nacionais e internacionais ligadas ao desporto de prancha, como o surf, o bodyboard e o skimming. 

Se preferirem um "mar" mais tranquilo, no alto da arriba tem à disposição uma piscina de água salgada. A partir de Sintra, façam um passeio de eléctrico até á Praia das Maçãs. Vão relembrar outros tempos e apreciar melhor a paisagem. A visita à Costa de Sintra não fica completa sem uma ida ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa, «onde a terra acaba e o mar começa». 

Já tivemos uma casa de férias nesta zona ( acho que andava por aí uma fotografia comigo bébé nessa casa, a ver se a descubro…), por esse motivo que toca o meu coração e também pela sua beleza é uma zona que aprecio muito. 






3.5 COSTA DA CAPARICA 

O maior areal da Europa está a meia hora de distância de Lisboa, na margem sul do Tejo. Esta costa proporciona-lhe praias de areia branca com quilómetros de extensão ladeadas por dunas e falésias. São 30 km de areia, mar e céu. Juntem-se aos lisboetas que no Verão procuram os tão desejados banhos de sol e de mar e partilhe com eles a alegre animação dos bares e das esplanadas que se espalham pelo areal. Não fiquem com a ideia de que a praia é para ir só no Verão. Nos dias soalheiros de Inverno - e temos muitos - pode vir matar saudades da época estival, passeando no longo paredão, molhando os pés no mar e respirando a brisa da maré. 

Uma impressionante arriba fóssil, Paisagem Protegida, emoldura a praia. Era aí a fronteira onde chegava o mar há muitos milhões de anos. No topo esconde-se o encantador Convento dos Capuchos, erigido no séc. XVI. Rodeado de cuidados jardins, que todos os verões se animam com um Festival de Música, é um excelente miradouro sobre a praia. 



A Arriba Fóssil da Costa da Caparica que se estende para sul é uma vasta zona de dunas, com os pinheiros mansos da Mata dos Medos a emoldurar as praias de extensos areais. 

A sul da Paisagem Protegida, separada da praia por um cordão de dunas, e a sul de uma extensão de praias quase desertas fica a Lagoa de Albufeira é um excelente sítio para desportos de vela. 

Entre a Costa da Caparica e a Lagoa de Albufeira, para o interior ficam algumas bonitas zonas de pinhal e golfe. 




3.6 MECO 

Mais a sul, junto à Aldeia do Meco, que lhe deu o nome que a popularizou, a Praia do Moinho de Baixo foi uma das primeiras a possuir uma zona devidamente assinalada e licenciada para a prática do naturismo, numa área que se estende para as Praias da Tramagueira e do Rio da Prata, as últimas do longo areal que tem início na Costa de Caparica. 

O mar, que por vezes tem uma ondulação muito forte, oferece boas condições para a prática de surf, bodyboard e windsurf. É também  onde se realiza um dos festivais de Verão o Super Bock Super Rock que tem por lema "Meco, Sol e Rock n’Roll". 





3.7 CABO ESPICHEL 

Continuando para sul, façam uma visita o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel, junto ao qual na falésia são visíveis algumas pegadas de dinossauros. A vista é soberba! 

Ali perto têm as praias do Meco e de Sesimbra...





3.8 SESIMBRA 

Uma pitoresca vila piscatória situada junto a uma baía abrigada, Sesimbra foi fundada no topo da colina, em redor do Castelo dos Mouros que o 1º rei de Portugal, D. Afonso Henriques conquistou em 1165. Este castelo caiu de novo na posse dos mouros em 1191, tendo sido reconquistado no reinado de D. Sancho I (séc. XIII) que o doou à Ordem de Santiago para defesa e povoamento. Mais tarde, no séc. XVIII foi restaurado, sendo actualmente um ponto de visita obrigatória de onde se pode admirar uma paisagem verdadeiramente deslumbrante sobre a vila e o mar. 

Foi a riqueza piscícola do mar de Sesimbra que fez com que o núcleo populacional descesse do alto da colina e se deslocasse para as suas proximidades, transformando-se esta vila num dos principais portos de pesca da região. Foi também o mar que durante o séc. XX atraiu forasteiros que procuravam as excelentes praias abrigadas com óptimas condições para a prática de desportos náuticos, que tornaram esta pacata localidade numa concorrida estância de veraneio. Destaque especial merece também a excelente gastronomia regional em que os mariscos e peixes frescos são o elemento principal, e que se podem apreciar nos muitos restaurantes aqui existentes. 





3. 9 ARRÁBIDA 

Ainda mais para sul, Para desfrutarem do último reduto de vegetação autóctone mediterrânea vão até ao Parque Natural da Serra da Arrábida. Deleitem-se com a grandiosidade da Serra da Arrábida, as suas praias como a da Praia da Figueirinha, Praia de Galapos ou Praia do Portinho da Arrábida e o seu parque natural. Percebam, então, porque se fixaram nela os frades Arrabidinos Franciscanos. São 50 mil hectares de áreas protegidas, entre as quais, além do Parque Natural da Serra da Arrábida, as zonas húmidas do Tejo e do Sado. 

Para os amantes da natureza e da sua preservação, esta região é privilegiada. Dela fazem parte dois importantes estuários, o do rio Sado e o do rio Tejo, com tudo o que as zonas húmidas nos proporcionam de vida selvagem e equilíbrio ecológico. São habitats perfeitos para várias espécies de peixes, aves migratórias e, até, habitats agrícolas de características muito particulares. Faça um cruzeiro no Estuário do Sado e é certo que terá um encontro com o ex-libris deste magnífico estuário, os golfinhos, duma espécie única em Portugal. Seduza-se com os extensos areais oceânicos e o mar calmo e aproveite para nadar com estes graciosos mamíferos. 

A minha querida amiga Paula Lacerda tem uma empresa, a Blue Coast Bikes - www.bluecoastbikes.com - que organiza passeios de bicicleta com guia ou não, por Portugal. Ela e o marido organizaram um pequeno passeio para amigos, foi muito giro! Obrigada Paula e Aaron!




A partida foi de Setúbal, onde fizemos uma visita ao mercado para vermos como é um mercado tradicional cheio de vida! 



Daí seguimos ao longo da costa por caminhos de cortar a respiração que apesar de já conhecer, assim de bicicleta tocam-nos muito mais. 





Sentimo-nos muito mais integrados na beleza desta zona do que de mota ou carro… Escusado será dizer que parei umas 500 vezes para tirar fotografias… 





Recomendo a todos os que não conhecem esta zona que a visitem é mesmo bonita, tanto vista daqui como vista do mar… 




Mais uma das milhentas fotografias e a boa da Patricia na sua pasteleira ehehe isto é que é fidelidade... só eu fazer estas subidas naquela bicicleta… ehehe A Paula e o Aaron têm bicicletas xptos disponíveis mas eu decidi levar a minha… só eu e as minhas maluqueiras… ahaha 




Ao passarmos numa das bonitas praias recordei-me de uma coisa… estás praias estão viradas “de costas para o sol” ie ao contrário do que se passa na maioria das praias portuguesas em que nos sentamos virados para o mar com o sol de frente, aqui se nos viramos para o mar temos o sol por trás… Mas uma destas praias cria um banco de areia, uma espécie de ilhota à frente e recordo-me prefeitamente de pelo menos uma vez, ter ido de mota de água para este banco de areia para apanhar sol de frente eheh O meu ex de há imensos anos, Pedro gostava imenso de ir andar de mota-de-água para aqui e fizemos uns belos passeios de mar nesta zona da costa, acreditem que é brutal… 

Reparem neste túnel fantástico, acreditem que está estrada está cheia de boas surpresas… 




A vista bonita sobre a baia… 




Algumas das praias e umas ruínas antigas escondidas que a Paula e o Aron nos quiseram mostrar… 





Ainda demos um mergulho na praia, a água estava absolutamente gelada, mesmo! Não me lembrava nada da água por aqui ser tão fria… 

Depois do passeio veio um bote buscar as nossas bicicletas para a viagem de regresso, de barco… 



E já com tudo a bordo e ao som do mar deliciámo-nos com um óptimo almoço-lanche. Ainda hoje me faz água-na-boca aquele doce de abóbora fantástico! Ehehe 




E já agora para se rirem... Olhem o que eles me armaram... sem eu saber colocaram uma fotografia minha no catálogo deles... Imaginem a minha surpresa quando vi a newsletter...


www.bluecoastbikes.com


3.10 AZEITÃO

Situada no Parque Natural da Serra da Arrábida, a Zona de Azeitão, compreende diversas povoações características, de que se salientam as de Vila Fresca de Azeitão e de Vila Nogueira de Azeitão, que adoptaram os nomes das quintas à volta das quais se desenvolveram. Vila Fresca de Azeitão cresceu em redor da Quinta Fresca, onde no séc. XV o Rei D. João I fundou um palácio, que mais tarde se passou a denominar de Palácio da Quinta da Bacalhoa, devido à alcunha dada a uma das suas proprietárias, tendo esse nome permanecido até aos dias de hoje. Vila Nogueira de Azeitão, por sua vez, formou-se em redor da Quinta da Nogueira, propriedade de D. Constança, esposa do rei D. Pedro (séc. XIV). A povoação desenvolveu-se e foi elevada à categoria de vila e sede de concelho em 1786, categoria que perdeu em 1855. 

Nesta região aprazível e de grande beleza natural fixaram residência de verão diversas famílias nobres que aqui fundaram Quintas e palacetes dignos de nota como a Quinta das Torres onde a minha irmã que tem mais 10 anos que eu, se casou há uns 15 anos atrás (hoje foi transformada em Estalagem) e o Palácio dos Duques de Aveiro, edificado em estilo renascença puro. Uma visita a Azeitão deverá ser também a oportunidade para degustarem os excelentes produtos da região como os queijos, as famosas tortas e os vinhos, em que se destacam os vinhos de mesa da casta Piriquita e o Moscatel de Setúbal.





3.11 PALMELA 

Esta povoação localizada num dos contrafortes da Serra da Arrábida, atraiu ao longo dos séculos os vários povos que passaram pela Península Ibérica. Segundo se crê deve o seu nome aos Romanos, mais concretamente a um pretor de apelido Palma, e aos Árabes deve a construção do castelo no seu ponto mais alto, de onde se domina toda a região que se estende entre os Rios Sado e Tejo, avistando-se ainda a Serra de Sintra. Por este aspecto compreende-se a sua importância naquela época, por razões de estratégia militar, bem como nos dias de hoje em que é um dos melhores miradouros de toda a região. 

Palmela foi reconquistada aos Mouros pelo 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques (séc. XII) com a ajuda dos Cavaleiros da Ordem de Santiago de Espada, que recompensou doando-lhe estas terras para povoamento e defesa. No séc. XV foi fundado um Convento no interior do Castelo, que serviu de Sede a esta Ordem Religiosa e Militar, e que actualmente alberga uma pousada. 

Palmela é também uma importante região vitivinícola, onde se produzem vinhos de mesa de excelente qualidade, bem como um vinho generoso conhecido como Moscatel de Setúbal. É esta actividade que dá origem às mais importantes festividades da vila, as Festas das Vindimas que se realizam no início de Setembro, e incluem no seu programa cortejos, espectáculos e largadas de touros. 

A Pousada de Palmela… 






3.12 SETÚBAL 

É habitada desde tempos longínquos pelos Fenícios e pelos romanos, que se fixaram na margem sul do Rio Sado (em Tróia - frente à actual cidade) e denominaram a povoação de Cetóbriga que veio mais tarde a derivar para Setúbal. Foram os romanos que deram início a uma das mais tradicionais actividades da região - a recolha de sal e a conservação de alimentos em tanques de salga cujos vestígios se conservam na Península de Tróia. O desenvolvimento de Setúbal esteve desde sempre ligado às actividades marítimas propiciadas pela sua localização na foz do Rio Sado, sendo já no séc. XIV um dos principais Portos do país. 

Os produtos agrícolas também merecem especial destaque sendo alguns deles já referenciados em documentos oficiais do final do séc. XIV nomeadamente as uvas, vinhos, laranjas e peixe. Ainda hoje, os vinhos produzidos na região envolvente têm fama, nomeadamente vinhos de mesa e o moscatel conhecido como de Setúbal. Poderão ser provados nas caves situadas na localidade próxima de Azeitão, onde também se produzem excelentes queijos e umas tortas deliciosas. 

Na cidade em que nasceram vultos da cultura portuguesa, nomeadamente Bocage (poeta do séc. XIX, conhecido pelo tom irónico e a crítica social que inseria em tudo o que escrevia) e Luísa Todi (importante cantora lírica) merecem especial referência o Convento de Jesus em estilo gótico-manuelino que alberga o Museu da Cidade e o Forte de São Filipe. Actualmente convertido numa Pousada, é um óptimo miradouro sobre a cidade, o Rio Sado, Tróia e a Serra da Arrábida. 




Em redor de Setúbal encontram-se áreas de natureza preservada, nomeadamente a Reserva Natural do Estuário do Sado, onde se podem observar golfinhos em liberdade, e o Parque Natural da Arrábida de características únicas, com espécies que só se poderão encontrar em áreas próximas do Mediterrâneo. De destacar são também as excelentes praias na zona da arrábida, nomeadamente a Praia da Figueirinha, Praia de Galapos e a Praia do Portinho da Arrábida (uma líndissima baía abrigada) e, na margem oposta do Rio Sado à qual se chega facilmente por ferry-boat, a Península de Tróia com cerca de 18 kms de praias e um campo de golfe. Apesar da melhor forma de chegar a Troia ser de barco a partir de Seúbal, falarei de Troia quando falar da Região do Alentejo, mais à frente...

Deixando os arredores de Lisboa seguimos agora mais para norte da cidade… 


3.13 ALENQUER 

De origem árabe, a povoação de Alenquer foi reconquistada para os Cristãos por D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal no séc. XII, na sua investida em direcção a Lisboa, de que Alenquer dista apenas 35 kms. Alenquer é popularmente conhecida como a vila-presépio, devido à disposição harmoniosa das suas casas numa encosta, formando como que um anfiteatro. Em Alenquer nasceram importantes personalidades da História de Portugal como Pêro de Alenquer, navegador português do séc. XVI que dobrou o Cabo das Tormentas, e Damião de Góis, grande humanista e importante figura do renascimento em Portugal (séc. XVII). O principal evento desta localidade é a Feira da Ascensão que se realiza anualmente em Maio ou Junho (conforme a data daquela festa móvel), atraindo muitos visitantes à região. 

Vou muito a Alenquer porque os pais do meu cunhado têm lá uma quinta… Eles são uns queridos e comem-se lá sempre uns petiscos deliciosos ehehe 






3.14 PENICHE 

Mais para norte e para o litoral, em Peniche, a Fortaleza de Peniche mandada construir por D. João IV no séc. XVII formava, juntamente com o Forte da Praia da Consolação e  do Forte de São João Baptista, nas Berlengas, um importante complexo militar para protecção contra invasões vindas do mar. O Forte de Peniche, transformado em prisão política na época do Estado Novo (1933-1974) foi palco de uma das mais extraordinárias fugas do séc. XX em Portugal. Dele se evadiu em 1960 um grupo de presos políticos, entre os quais o dirigente comunista Álvaro Cunhal. Visitem aqui o interessante espaço museológico, onde se reconstitui o ambiente de prisão, de par com vários núcleos temáticos sobre a região. 

A pesca ainda é uma actividade importante em Peniche e o espectáculo dos barcos carregados de peixe que chegam ao porto é muito apreciado. A abundância de peixe no mar foi muito bem aproveitada na gastronomia regional. Por isso procurem na Avenida do Mar restaurantes que lhe sirvam caldeirada, sopa de lagosta à moda de Peniche, arroz de marisco e tantos outros pratos que têm de comum o melhor peixe fresco que pode encontrar. 

Peniche é também o maior centro de rendas de bilros em Portugal, arte centenária que se perde no tempo. Talvez fosse uma forma de as mulheres se ocuparem enquanto os maridos iam para o mar. Esta arte delicada feita de habilidade e paciência, representada em certames internacionais, é um património artístico que interessa preservar. 

Antes de entrar na vila de Peniche, façam um passeio pela costa e deixe-se envolver pelo admirável espectáculo do mar. Colorindo-se de tons de azul intenso, ou de verde profundo, ora calmo ora quebrando-se em ondas ferozes nos rochedos, este mar moldou esculturas nas rochas que tomaram formas estranhas e dramáticas a lembrar enormes monumentos desabados. Passeiem pela Praia do Baleal, estendida entre dois mares como se fosse uma ilha (e já o foi), muito procurada juntamente com a Praia da Consolação, a sul, pelas excelentes condições para surf e bodyboard. Do lado esquerdo apruma-se o Promontório da Papôa que lembra trágicos naufrágios, como o do galeão espanhol São Pedro de Alcântara, naufragado em 1786, quando vinha do Peru. 

A caminho do Cabo Carvoeiro parem para visitar a ermida de Nossa Senhora dos Remédios, escavada na rocha subterrânea e revestida de belos azulejos do séc. XVIII. Mais adiante ergue-se o Farol construído em 1796. Do lado oeste impõe-se a Nau dos Corvos, imponente formação rochosa onde poisam gaivotas e corvos e no horizonte avistam-se as Ilhas das Berlengas, única reserva natural insular de Portugal continental. 






3.15 ÓBIDOS 

A lindíssima vila de Óbidos, de casas brancas enfeitadas com buganvílias e madressilvas foi conquistada aos mouros pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em 1148. Mais tarde, D. Dinis doou-a a sua mulher, a rainha Santa Isabel. Desde então e até 1883, a Vila de Óbidos e as terras em redor foram sempre pertença das rainhas de Portugal. 

Envolvida por uma cintura de muralhas medievais e coroada pelo Castelo Mouro reconstruído por D. Dinis, que hoje é uma pousada, Óbidos é um dos exemplos mais perfeitos da fortaleza medieval portuguesa. Como nos tempos antigos, a entrada faz-se a sul, pela Porta de Santa Maria, embelezada com decoração de azulejos do séc. XVIII. Dentro das muralhas, que sob o sol poente tomam uma coloração dourada, respira-se um alegre ambiente medieval feito de ruas tortuosas, de velhas casas caiadas de branco com esquinas pintadas de azul ou de amarelo, de vãos e janelas manuelinas, lembrando que D. Manuel I (séc. XVI) aqui fez grandes obras, de muitas flores e plantas coloridas. Não deixem de visitar a Igreja Matriz de Santa Maria, a linda Capela de São Martinho e, fora das muralhas, a Igreja do Senhor da Pedra. 




Dos eventos que se realizam anualmente em Óbidos merecem destaque as Festas da Semana Santa (em que são recriados os passos da via Sacra), o Festival de Música Antiga, em Outubro e, para os mais gulosos, o Festival Internacional do Chocolate, em Março, de que faz parte um concurso internacional onde as receitas são avaliadas por um júri internacional de especialistas. 






3.16 ALCOBAÇA 

Alcobaça está situada nos vales dos rios Alcoa e Baça, que segundo alguns escritores lhe deram o nome. Segundo outras interpretações foi a denominação desta localidade de origem árabe que se dividiu para baptizar os dois rios. 

Alcobaça deve a sua fama e desenvolvimento ao Mosteiro ou Real Abadia de Santa Maria, fundado em 1153 pela Ordem de Cister, e que começou a ser construído em 1178, em terrenos doados a Frei Bernardo de Claraval, fundador da Ordem de Cister, pelo 1º rei de Portugal, D. Afonso Henriques, no cumprimento de um voto efectuado após a Reconquista Cristã de Santarém, que esteve na posse dos mouros até 1147. O Mosteiro possuía um vasto domínio, que era também conhecido como "coutos" de Alcobaça, onde a Ordem de Cister sistematizou o povoamento, organizando vilas e quintas e dinamizou a agricultura, introduzindo novas técnicas e produtos agrícolas, características que perduraram no tempo sendo ainda hoje esta região uma das principais produtoras de fruta em Portugal. Erigido segundo o modelo da Abadia de Claraval, casa-mãe da Ordem de Cister em França, o Mosteiro de Alcobaça é um belíssimo monumento classificado como património da humanidade pela UNESCO. 

Neste mosteiro estão os túmulos do Rei D. Pedro I e D. Inês cuja história contei quando falei de Coimbra mas que resumo aqui.. D. Pedro I casou com D. Constança Manuel uma princesa castelhana. No seu séquito, ela trazia a camareira Inês de Castro, que provinha de uma antiga e poderosa família nobre galega. D. Pedro I apaixonou-se por ela. D. Constança morreu catorze dias após o parto do seu filho sobrevivente, D. Fernando I e D. Pedro I passou a viver publicamente com D. Inês, nascendo desta relação três filhos. O pai de D. Pedro I, D Afonso IV, não aceitou esta relação, combatendo-a e condenou D. Inês à morte por alta traição. Após subir ao trono, D. Pedro I vingou a morte da sua amada (afirmando ter-se casado com ela em segredo no um ano antes) e decretou que se honrasse D. Inês como rainha de Portugal. D. Pedro I mandou colocar dois sarcófagos frente a frente, na parte sul do transepto da igreja de Alcobaça e trasladar os restos mortais de D. Inês de Coimbra para Alcobaça, sob o olhar da maior parte da nobreza e da população. No seu testamento, D. Pedro I determinou ser enterrado no outro sarcófago para que, quando o casal ressuscitasse no dia do Juízo Final, se olhassem nos olhos. 

A gastronomia e a doçaria desta zona foram muito influenciadas pelos Mosteiros e conventos da Ordem de Cister existentes na região, juntando-se ao de Alcobaça, o Mosteiro Feminino de Cós e o Convento dos Capuchos em Évora de Alcobaça. O doce mais conhecido é o Pão de Ló de Alfaizerão que tomou o nome da localidade onde é confeccionado - Alfeizerão. De referir ainda o cristal de excelente qualidade, bem como as peças de olaria e cerâmica. 




3.17 SÃO MARTINHO 

Ano após ano, a baía de São Martinho do Porto, em forma de concha abrigada, é frequentada pelas mesmas famílias que há muito tempo a seleccionaram como o local predilecto para férias e fins-de-semana. Muito concorrida durante o verão, em que se transforma numa estância de férias verdadeiramente cosmopolita, tem vindo a ser aqui dinamizada nos últimos anos a prática de diversos desportos radicais como a escalada, windsurf e canoagem. Tenho alguma afinidade por esta terra que em tempos pertenceu em grande parte à minha família. 





3.18 NAZARÉ 

Típica vila de pescadores, a Nazaré é hoje em dia um concorrido centro de veraneio que soube manter as suas tradições ligadas ao mar. O Sítio, no ponto mais alto da vila (a que se pode aceder por um elevador) é sem dúvida o seu melhor miradouro. Está também ligado ao culto a Nossa Senhora da Nazaré que, segundo a lenda do séc. XII, foi invocada pelo alcaide D. Fuas Roupinho que perseguindo um veado, se iria precipitar no abismo, sem salvação possível. Como prova de gratidão pela graça que recebeu, D. Fuas Roupinho mandou aqui edificar uma pequena capela - a Ermida da Memória. A pouca distância, foi construído no séc. XVIII o Santuário de onde se realizam grandiosas festas, no mês de Setembro. 

A ligação do povo da Nazaré ao mar está bem patente no artesanato local, em que se destacam as redes, as bóias, as canastras e as bonecas tradicionais vestidas com os trajes típicos de sete saias, e na gastronomia, em que predominam os pratos de peixe e mariscos, como as caldeiradas, as sopas, a açorda e o arroz de marisco e os carapaus secos. Nas redondezas, destaque para a Capela de São Gião (séc. VII), um dos raros templos visigóticos existentes em Portugal. 

Também tenho afinidade pela Nazaré porque tenho ali alguma família e inclusive uma casa… Passei momentos giros na Nazaré em pequena, recordo a praia com as barracas e uma data de criançada para brincar, os primos, tio e tia e as festas engraçadas de família à antiga com todos incluindo os avós... Na fotografia em baixo estou eu com a minha irmã Ana, 10 anos mais velha que eu...




Mais umas fotografias da Nazaré e arredores...



3.19 DA NAZARÉ A S. PEDRO DE MOEL 

Uma sucessão de longos areais percorre esta região litoral, sempre acompanhada pelas cor verde dos pinheiros bravos, a contrastar com o azul do céu e o tom dourado das areias. 

Há uns três anos fiz o percurso que vai de Leiria à Nazaré passando pelo pinhal, S. Pedro de Moel e depois ao longo da costa... Foram óptimas surpresas, ainda para mais, numa altura do ano em que a calma impera nestes destinos de verão… Não dá para explicar o bem que me soube andar por estes lados! Há aqui lugares absolutamente lindos e eu não fazia a mínima ideia! Foi boa ideia optar por este percurso e ir à descoberta! 





3.20 SÃO PEDRO DE MOEL 

Situada entre o pinhal e o mar, São Pedro de Moel é uma praia esplêndida, abrigada numa concha de casario cheio de bom gosto e de ar aristocrático. Ideal para os amantes dos desportos ao ar livre, pelas várias opções que aqui podem encontrar como a magnífica piscina oceânica sobre o mar, o voleibol de praia, o surf, que pode ser praticado durante todo o ano, ou as emoções da pesca desportiva e da caça submarina. Ao entardecer, as esplanadas e um admirável pôr-do-sol anunciam o ambiente elegante, cosmopolita e animado das noites de São Pedro de Moel. 

Visitem também a Casa-Museu do poeta Afonso Lopes Vieira (1878-1946), apreciando no exterior o estilo do arquitecto Raul Lino. Para norte de São Pedro de Moel sucedem-se mais de dez quilómetros de praias imensas, dunas e pinhal. Na Praia da Vieira o artesanato e a gastronomia reflectem a ligação do Homem ao mar, no sabor das caldeiradas e do arroz de marisco ou nas cores vivas dos barquinhos de madeira. 






3.21 PINHAL DE LEIRIA 

Inicialmente destinado a suster as areias da costa que invadiam os terrenos de cultivo, o Pinhal viria a abastecer a madeira necessária à construção das naus e caravelas para os Descobrimentos Portugueses. A presença do pinhal e das areias das praias atlânticas foram também determinantes para o papel da região na tradição da indústria metalúrgica e do vidro em Portugal. Assim o entendeu o Marquês de Pombal, ministro de D. José I, ao conceder em 1769 ao industrial inglês William Stephens alvará para fundar a Real Fábrica de Vidro de Guilherme Stephens. O projecto foi continuado por um irmão de Guilherme, João Diogo Stephens, que após a sua morte o deixou em testamento à Nação Portuguesa. Façam um desvio para o Miradouro Ponto Novo






3.22 MARINHA GRANDE 

A história da Marinha Grande está ligada à existência dos 11.500 hectares do Pinhal de Leiria, também conhecido por Pinhal do Rei, floresta de pinheiro bravo plantada no séc. XIII por D. Afonso III e aumentada por seu filho D. Dinis. Alimentada pela abundância das matérias-primas necessárias à sua fabricação, a lenha e a areia, a região tornou-se desde então o centro do fabrico de vidro e cristal português, que tem a marca da mestria de muitas gerações de operários-artistas na produção de peças únicas de reconhecida qualidade em todo o mundo. 

No centro da principal praça da Marinha Grande, onde se destaca o edifício dos Paços do Concelho, encontrarão o busto de Guilherme Stephens, homenagem de todos os trabalhadores da Fábrica que, em 1941, se quotizaram para o pagar. Um bonito portão em ferro dá acesso a um jardim onde se encontra o Museu do Vidro, instalado no Palácio Stephens. Aqui poderá apreciar as admiráveis colecções de objectos artísticos criados ao longo de mais de 200 anos, bem como o núcleo fabril. 

Completem a visita respirando o revigorante ar atlântico das Praias do Litoral... 






3.23 LEIRIA 

"Leiria tem um rio que corre para cima, uma torre que não tem Sé, uma Sé que não tem torre e uma Rua Direita que o não é." (Rima Popular). 

Para D. Afonso Henriques, primeiro conquistador cristão de Leiria em 1135 e o fundador do seu castelo, o local constituía a sentinela avançada para a estratégia de conquista de Santarém, Sintra e Lisboa aos Mouros, o que viria a suceder em 1147. Durante mais de meio século Leiria voltaria a ser devastada pelas incursões dos exércitos mouros e a sua conquista definitiva só viria a acontecer no reinado de D. Sancho I no final do séc. XII, dando-lhe o monarca o foral em 1195. Em 1254 D. Afonso III realizou ali as primeiras Cortes com a presença de todos os procuradores dos concelhos do Reino, facto de extrema importância na História de Portugal, pois foi a primeira vez que o povo pôde exprimir as suas reivindicações junto do Rei. No séc. XIV D. Dinis e sobretudo sua mulher D. Isabel, a Rainha Santa, residiram por diversas vezes no castelo, talvez por o considerarem uma aprazível residência com largas vistas para os encantos da paisagem em redor 

Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada e mais tarde canonizada. É reverenciada a 4 de Julho data em que morreu. A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. No entanto, este milagre foi originalmente atribuído à sua tia-avó Santa Isabel da Hungria. Provavelmente por corrupção da lenda original, e pelo facto de as duas rainhas possuírem o mesmo nome e fama de santas, a história passou também a ser atribuída a Isabel de Aragão. 

Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo do Sabugal numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: - São rosas, Senhor!. Desconfiado, D. Dinis inquiriu: - Rosas, no Inverno?. D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que ocultara. 

A acção do rei ficou marcada pela implantação do pinhal de Leiria ao longo da zona litoral para protecção das dunas arenosas. Os seus pinheiros bravos viriam a fornecer a madeira e o pez para a construção naval portuguesa, sobretudo durante o período dos Descobrimentos e ainda hoje esta imensa mancha verde é um local muito agradável para um passeio. 

De todas as Cortes reunidas pelos monarcas portugueses em Leiria a sessão mais trágica terá ocorrido nas de 1438, convocadas por D. Duarte para discutir a entrega de Ceuta em troca da libertação de seu irmão o Infante Santo, D. Fernando, prisioneiro em Tânger. A Assembleia decidiu pelo sacrifício do Infante a troco da manutenção da praça marroquina e o rei, aniquilado pelo desgosto, morreria pouco tempo depois. 

Do Castelo medieval a cidade cresceu fora de muralhas num primeiro tempo marcado pela românica Igreja de São Pedro e depois no séc. XVI com a construção da Sé Catedral e da Misericórdia. A cidade expandiu-se então até ao Rio Lis e as suas frondosas margens acolheram diversos edifícios religiosos. Mas só no séc. XIX a cidade de Leiria se iria desenvolver novamente com o estabelecimento da burguesia muito bem retratado por Eça de Queirós, que aqui imagina o "Crime do Padre Amaro", e sobretudo pela acção de Ernesto Korrodi, que se empenhou em valorizar a cidade. Desde então e até aos nossos dias a urbanização moderna e desordenada mudou a cidade, transformando-a num centro industrial em expansão. 





3.24 BATALHA 

A localidade da Batalha cresceu a par do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, cuja construção teve início em 1386, e que foi erigido em cumprimento de um voto de D. João I, rei de Portugal, que prometeu a Nossa Senhora a sua construção caso Portugal derrotasse Castela na Batalha de Aljubarrota em 14 Agosto de 1385. Anualmente em Agosto, realizam-se grandiosos festejos junto ao mosteiro que comemoram esta vitória cuja estratégia foi definida por D. Nuno Álvares Pereira que mais tarde , após a morte da sua mulher se tornou frade. 

Obra-prima do gótico português, o Mosteiro da Batalha é um magnífico exemplar arquitectónico em que se misturam várias influências decorrentes do seu extenso período de construção que se estendeu por vários reinados. No interior destacam-se a Capela dos Fundadores com magníficos vitrais, os claustros, as Capelas Imperfeitas ou inacabadas, profusamente decoradas com elementos em estilo manuelino e gótico flamejante, e a Sala do Capítulo

Em redor do Mosteiro, conservam-se algumas casas setecentistas, uma delas convertida em Pousada, e merece especial referência a Igreja Matriz, com um belíssimo portal Manuelino. 





3.25 PORTO DE MÓS

Segundo se pensa o nome de Porto de Mós terá tido origem na época da ocupação romana, em que o rio Lena, que então era navegável, tinha aqui um porto, no qual se carregavam e descarregavam as pedras das Mós (moinhos) talhadas numa pedreira existente na região. 

A ocupação milenar da região de Porto de Mós está bem patente no Museu Municipal, em que estão expostos diversos fósseis e ossadas de dinossauros e também testemunhos da ocupação humana em diversas épocas, como sejam vários objectos de pedra lascada e polida (do Paleolítico e Neolítico), moedas e lanças de ferro da época romana. 

O Castelo, erigido no ponto mais alto, foi reconstruído por ordem do rei D. Sancho I no séc. XIII e dois séculos depois foi transformado num paço fortificado com um traçado belo e pouco comum que se mantém até aos dias de hoje. Lembro-me perfeitamente de ir pela estrada e no meio do nada ao longe no meio do campo e numa pequena montanha vejo um castelo delicioso e amoroso de telhados verdes... pareceu irreal, fez-me lembrar aquela sensação de estar num filme que tive na Turquia a olhar nos jardins da Blue Mosque... Tive de lá ir... adorei! 

Depois de o visitar segui em direcção a Fátima pela Serra dos Candeeiros, vista da auto-estrada a Serra parece um bocado sem graça... que engano! Uma vez lá, a paz e o verde conquistaram-me completamente... O Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, com as suas encostas em pedra calcária, cujo interior encerra belíssimas galerias visitáveis em grutas como a Gruta de Santo António, a Gruta de Alvados e a Gruta Mira d`Aire, é um sítio incrível. À superfície, entre aldeias tradicionais e moinhos de pedra, conservam-se testemunhos da passagem dos dinossauros, no trilho recentemente descoberto da Pedreira do Galinha, e da ocupação na época romana, de que é o melhor exemplo a calçada em Alqueidão da Serra.





3.26 FÁTIMA

De origens remotas, foi o domínio árabe que marcou o desenvolvimento do lugar e lhe deu o nome. Segundo a lenda, durante a Reconquista Cristã o cavaleiro templário Gonçalo Hermingues, conhecido por Traga-Mouros, apaixonou-se por Fátima, uma moura cativa durante uma emboscada. Correspondendo ao amor, a jovem converteu-se ao cristianismo tomando o nome de Oureana. No séc. XVI, a localidade foi elevada a paróquia da colegiada de Ourém, integrando-se então na Diocese de Leiria. 

A localidade desenvolveu-se bastante a partir do acontecimento das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, no início do séc. XX, transformando-se num dos maiores centros do culto mariano em Portugal, reconhecido mundialmente pela Igreja Católica. A 1º aparição teve lugar em 1917, no lugar da Cova da Iria, onde se situa actualmente o Santuário. As maiores manifestações dos devotos ocorrem a 12 e 13 de Maio (onde se destacam a Procissão das Velas, no dia 12 à noite, e a Procissão do Adeus, no dia 13, que encerra as celebrações) e a 12 e 13 de Outubro. No entanto, entre estas duas datas, todos os dias 13 são de devoção. Relacionado com o culto a Nossa Senhora de Fátima, podem visitar-se as casas onde viveram os pastorinhos videntes, na Aldeia de Aljustrel. No quintal da Casa de Lúcia, um monumento assinala a 2ª aparição do Anjo da Paz e o fim da Via Sacra, iniciada no Santuário. Ao longo da via existem 14 capelinhas oferecidas pelos católicos húngaros refugiados no Ocidente. Destaca-se a passagem por Valinhos, a 400 metros da aldeia, onde monumentos assinalam o local da 4ª aparição em 1917 e a Loca do Anjo, onde em 1916 os pastorinhos viram o Anjo da Paz pela 1ª e 3ª vezes. 





3.27 OURÉM 


Uma semana de trabalho em que fiquei na Pousada de Ourém. Acabei por estender a minha estadia na zona centro ao fim-de-semana e aproveitei para conhecer ou conhecer melhor alguns sítios… Fiquei mais uma vez encantada com o que de fabuloso se encontra no nosso país! Soube-me lindamente esta semana! 

A Pousada está numa zona histórica e afastada da confusão da cidade, está junto ao castelo no alto de uma montanha. É um local onde se respira paz e tranquilidade e onde em cada esquina se encontra um tesouro de beleza e história! 

Mesmo que não fiquem na pousada não deixem de visitar o Castelo de Ourém




A pousada…é um charme! Para ir descobrindo à medida que se vão encontrando novos cantos e recantos desconhecidos… Os jantares soberbos… 




Mais uma fotografia de mais um evento de trabalho...





3.28 TOMAR 
A maior e mais preciosa obra do Renascimento em Portugal, o Convento de Cristo, encontra-se na cidade berço dos Templários, Tomar. O convento fundado em 1160 pelo Grão-Mestre dos Templários, dom Gualdim Pais, ainda conserva recordações desses monges cavaleiros e dos herdeiros do seu cargo, a Ordem de Cristo, os quais fizeram deste edifício a sua sede. 

Os Templários existiram por cerca de dois séculos na Idade Média, a ordem foi fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista. Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam seus característicos mantos brancos com a cruz encarnada, e seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139, o papa Inocêncio II emitiu um documento declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa. Levando uma forma de vida austera, não tinham medo de morrer para defender os cristãos que iam em peregrinação à Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos: não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem. Mesmo assim, foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida em troco da apostasia, permanecendo fiéis à fé cristã.Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa, receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e económico, o que lhes permitiu estabelecer uma rede de grande influência no continente. 

Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações principais dos cavaleiros templários. 

Em 1305 tinham sido feitas acusações contra a ordem por um templário deposto. Foi consensual que as acusações eram falsas, mas em 1307, o Papa Clemente enviou ao rei Filipe IV de França um pedido para auxiliar na investigação. Rei Filipe já estava profundamente em dívida para com os Templários devido à guerra com os ingleses e decidiu aproveitar-se dos rumores para seus próprios fins. Criou uma estratégia de descrédito e começou a pressionar a Igreja a tomar medidas contra a Ordem como forma de se livrar de suas dívidas. Depois de forte intimidação por parte do rei, o Papa Clemente, emitiu a bula papal Pastoralis Praeeminentiae, que instruiu todos os monarcas cristãos da Europa a prenderem todos os Templários e se apropriarem dos seus activos. Em 1307 uma ordem de prisão foi redigida pelo rei Filipe que obrigava todos os templários de França a comparecerem. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados . O Papa Clemente pediu audiências papais para determinar a culpa ou inocência dos Templários e uma vez libertos dos inquisidores muitos templários desmentiram as suas confissões. Filipe para bloquear essa tentativa, utilizando-se das confissões anteriores forçadas ordenou que dezenas de templários fossem queimados vivos em Paris. Com a ameça de Filipe de acção militar, o Papa Clemente concordou em dissolver a Ordem, citando o escândalo público que tinha sido gerado pelas confissões. No Concílio de Vienne, em 1312, uma bula dissolvia oficialmente a Ordem. 

Quanto ao líderes da Ordem, o idoso Grão-Mestre Jacques de Molay, 23º e último Grão Mestre da ordem, que confessou sob tortura e retirou as suas declarações foi declarado culpado de ser um herege reincidente, o que permitia que pudesse ser condenado sem mais audiências. Foi queimado vivo na fogueira em Paris em 1314. Segundo a lenda, gritou das chamas que tanto o Papa Clemente e como o Rei Filipe iriam ter com ele em breve diante de Deus. As suas palavras reais foram registradas no pergaminho da seguinte forma: "Deus sabe quem está errado e pecou Em breve uma calamidade ocorrerá para aqueles que nos condenaram à morte ". O Papa Clemente morreu um mês depois, e o rei morreu num acidente de caça antes do final desse ano. 

Com o último dos líderes da Ordem morto, os restantes Templários restantes da Europa ou foram presos e julgados sob a investigação do Papa (com praticamente nenhum condenado), ou absorvidos em outras ordens militares, como os Cavaleiros Hospitalários, o que lhes permitiu viverem os seus dias pacificamente. Alguns podem ter fugido para outros territórios fora do controle papal, como a Escócia ou para a Suíça. Outras organizações, como a de Portugal, simplesmente mudaram seu nome de Cavaleiros Templários para Cavaleiros de Cristo - Ordem de Cristo. Devido à perseguição no resto da Europa houve um movimento em massa de templários europeus para Portugal, o único lugar onde estavam seguros. Isso explica a grande influência dos Templários em Portugal e na cultura portuguesa - a esfera armilar na bandeira Portuguesa é um símbolo dos Templários… 

Em 2001, um documento conhecido como Pergaminho de Chinon, datado de 1308 foi descoberto no Arquivo Secreto do Vaticano aparentemente depois de ter sido arquivado no lugar errado em 1628. É um registro do julgamento dos Templáriose mostra que o Papa Clemente absolveu os Templários de todas as heresias em 1308, antes da dissolução formal da Ordem em 1312, um outro Pergaminho de Chinon datado de três dias depois do primeiro, dirigido a Filipe IV da França, também ressalta que todos os templários que haviam confessado a heresia tinham "restaurado os sacramentos e crença na unidade da Igreja". Hoje a posição da Igreja Católica é que a perseguição medieval aos Cavaleiros Templários foi injusta, que não havia nada de intrinsecamente errado com a Ordem ou a sua regra, e que o Papa Clemente foi pressionado às suas acções pela magnitude do escândalo público e pela influência dominante do rei Filipe IV. 

O Convento de Cristo em Tomar é actualmente é um espaço cultural, turístico e ainda devocional. A arquitectura partilha traços românicos, góticos, manuelinos, renascentistas, maneiristas ebarrocos. 

O edifício mais antigo deste conjunto monacal, a Charola, reporta-se a finais do século XII. A sua origem é síria mas ao longo dos tempos sofreu várias intervenções que culminaram na preciosa obra manuelina que mereceu a classificação de Património Mundial pela UNESCO. 

Foi no tempo do rei D. Manuel I que a Charola foi adaptada a capela-mor, tendo sido aberto o deslumbrante portal renascentista onde se representa a entronização de Nossa Senhora. A verdadeira pérola para quem visita o Convento de Cristo é a famosa Janela Manuelina da Sala do Capítulo. A cerca do Convento de Cristo corresponde à Mata Nacional dos Sete Montes. É um bom exemplo de jardim romântico tardio conciliando zonas abertas com zonas de densa sombra e caminhos serpenteados. A mata integra ainda vestígios arquitectónicos seiscentistas e um circuito de manutenção para exercício físico. 

Para além de ter testemunhado as lutas da Reconquista Cristã, Tomar preserva ainda um interessante testemunho da religião hebraica, a Sinagoga de Tomar. Nos nossos dias serve de sede ao Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto. 

Quando tirei estas fotografias, do Convento de Cristo em Tomar, tanto a cidade como o convento estavam "para obras" mas ainda assim encantaram-me. 





3.29 FERREIRA DO ZÊZERE 

Situada entre uma grande mancha florestal e o rio Zêzere, que aqui se transforma no enorme lago azul da albufeira da Barragem do Castelo de Bode, Ferreira do Zêzere é uma vila tranquila, em que se destacam algumas casas apalaçadas e a Igreja Matriz, cujo interior contém bela talha dourada, pinturas, esculturas e cadeiras setecentistas. 






3. 30 CASTELO DE BODE 

Perto das cidades de Tomar, Abrantes, Ferreira do Zêzere e Sardoal, e criada pela represa do rio Zêzere, a Albufeira de Castelo de Bode estende-se ao longo de 60 quilómetros, entre vales, serras e pinhais. 

A barragem proporciona óptimas condições para os amantes dos desportos náuticos , para quem quer desfrutar serenamente da Natureza ou para quem goste de visitar aldeias pitorescas cercadas pelas águas, de que é exemplo Dornes, com o seu casario branco e a torre pentagonal erigida pelos Templários.. No meio da barragem há uma ilha - a Ilha do Lombo - com uma confortável estalagem onde poderá passar uns dias calmos. Para além das várias unidades hoteleiras, existe ainda um barco com refeições a bordo - o São Cristóvão - para passeios tranquilos nas águas calmas e com vistas magníficas ao redor. 





3.31 VILA NOVA DA BARQUINHA 

Situada mesmo à beira do Rio Tejo, numa zona extremamente verde e fértil, Vila Nova da Barquinha é uma localidade muito pitoresca. À sua frente, numa ilhota no meio do rio, ergue-se um dos mais bonitos castelos portugueses - o Castelo de Almourol - construído pelos Templários em 1171, relativamente ao qual se contam lendas de mouras encantadas e de princesas cativas salvas por cavaleiros andantes. Este castelo, que é muitas vezes cenário de espectáculos que tiram partido da sua localização, utilizando efeitos de jogos de luzes e cor, pode ser visitado, sendo o percurso do rio efectuado por um barco que parte de Tancos

Em Vila Nova da Barquinha está situada a segunda mais antiga Praça de Touros de Portugal, o que testemunha bem a tradição da festa brava, indispensável nos mais importantes eventos do concelho, como as Festas da Vila em Junho, e a Festa do Rio e a Festa das Aldeias em 15 de Agosto, em que os festejos se dividem pelas duas margens do rio, nas aldeias de Tancos e Arripiados. Nas redondezas, a Igreja Matriz da Atalaia do séc. XVI, cuja fachada é um dos melhores exemplares de estilo renascença no nosso país, merece uma visita demorada. Da gastronomia local, destacam-se os pratos de peixe de rio, como as caldeiradas, a sopa de peixe, a fataça na telha, a açorda de sável ou as enguias à pescadora. 





4. REGIÃO DO ALENTEJO 


A Região do Alentejo que compreende integralmente os distritos de Portalegre, Évora e Beja, e as metades sul dos distritos de Santarém e Setúbal, é a maior região de Portugal. Limita a norte com a Região Lisboa e Região Centro a noroeste com a Região de Lisboa, a leste com Espanha, a sul com a Região Algarve e a oeste com o Oceano Atlântico. Compreende cinco sub-regiões Alentejo Central; Alentejo Litoral; Alto Alentejo; Baixo Alentejo e Lezíria do Tejo. 

As principais cidades são: Évora, Beja, Portalegre e Elvas seguidas de Sines, vendas Novas, Vila Nova de Santo André, Moura e Montemor-o-Novo, Ponte de Sôr , Alcácer do Sal, Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa e Borba. 

Podem consultar o mapa da região em: http://www.visitportugal.com/pturismo/MapaDePortugal.aspx

Planícies a perder de vista combinam-se com sol e calor e impõem um ritmo lento e compassado. No interior, a planura imensa, searas louras ondulando ao vento; no litoral praias selvagens, duma beleza agreste e inexplorada. A amplitude da paisagem é entrecortada por sobreiros ou oliveiras que resistem ao tempo. Aqui e ali ergue-se um recinto muralhado, como Marvão ou Monsaraz, ou a simplicidade duma anta a lembrar a magia do lugar. Nos montes, casas térreas e brancas coroam pequenas elevações, os castelos evocam lutas e conquistas e os pátios e jardins atestam influências árabes, que moldaram povo e natureza. 




No Alentejo, a força da terra marca o tempo. Talvez por isso a cultura ganha aqui um carácter particular. Basta conhecer Évora, as suas raízes romanas e o encanto do seu património, para perceber por que razão foi classificada Património Mundial. Admirem o Templo de Diana e algumas das suas igrejas e verá que não se arrependem. Passeiem pela Serra d'Ossa e Serra do Monfurado ou explore o Parque Natural da Serra de S. Mamede. No Estuário do Sado descubram todo um habitat único e nas barragens sintam a tranquilidade das águas. Redescubram o passado alentejano, num roteiro que inclua as Ruínas de São Cucufate e as Ruínas de Pisões, viajem do Neolítico à Idade Média pelo circuito arqueológico de Castro da Cola e embrenhem-se nas Ruínas de Miróbriga. Conheçam a identidade alentejana entranhada em cada ponto de Arraiolos, nos trabalhos dos mármores, nos puros cavalos lusitanos ou nos deliciosos vinho e pão alentejanos. Em Beja conheçam os segredos da planície e em Marvão ascendam até ao "ninho de águia". Em Alqueva e no Guadiana encantem-se com histórias da fronteira e terras ribeirinhas e no Campo Branco conheçam a riquíssima avifauna das estepes. Mas se procuram emoção o Alentejo é também cenário privilegiado de actividades ao ar livre. Podem percorrer a região a cavalo ou em BTT ou julgar que estão a explorar uma savana africana num safari em pleno Alentejo. Vivam em pleno o prazer no Alentejo e não se esqueçam das delícias gastronómicas. Provem os Queijos de Serpa, os Queijos de Évora e os Queijos de Nisa; tracem uma rota do azeite pelos lagares e cooperativas e coleccionem as ervas e os aromas da região. E no fim, como sobremesa, saboreiem o céu na terra, provando os divinos doces conventuais. Mas não passem, para norte ou para sul, sem explorar o litoral. Aí, a paisagem é alta e escarpada, com pequenas praias abrigadas entre arribas, onde também há aromas de campo, as ervas de cheiro temperam peixes e mariscos e o tempo corre devagar porque todo o Alentejo vive ao ritmo da terra... 





Comecemos pelo norte em direcção a sul... 


4.1 CASTELO DE VIDE 

O Castelo rodeado pelo casario branco destaca-se na paisagem e é sem dúvida a primeira surpresa para o visitante. Do alto, a paisagem alentejana adquire todo o seu esplendor. Pequenas aldeias no meio dos campos perdem-se de vista. Ali bem perto, a cerca de 20 km, espreita Marvão e um pouco mais além avistam-se terras de Espanha. 

Na encosta Norte, entre o Castelo e a Fonte da Vila, uma série de ruas mais estreitas delimitam o núcleo histórico da Judiaria. A Judiaria de Castelo de Vide é um dos exemplos mais importantes da presença dos judeus no nosso país, remontando ao século XIII, tempo de D. Dinis. Aí podemos encontrar uma das mais bem preservadas judiarias de Portugal, já há alguns anos incluída num programa de recuperação de edifícios e de revitalização, onde se preserva um dos maiores espólios de arquitectura civil do período gótico. Passeiem-se então, ao acaso por essas ruas íngremes e estreitas e deixe-se encantar pelo charme da sua memória medieval. 

Mas Castelo de Vide tem outros monumentos que valem a pena visitar. Por exemplo da Capela do Salvador do Mundo, a mais antiga (finais do séc. XIII) cujo interior está coberto de painéis de azulejos azuis e brancos, ou da Capela de São Roque construída no séc. XV e reconstruída no séc. XVIII. Mas estas são apenas duas das 24 igrejas existentes. Se ainda tiverem tempo e vontade, podem subir ao monte fronteiro a Castelo de Vide, onde fica a Capela de Nossa Senhora da Penha e de onde têm uma outra perspectiva da vila. 

Castelo de Vide sempre foi conhecida pelas suas riquezas naturais nomeadamente pelas termas, cuja água tem propriedades terapêuticas. Podem encontrar várias fontes sendo a Fonte da Vila e a Fonte da Mealhada as mais conhecidas. No entanto aqui fica um alerta... Fiquem sabendo que, a acreditar nos ditos populares, quem bebe da água da Fonte da Mealhada há-de voltar a Castelo de Vide para casar… 





4.2 MARVÃO 

Entre Castelo de Vide e Portalegre, a poucos quilómetros de Espanha, encontramos a tranquila vila de Marvão, no ponto mais alto da Serra de São Mamede. O Monte de Ammaia, como era conhecido, deve o seu actual topónimo ao facto de ter servido de refúgio a Ibn Marúan, um guerreiro mouro, durante o séc. IX. O domínio árabe, que durou alguns séculos, terminou quando a campanha militar de 1160/66 da Reconquista Cristã teve, neste lugar, mais uma vitória, sob a acção de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. 

Geograficamente, Marvão é um ponto de defesa estratégico natural, marcado por encostas muito íngremes a Norte, Sul e Oeste, e com acesso a pé apenas pelo lado Este, para onde se desenvolveu a povoação. Este facto não foi indiferente a conquistadores e a reis, que sempre se preocuparam com o reforço do castelo e das muralhas. Teve um papel fundamental em grandes conflitos militares, dos quais se recordam a luta entre o rei D. Dinis e seu irmão D. Afonso (1299), a Crise Dinástica de 1383-85, as Guerras da Restauração da Independência (1640-68), a Guerra da Sucessão de Espanha (1704-12) ou as Guerras Peninsulares (1807-11). A importância de Marvão foi reconhecida quando foi elevada a vila por D. Sancho II, em 1266. O foral foi renovado por D. Dinis, em 1299, e pelo Foral Novo de D. Manuel, em 1512, que deixou a sua acção assinalada pelo Pelourinho e pelas armas reais colocadas no edifício dos Paços do Concelho. 

Dentro das muralhas, revela-se um bonito conjunto de arquitectura popular alentejana. Nas estreitas ruas de Marvão, descobrem-se facilmente arcos góticos, janelas manuelinas, varandas de ferro forjado embelezando as casas e outros detalhes de interesse em recantos marcados pelo granito local. Do património edificado, para além do castelo e das muralhas que dificilmente se esquecem, destacam-se a Igreja de Santa Maria, transformada em Museu Municipal, a Igreja de Santiago, a renascentista Capela do Espírito Santo e o Convento de Nossa Senhora da Estrela, fora das muralhas. Um dos principais motivos para visitar a vila é a bela vista sobre a região. Elegemos como miradouros a alta Torre de Menagem e a Pousada de Santa Maria, uma adaptação de duas casas da aldeia, onde também poderá descansar e saborear a gastronomia regional. 

A Festa do Castanheiro, que se realiza em Novembro, é uma excelente oportunidade para a visita e para conhecer as gentes e costumes locais. 






4.3 PORTALEGRE

Situada também na Serra de São Mamede e perto da fronteira com Espanha, Portalegre teve uma posição estratégica na defesa do território durante a Idade Média. O rei D. Afonso III (1248-79) doou-a ao filho bastardo D. Afonso Sanches. Esta acção foi muito contestada pelo irmão D. Dinis (1279-1325), seu sucessor, que em 1299 a integrou nos bens da coroa, mandando então reconstruir o Castelo. Ainda na época medieval, estabeleceu-se em Portalegre a ordem religiosa franciscana no Convento de São Francisco e no Convento de Santa Clara

No início do séc. XVI, depois de fundada a Misericórdia de Portalegre, o Bispo da Guarda, D. Jorge de Melo, mandou construir o Convento Cisterciense de São Bernardo. A cidade, reconhecida nessa época como um importante centro administrativo e económico, foi elevada a cidade por D. João III, que criou a Diocese de Portalegre e mandou construir a Sé Catedral. A acção do novo bispado afirmou-se na construção do Paço Episcopal e do Seminário Diocesano, hoje transformado em Museu Municipal. Os séculos XVII e XVIII deixaram na cidade um forte carácter barroco que ainda se conserva nalguns monumentos, como a Igreja de São Lourenço, e nas casas apalaçadas de que o Palácio Amarelo, o Palácio dos Falcões ou o Palácio Achioli são exemplos notáveis, conservando os brasões das famílias que os habitaram e uma rica decoração em ferro forjado, trabalho singular na região. 

Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, e com o advento da revolução industrial, a cidade esforçou-se em dar resposta ao progresso atribuindo novas funcionalidades aos antigos conventos e palácios. São exemplo disso o Convento de Santo Agostinho, transformado em quartel da GNR, o Convento de São Bernardo, o Convento Jesuíta de São Sebastião, ocupado pela Manufactura de Tapeçarias de Portalegre ou o Palácio Castel-Branco, recentemente adaptado a Museu de Tapeçaria de Portalegre Guy Fino que relembra o contributo da indústria têxtil para o desenvolvimento da cidade. Em Portalegre, que se percorre facilmente a pé, destaca-se ainda a Casa-Museu de José Régio, poeta português. 

Nos arredores, importa salientar o miradouro da Igreja de Nossa Senhora da Penha e a Igreja do Bonfim, na estrada em direcção a Marvão e Castelo de Vide, localidades que também merecem uma visita atenta. 

Portalegre é a base do rali de todo-o-terreno Baja 500 Portalegre… 





4.4 PONTE DE SÔR 

Ponte de Sôr- é uma vila simpática, rodeada de um cenário verdejante e com várias igrejas e capelas interessantes, como a Igreja da Misericórdia com uma imagem do Espírito Santo do século XVI. Contudo, a principal atracção turística da região é a Barragem de Montargil, onde os adeptos da pesca desportiva encontram muito para se entreter, e os outros podem igualmente beneficiar, deliciando-se com uma sopa de peixe que já ganhou fama nos restaurantes locais. 





4.5 AVIS 

Esta pitoresca vila do Alentejo, feita de ruas estreitas e casas caiadas, guarda a memória da antiga e poderosa Ordem Militar de Avis. Após ter sido conquistada aos Mouros em 1211, D. Afonso II doou a terra a Fernando Anes, Mestre dos Freires de Évora, futura Ordem de Avis, com o propósito de a povoar e erguer o castelo, o que foi feito entre 1214 e 1223. Ao fazer o circuito da vila encontrarão três das suas seis torres originais: Torre da Rainha, Torre de Santo António e de Torre de S. Roque, bem como alguns panos de muralha medieval que se fundem com as casas da vila. No alto do morro de granito, rodeado pelas águas de uma ribeira, nascia assim Avis sob a sombra protectora do Convento da Ordem de Avis que lhe deu o nome. 

Entrem no Largo do Convento pela Porta da Vila, junto à Torre da Rainha, que enquadra uma bonita panorâmica da planície que se estende a perder de vista. Neste centro histórico visitem a igreja e a parte das dependências do antigo Convento da Ordem Militar de S. Bento de Avis que se encontra restaurada. O edifício ao lado, hoje ocupado pelos Paços do Concelho, fez parte outrora da residência dos Mestres da Ordem. Caminhando para a esquerda encontrarão em frente das escadas do jardim Municipal, o original Pelourinho, decorado com máscaras e carrancas. Coroa o conjunto uma águia com as asas estendidas, símbolo da vila. Nesta área merece também visita a Igreja Matriz (séc. XV), forrada no interior com azulejos polícromos do séc. XVII. 

Deixem-se levar pelo encanto das ruas estreitas de sabor medieval e pela brancura das paredes das pequenas casas de arquitectura alentejana e descansem no pequeno mas encantador Jardim do Mestre de Avis, passeando os olhos sobre a vila a seus pés e a imensa planície. 

Nos arredores, não deixe de visitar a Barragem do Maranhão, obra dos anos 50 destinada a rega, onde pode praticar vários desportos. O miradouro permite desfrutar de uma magnífica vista sobre as águas deste lago artificial e sobre as pastagens e searas envolventes. 





4.6 ALTER DO CHÃO 

Vila calma e serena, o passado de Alter do Chão remonta à época romana. Chamava-se então Abelterium e as Termas do Ferragial d´El Rei ou a Ponte da Vila Formosa são exemplos dos vestígios romanos existentes na região. A partir do séc. XIV a vila foi-se desenvolvendo a partir do Castelo, construído por D. Pedro I em 1359, que continua a ter uma presença importante uma vez que fica na praça principal - a Praça da República. 

Actualmente, a grande aposta do concelho são os seus recursos naturais. A agricultura continua a ser a principal actividade. Na pecuária, a produção equina tem extrema importância. O Turismo Cinegético é também um dos grandes investimentos. A Coudelaria Real, fundada em 1748 por D. João V, contribuiu muito para a divulgação do nome da vila. Foi aí que se iniciou a recuperação da raça lusitana Alter Real, um cavalo de Alta Escola. Aí funciona ainda a Escola Profissional Agrícola de Alter do Chão





4.7 CAMPO MAIOR 

Como tantas outras, Campo Maior é uma serena e tranquila vila do Alentejo, muito perto da fronteira com Espanha. A tradição conta que teve origem na vontade de três famílias camponesas que se resolveram juntar para formar uma povoação e se protegerem mutuamente. O nome da vila vem dos romanos (Campus Maior) mas vai mantendo a memória da posterior ocupação muçulmana nas casas caiadas, com toques de azul e de ocre. Inicialmente pertenceu ao Bispado de Badajoz e só mais tarde, com o Tratado de Alcanizes em 1297 (um tratado de paz entre Espanha e Portugal), foi integrada em território português. Mesmo depois disso, sempre manteve uma relação muito familiar com a próxima vila de Badajoz. 

A população desta vila é conhecida pelo seu carácter. No ano em que a vontade de todos coincide, realiza-se uma das festas populares mais interessantes do país - a Festa das Flores, também conhecida como Festa do Povo. Então os moradores de cada rua juntam-se para a enfeitar de flores de papel em composições alegres e coloridas (normalmente na primeira semana de Setembro). Milhares de pessoas costumam visitar a vila decorada de papel e de cor. 

De interesse histórico, podem ver em Campo Maior a Capela dos Ossos construída em 1766, uma das três existentes em Portugal. 





4.8 ELVAS 

Quem chega pela estrada de Estremoz a Elvas é de imediato recebido pelo Aqueduto da Amoreira, um ex-libris da cidade. Esta calma cidade é conhecida pelo papel defensivo que teve ao longo da história. Numa posição geográfica estratégica, próxima da fronteira com Espanha, foi sendo construída dentro de muralhas, num sistema defensivo complexo. A muralha inicial do séc. XIV (reinado de D. Fernando 1367-83) foi reforçada no séc. XVII. A cidade muralhada, em conjunto com o Forte de Sta Luzia e o Forte da Graça, forma uma linha de defesa que foi extremamente importante durante a Guerra da Restauração (1640). Com interesse na área defensiva, podem-se ainda ver pequenas fortificações construídas no início do séc. XIX, entre 1810 e 1812, durante as Invasões Francesas. São eles: o Fortim de São Pedro, o Fortim de São Mamede, o Fortim da Piedade e o Fortim de São Francisco

Actualmente Elvas é uma cidade que aposta no Turismo no Espaço Rural, na pesca desportiva de água doce e no Turismo Cinegético, de forma a tirar grande proveito dos recursos naturais da região. 





4.9 BORBA 

A fundação de Borba data de tempos recuados, quando a Península Ibérica era ocupada pelas tribos galo celtas, mas a sua importância e desenvolvimento estão intimamente ligados à Reconquista Cristã e à defesa do território. Borba foi conquistada aos mouros pelos cristãos em 1217, durante o reinado de D. Afonso II, que logo mandou erguer o castelo e entregou-o a região à Ordem de São Bento de Avis. O sucessor real, D. Dinis, que definiu as fronteiras de Portugal com o Tratado de Alcanices em 1297, integrou Borba na linha defensiva do território, devido à sua localização perto da fronteira com Espanha. Em 1302, concedeu-lhe foral, ordenou o reforço das muralhas e definiu os limites administrativos. O perímetro do Concelho foi então marcado tendo como referência o termo das vilas mais próximas: Elvas, Estremoz e Vila Viçosa. No séc. XVI, o foral foi renovado por D. Manuel I. Voltou a ter um papel importante na defesa do território durante o séc. XVII, nas Guerras da Restauração da Independência de Portugal contra Espanha. Nas imediações, no lugar de Montes Claros, deu-se a última grande batalha, em 1665. A vitória portuguesa foi assinalada no local por um Padrão comemorativo e pela construção da Ermida de Nossa Senhora da Vitória. 

Um passeio atento pela vila revelará a predominância do mármore, nas molduras de portas e janelas, nas chaminés recortadas, nos letreiros das ruas e nos monumentos. O facto explica-se pela existência de pedreiras de mármore de grande qualidade nesta região. A Igreja Matriz (séc. XV), a Igreja de São Bartolomeu (séc. XVI), o Convento das Servas de Cristo (do séc. XVII/XVIII) ou a Fonte das Bicas (séc. XVIII) são bons exemplos da sua aplicação. 

Terão uma boa oportunidade para visitar Borba durante a realização da Festa do Vinho e da Vinha, em Novembro. É também a altura ideal para provarem o vinho produzido nesta região vitivinícola e para conhecerem o artesanato e a gastronomia locais. 






4.10 VILA VIÇOSA 

Situada numa das regiões mais férteis do Sul de Portugal, Vila Viçosa conta no seu passado com alguns momentos importantes para a história do país. 

Aqui foi estabelecida a Casa dos Duques de Bragança, a família nobre mais poderosa a seguir à Casa Real. O 1º Duque de Bragança foi D. Afonso, filho ilegítimo de D. João I (1385-1433). Mas a construção do Palácio Ducal, que se pode visitar actualmente, deve-se ao 4º Duque de Bragança, D. Jaime que, no séc. XVI, muito contribuiu para o desenvolvimento da vila. Durante as Cortes de 1646, D. João IV, 8º Duque de Bragança, coroou e proclamou padroeira de Portugal a imagem de Nossa Senhora da Conceição, venerada na Igreja Matriz. A partir desse momento os reis de Portugal deixaram de usar a coroa real. 

Vila Viçosa também é conhecida pela abundância de mármore na região, pois é extraído e explorado a partir de mais de 160 pedreiras, sendo internacionalmente conhecido (sobretudo o rosa). 




A Pousada...



4.11 ESTREMOZ 

Cidade branca e nobre, Estremoz pode dividir-se em dois núcleos que marcam a sua evolução: o casario medieval junto ao castelo e, fora das muralhas, a vila moderna. 

Estremoz possui um rico património cultural, no qual se destaca o Castelo com as suas muralhas medievais e a antiga Cidadela (séc. XIII) onde está actualmente situada a Pousada Rainha Santa Isabel que faz parte das Pousadas de Portugal. Tornou-se conhecida sobretudo pela extracção e exploração do mármore branco, de grande qualidade. Na verdade, a região contribui em 90% para o facto de Portugal ser o segundo maior exportador de mármore do mundo. Igualmente famosos são os barros vermelhos da região, que deram origem aos bonecos tradicionais tão fáceis de encontrar nas lojas de artesanato da cidade. 





4.12 SOUSEL 

O município é famoso pelas suas oliveiras e por ser uma região de caça. A família Calça e Pina foi o principal motor de desenvolvimento de Sousel, no século XVIII. A economia é baseada principalmente na agricultura, mas o turismo também desempenha um papel importante na economia da região.

Fui a Sousel em trabalho para um evento com das Pousadas, aqui ficam algumas das fotografias desta pousada que é simples mas acolhedora. 





4.13 ARRAIOLOS 

Arraiolos é uma simpática vila alentejana, cuja fundação remonta ao séc. II a.C. O Castelo medieval foi mandado construir por D. Dinis (1279-1325), tendo a povoação evoluído fora das muralhas. Do património artístico destaca-se ainda a Igreja do Salvador, do séc. XVI, com belíssimas pinturas. 

O nome desta povoação é mundialmente conhecido graças aos famosos Tapetes de Arraiolos, aqui produzidos artesanalmente, sendo referidos já em documentos do séc. XVI. O tipo de desenho utilizado é delimitado em 3 épocas: a 1ª (séc. XVIII) com composições de influência dos tapetes persas, considerados dos melhores exemplares, a 2ª (séc. XVIII) com desenhos de inspiração popular como figuras ou animais, e a 3ª (finais do séc. XVIII/séc. XIX) com composições menos densas e mais estilizadas. 

Deixem o olhar vagar até ao alto da colina, onde nasceu no século XIV o Castelo de Arraiolos. Acompanhe as casas brancas alinhavadas livremente pela tela da encosta, com a ribeira a seus pés. Vão pressentir que uma aura de romantismo recai sobre esta vila. Nas ruínas do castelo amuralhado; na lenda da noiva cujo casamento, esperado durante anos, a levou a casar embrulhada num tapete; ou na da outra noiva que, por infortúnio, nunca chegou a casar. No belo Solar da Sempre-Noiva (dos séculos XV e XVI), perto da vila, que invoca a lenda. E, claro, no trabalho secular, velho de mais de cinco séculos, de gerações de bordadeiras que, por amor e arte, criaram tapetes, de fama mundial, a partir da herança de artesãs árabes expulsas de Lisboa. Existem duas dezenas de produtores e muitos locais para admirar e comprar estas obras de arte. Apreciem no edifício da autarquia uma colecção de tapeçarias e as criações do pintor local Dórdio Gomes. E, já que estão no centro da vila, na plácida Praça Lima e Brito, admirem ainda as singelas casas antigas, o Pelourinho, o Hospital do Espírito Santo com um belo portal manuelino na capela e, perto, a Igreja da Misericórdia, debruada a azulejo, a nobre Casa dos Arcos e a Igreja Matriz, nascida gótica e remodelada manuelina. À entrada da vila, no Vale Formoso, não deixem de visitar o Convento dos Lóios, hoje uma pousada, construção do século XVI forrada de painéis de azulejos de um histórico azul. 





4.14 ÉVORA

Coroada pela sua imponente catedral, Évora recorta-se sobre uma suave colina no vasto horizonte da planície alentejana, e guarda o seu centro histórico, rodeado de uma vasta cintura de muralhas, uma valiosa herança cultural que a UNESCO classificou de Património da Humanidade. A cidade, onde as ruas estreitas de evocação mourisca contrastam com praças inundadas de luz, assenta sobre dois milénios de história. 

Conquistada em 59 a.C. pelos Romanos, que lhe deram o nome de "Liberalitas Julia", Évora adquiriu grande importância como atestam os vestígios ainda hoje visíveis e de que são exemplos as ruínas de um gracioso templo dos finais do séc. II, vários troços de muralha e a porta chamada de Dona Isabel, bem como as ruínas das termas da cidade sob o edifício da Câmara Municipal. Do período visigodo (sécs.V-VIII) pouco resta para ver. Seguiu-se o domínio muçulmano, iniciado com a conquista da cidade por Tárique, que iria perdurar até à Reconquista cristã, no séc.XII. Yeborah, como passou a chamar-se, fixou na sua toponímia traços indeléveis de influência mourisca, que sobressaem no bairro da Mouraria. Após a Reconquista, delineou-se, para além da cerca velha, nova malha urbana irradiando das portas da muralha. A cidade, eleita por vários reis de Portugal, da primeira e segunda dinastias, para sede da corte, foi então enriquecida com palácios e monumentos, sobretudo nos reinados de D. João II e D. Manuel (sécs. XV e XVI). 

Caminhem pelas ruas, absorvendo a alma secreta que a diversidade de culturas seculares sedimentou nesta cidade. Excelentes restaurantes, bares, esplanadas, boas lojas de arte popular, gente jovem que frequenta a sua Universidade são a expressão da dinâmica de um presente que se afirma nas raízes do passado. 

Perto de Évora, as gravuras rupestres da Gruta do Escoural e o enigmático Cromeleque dos Almendres vão transportá-los no tempo até aos primeiros povos de há 25000 anos. Sigam por estradas secundárias e seja surpreendido pela villa romana de São Cucufate, no meio de sobreiros e azinheiras. Aproveitem para conhecer a gastronomia alentejana que se apura na escola de cozinha do Refúgio da Vila, em Portel e escolham um Monte Alentejano para passar a noite… 





4.15 MONSARAZ 

Vila medieval, conseguiu manter as suas características ao longo dos séculos. Um passeio a Monsaraz é também uma viagem no tempo, pois é um local único onde ainda se consegue encontrar a paz e a tranquilidade esquecidas pelos tempos modernos. 

Marcada pela cal e pelo xisto, torna-se "Monsaraz Museu Aberto" todos os anos, durante o mês de Julho, dando-lhes a oportunidade para conhecerem os hábitos e costumes alentejanos no artesanato, na gastronomia e nos vários espectáculos culturais que aí têm lugar, incluindo a música, o teatro, a dança e exposições de artes plásticas. No património destacam-se os medievais Castelo e Torre de Menagem , o edifício dos Antigos Paços da Audiência (séc. XIV/XVI) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa (séc. XVI/XVII). 




4.16 ALCÁCER DO SAL

Graciosamente alinhada sobre a margem direita do rio Sado e estendendo-se sobre um suave morro, Alcácer do Sal foi povoada desde tempos muito antigos. A comprová-lo, os vestígios arqueológicos encontrados que, remontando ao Neolítico, revelaram também a passagem de gregos, fenícios e outros povos da bacia do Mediterrâneo. O seu nome romano foi Salacia Urbs Imperatoria e a sua grande importância na rede do Império deve-se à sua situação ímpar junto da estrada de água que é o rio Sado, que facilitava o escoamento dos produtos das terras do interior, trigo azeite e vinho, para outros locais do mediterrâneo, ocupados por Roma. Assim, Alcácer foi uma das cidades de porto interior mais importantes do ocidente peninsular e conhecida pelo fabrico de sal, acrescentado ao seu topónimo, e pelas indústrias derivadas de salga e pasta de peixe. 

No tempo da dominação muçulmana (a partir do séc. VIII), Alcácer foi capital da província de Al-Kasser. As muralhas da antiga fortificação foram reforçadas e a cidade muçulmana ficou protegida com duas cercas, cujos muros coroados por 30 torres formavam um dos maiores bastiões de defesa da Península Ibérica. Mesmo assim, em 1217 seria conquistada pelo rei D. Afonso II, com o auxílio dos Cruzados que aqui aportaram a caminho da Síria e da Terra Santa, e foi entregue ao governo da Ordem Militar de Santiago, que aqui se sediou. 

Se bem que tenha perdido a sua importância militar e comercial, Alcácer do Sal mantém intacta a sua notável beleza. Do Castelo avista-se, para o lado sul, a curva em cotovelo do rio Sado, que banha uma suave planície verde, prenúncio da grande planura alentejana. Recentemente recuperado para abrigar uma pousada, tem agora o nome do seu conquistador cristão: D. Afonso II. Daqui se rasgam, nas direcções dos quatro pontos cardeais, magníficas panorâmicas sobre o rio e os campos, o mais adequado palco para se imaginar o imenso e variado tráfego que por aqui passava. 

Um passeio a pé por Alcácer do Sal revela a parte mais encantadora desta cidade, com as suas vielas e escadinhas que trepam até ao castelo. Aproveite para ver alguns monumentos de interesse como a Igreja de Santa Maria do Castelo, a Ermida do Senhor dos Mártires, a Igreja de Santo António, a Igreja de Santiago e o Museu Municipal de Arqueologia. 





Das proximidades, num raio de 30 km, não percam, as pequenas localidades da Aldeia de Santa Susana, Porto de Rei e do Torrão ou a Barragem de Vale do Gaio. Se preferirem o litoral, esta costa tem praias bastante agradáveis, entre as quais as da Comporta, da Torre, do Carvalhal, da Raposa ou da Galé



4.17 COMPORTA 


Não é por acaso que estão na moda. As praias são lindas, estão perto de Lisboa e nos restaurantes come-se bem. São lugares de Verão, quilómetros de areais brancos banhados por águas mansas onde apetece descansar. Ao longo da estrada, ou sobre as dunas, da Praia da Comporta à Praia do Pego vai ser fácil escolher um restaurante agradável para almoçar ou jantar peixe de eleição. E basta andar poucos quilómetros para variar de cenário. Na Praia da Galé as dunas interrompem-se para dar lugar, até Melides, a uma falésia com cinco milhões de anos. 

Se gostam de jogar voleibol, futebol ou rugby, as redes e as balizas estão na Praia de Tróia Mar, perto do ferry-boat que liga a península de Tróia à cidade de Setúbal. Vale a pena atravessar esta estreita porta que abre a foz do Sado para o Oceano. Pode até acontecer que alguns simpáticos golfinhos nadem ao lado do seu barco. 

Para dentro, ficam os montados, pinhais e o tapete ondulante dos arrozais da Reserva Natural do Estuário do Sado. É a estância de Inverno para as famílias de aves que ali vão fazer os seus ninhos. 





4.18 TROIA 

Situada numa península na margem sul do rio Sado, fronteira à cidade de Setúbal, à qual tem uma ligação regular por ferry-boat, Tróia conserva importantes vestígios romanos, nomeadamente uma instalação de salga de peixe (um conjunto industrial importante na época). Estes vestígios são testemunhos da povoação romana de Cetóbriga, que se mudou para a outra margem do Rio, e deu nome à cidade de Setúbal. 

Actualmente, Tróia é uma estância turística com excelentes praias de grandes areais numa extensão total de 18 kms, bem como uma vasta oferta hoteleira e um exigente campo de golfe. Em Junho, o Festival Internacional de Cinema de Tróia, traz anualmente à região importantes vultos do cinema a nível mundial. 




Lembro-me de duas situações caricatas que se passaram ao largo de róia. Numa delas ia eu a guiar a moto de água a puxar o Pedro que ia a fazer wakewboard e a pensar que só se viam algas, não se conseguia ver o fundo… era um bocado enervante porque além de se poder apanhar algum banco de areia, aquela papa verde não inspirava muita confiança… agora imaginem estar eu nestes pensamentos de o que estará no fundo do mar, quando… salta literalmente à minha frente um monstro! Pois eu só sei que vejo uma coisa enorme a saltar do fundo daquela mistela e a reacção que tive foi largar o acelerador… instantaneamente lembro-me do Pedro que se eu páro cai dentro da sopa e acelero outra vez, só o vejo meio malabarista e tentar aguentar-se de pé ehehe e conseguiu… Claro está que era um golfinho, o que naquela altura penso não era tão comum de se ver como agora, mas acima de tudo o marcante foi o facto de eu estar intrigada com o fundo e de lá surgir mesmo, mesmo à minha frente o golfito… imaginem o susto eheheh 

A outra situação gira que também se passou quando eu estava a guiar a moto de água foi ter passado por ali um petroleiro, não sei se vos vou conseguir transmitir a sensação de estar na água ao lado de uma imensidão vertical que não tem fim… é uma sensação bem estranha e de certa forma assustadora… 

E porque ao que parece esta zona deve ser dada a aventuras foi também daqui que fiz um voo de ultraleve a motor… também foi com o igualmente maluco Pedro eheh foi muito giro, levantamos voo de uma pista em Setúbal e sobrevoámos Tróia e aquela zona… 



Mas já que falamos em Troia e na Comporta continuemos a falar da costa Alentejana… 



4.19 COSTA ALENTEJANA 

O Alentejo não é só uma imensa planície dourada. Na costa banhada pelo Atlântico, expostas ou escondidas entre rochedos, há dezenas de praias para descobrir. 

Partam em descoberta da costa, numa praia contínua de Tróia a Sines, passando pela Lagoa de Melides e a praia que lhe faz companhia onde, segundo se diz terá naufragado Fernão Mendes Pinto, atacado por corsários franceses, e pela Lagoa de Santo André, o maior sistema lagunar da costa alentejana que de ano para ano muda de aspecto. Prossigam para a costa vicentina para um cenário mais selvagem, de recantos idílicos escondidos entre falésias. O Parque Natural do Sudoeste Alentejano é o guardião da beleza selvagem das praias do Alentejo. Apertadas entre falésias ou estendendo-se em compridos areais que convidam a longos passeios, são ideais para o perfeito descanso. Nos caminhos para a praia vai encontrar pequenos refúgios para comer peixe em vilas que se debruçam sobre o mar. Como Porto Covo, pitoresca aldeia de pescadores, que nos recebe numa bonita praça rodeada de casas baixinhas. A praia é muito acolhedora e no seu portinho, onde baloiçam barcos coloridos, pode pedir a um pescador que o leve à Ilha do Pessegueiro. É uma curiosa ilhota que o rei Filipe I pensou em ligar ao continente. Desse sonho real vai ver as ruínas de dois fortins, um na ilha e outro na costa. Se, afinal, preferem um sítio animado, vá até Vila Nova de Milfontes, na foz do Rio Mira. É a terra das três mentiras. Porque antes de ser vila já o era no nome, não era nova como facilmente atestam os legados de vários povos que aqui se estabeleceram e por último, nunca lhe foi conhecida nenhuma fonte, ainda que os terrenos à volta sejam irrigados por numerosas linhas de água. Ali têm a escolha entre a praia oceânica ou as do rio e podem fazer um lindo passeio de canoa. Continuando para sul, imediatamente após a travessia do rio Mira faça um desvio para conhecer a Praia das Furnas. Daqui terão uma vista interessante sobre o casario de Vila Nova de Milfontes na outra margem e verão as ondas a rebentar mesmo ali ao pé. Daí sigam até à Praia de Almograve que dizem ser das mais bonitas do Alentejo, muito por culpa da cor escura emprestada pelas camadas negras de xisto das arribas, alternando com o dourado e o rosa das altas dunas que correm para sul. Esta sucessão de falésias atinge o seu ponto mais espectacular junto ao Cabo Sardão, o ponto mais ocidental da costa alentejana, coroado por imponente Farol e sítio indicado para a observação de aves. Das cerca de 200 espécies de aves existentes no parque, 30 nidificam ali. Diferente ainda é a pequena praia de Zambujeira, apertada entre belas falésias, onde pode percorrer os trilhos usados pelos pescadores, à descoberta da Fonte dos Amores. Passada a aldeia, podem descer pela inclinada estrada que leva à praia e prosseguir rumo a sul e rente à arriba até à Praia do Carvalhal pela estrada meio asfaltada, meio de terra mas acessível a qualquer carro. Segue-se-lhe a Azenha do Mar, um outro porto de pesca onde ainda é possível encontrar pescadores nas suas lides. Para chegar a Odeceixe, há que regressar à EN120. Comecem por visitar a margem sul da Ribeira de Ceixe, ou seja, o lado alentejano da praia. Depois, visitem a aldeia (na margem contrária) e o lado principal da praia, já em terras algarvias... 






4.20 TORRÃO 


Foi no Torrão que o rei D. Afonso V passou a lua-de-mel na casa da família dos Carneiros e Borgas. O Monte da Tumba a dois quilómetros do Torrão, é o primeiro povoado da região da idade da pedra com aproximadamente cinco mil anos é um forte calcolítico (entre as Idades da Pedra Polida e do Bronze). 




A Pousada do Torrão a 30 Km de Alcácer... A localização, sobre a Barragem de Vale do Gaio faz desta pousada um local muito especiaaaal... 


4.21 BARRAGENS DO ALENTEJO 

A tradicional secura da paisagem alentejana alterou-se. Muitas albufeiras de águas calmas, rodeadas de verde, oferecem inúmeros prazeres aos viajantes e mostram uma paisagem diferente. Fulcrais para o desenvolvimento do regadio e para o abastecimento das povoações, as barragens constituem lugares privilegiados para desfrutar da natureza, para a observação da flora e fauna ou para a prática de desportos aquáticos. Com a Barragem do Alqueva, o Alentejo ganhou o maior lago artificial da Europa, mas muitas outras barragens se impõem como cenários idílicos para umas férias tranquilas. Podem observar patos selvagens e outras aves aquáticas na Barragem do Caia ou Barragem do Roxo ou esquecer o resto do mundo na Barragem do Maranhão e saborearem a sensação de isolamento que os montes circundantes, com pinheiros e eucaliptos, provocam. Podem banhar-se nas fluviais Praia de Odivelas ou Praia da Tapada Grande, passear de barco na Barragem do Alvito, fazer um piquenique na Barragem do Pêgo do Altar ou pescar calmamente na extensa albufeira da Barragem de Santa Clara, cujas margens alternam entre campos de trigo e densos arvoredos. 

Ou ouvir apenas o chilrear dos pássaros no meio do silêncio da Barragem do Vale do Gaio

Para a canoagem ou na pesca desportiva, as albufeiras alentejanas proporcionam excelentes condições para praticar desportos náuticos. A Barragem de Montargil é óptimo para windsurf ou ski aquático. A Barragem de Divor, a Barragem da Vigia e a Barragem de Montenovo, na proximidade de Évora, justificam também o tempo que a elas consagrarem. 

Deixem-se cativar pelo turismo rural e repousem, uns dias, apreciando os prazeres da vida simples do campo, contemplando a natureza em todo o seu esplendor nos pequenos paraísos das albufeiras alentejanas. 

Junto aqui umas fotografias de Montargil… aqui em teenager e em cima de uma moto de água… achava que era uma pro… ehheeh 





O meu historial de desportos náuticos em barragens alentejanas já vem de muito atrás no tempo, mas as fotografias que aqui vos mostro são recentes de um dia de actividades náuticas com a Yamaha na Barragem de Vale do Gaio... A Yamaha aceitou o desafio e organizou um dia só para os clientes Pousadas, apesar da água estar bem quente o dia não estava muito convidativo... ainda assim foi um sucessooo! 





As próximas fotografias deveriam ser censuradas... é que no fim do dia lá me obrigaram a entrar na água (está bem, não foi preciso muita insistência...) bem mas o barco e a mota de água foram pacíficos... nisso já sou uma pró ehehe... agora jet ski nunca tinha experimentado... no inicio correu muito bem e levantei-me na boa... agora depois de cair à água... bem deixo as fotografias contarem a história... confesso que chorei a rir quando as vi... bem partilho estas más figuras pois quem me conhece sabe que não vos pouparia a umas risadas mesmo à minha custa... 





Vejam as figuras ehe a primeira com os pés de fora faz-me chorar a rir e a última fotografia mostra bem a minha luta irreverente… as outras fazem-me lembrar o ter andado de um lado para o outro quase inteiramente à mercê da vontade do jet ski ehehhe 





Mas eu não sou desistir assim com tanta facilidade e continuei a tentar voltar a levantar-se… só eu… de rir… 





4.22 ALVITO


Situada em plena planície alentejana, num terreno elevado donde se abarcam vastos horizontes, a graciosa vila de Alvito desenvolve-se em redor do seu castelo paladino, onde actualmente se encontra a Pousada de Alvito. 





As casas pintadas de branco conferem à vila de Alvito o inconfundível carácter que distingue o Alentejo e em muitas delas rasgam-se portas com arcos de recorte manuelino, que revelam a sua origem seiscentista. A povoação data dos primeiros tempos da monarquia portuguesa. O primeiro foral foi-lhe concedido pelo rei D. Dinis em 1327 e seria confirmado por D. Manuel em 1516. 





O Castelo de Alvito, construção iniciada em 1494, é uma das mais curiosas edificações que existem em Portugal. Visitá-lo é ainda evocar momentos do passado histórico que aqui foram vividos. A longa presença árabe nestes lugares deixou a sua marca distintiva na arquitectura mudéjar (que se reconhece facilmente pelas pequenas cúpulas e coruchéus cónicos pintados de branco), que se evidencia em vários monumentos. Este carácter mudéjar envolve a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção e também a Ermida de S. Sebastião. 

Merece ainda atenção o edifício da Câmara Municipal, onde sobressai uma pitoresca torre de relógio tipicamente alentejana, assim como a Igreja da Misericórdia e a Igreja da Senhora das Candeias (esta albergando um Museu de Arte Sacra), que constituem interessantes obras de valor arquitectónico. Fora de portas, merece referência a pequena Ermida de Santa Luzia que terá sido, na sua origem, um oratório muçulmano.






4.23 MOURA

Existem muitos motivos de interesse para visitar esta clara e alegre vila alentejana, produtora de excelentes vinhos, situada próximo da margem esquerda do rio Guadiana, numa região de colinas onduladas onde crescem extensos olivais. A sua conquista aos mouros em 1166, pelos irmãos Pedro e Álvaro Rodrigues, está envolvida pelo colorido da lenda da moura Salúquia, evocada pela velha torre que se encontra junto do Jardim Dr. Santiago. Foi D. Dinis (r.1279-1325) quem reconstruiu as fortificações de Moura e lhe deu foral em 1295. D. Manuel I (r. 1495-1521), concedeu novo foral e ordenou a reconstrução do Castelo sob a direcção de mestre Francisco de Arruda. 

Um passeio pela vila não dispensará uma visita à Mouraria, com uma tipologia característica dos bairros árabes. Na Rua da Muralha Nova, situada nos limites deste bairro, descobrirão um troço das muralhas do castelo de finais do séc. XVII. O Museu Árabe construído em torno de um poço da época, que se encontra em excelente estado de conservação, merece sem dúvida uma visita. Sobre o edifício onde está instalada a Biblioteca Municipal, que já foi sede dos Paços do Concelho de Moura, ergue-se o volume imponente da Torre da Taipa, também da época árabe, formando um conjunto interessante de se observar. Passeando pelas ruas de Moura, observando as grossas chaminés que acompanham a prumada das paredes das casas, pormenor típico nas construções do Alentejo, encontrarão alguns templos dignos de nota: a Igreja Matriz de S. João Baptista, dedicada a este Santo e a Igreja do Carmo e Igreja de S. Francisco merecem particular atenção. Moura encerra ainda um exemplar único de arquitectura militar do início do séc. XVII, conhecido por Edifício dos Quartéis. É constituído por uma fiada de edifícios onde se incluía um conjunto de casernas viradas a Sul e a Norte. Numa das extremidades encontra-se a Capela do Senhor Jesus dos Quartéis. A cerca de 3 km da cidade ergue-se sobre uma colina isolada a pitoresca torre militar conhecida por Atalaia Magra. 

O nome de Moura nasce de um misto de história e de lenda. Salúquia, filha do governador árabe da região, esperava a chegada do noivo quando a comitiva deste foi atacada e ele foi morto por guerreiros portugueses, que então se disfarçaram com as vestes dos árabes e conseguiram enganar Salúquia, a qual mandou baixar a ponte levadiça. Diz-se que depois se suicidou, atirando-se do alto da torre do castelo, tanto pelo desgosto causado pela morte do noivo como por remorsos pela vitória do inimigo. 

Cerca de 15 km a norte de Moura fica a Barragem do Alqueva, construída em 1998 e inundada em 2002, tem 96 m de altura e retém um lago de 250 km2 (4.000.000 m3 de água), o maior lago artificial da Europa, que inundou uma parte do rio Guadiana.






4.24 BARRANCOS 

É conhecida por ser um centro de produção de presunto feito de porco preto ibérico (também conhecido como porco alentejano). E foi o centro das atenções quando se recusou a acarretar a lei que acabou com os touros de morte, algo que era tradição na localidade, desafiando desta forma o poder central. Em Portugal as touradas foram proibidas no tempo do Marquês de Pombal, após uma em que faleceu uma grande figura nobiliárquica estimada pelo monarca D. José. Voltaram a ser permitidas anos mais tarde, mas sendo proibidos os chamados touros de morte, onde o touro não pode ser morto em praça pública. Em 2002 a lei foi alterada para permitir os touros de morte em locais justificados pela tradição, como na vila de Barrancos. Quem goste de touradas ( espectáculo que consiste na lide de touros bravos através de técnicas conhecidas como arte tauromáquica), à moda espanhola e em que mais parece que se está dentro da praça vai gostar de visitar Barrancos na altura das festas. 

Mas Barrancos tem um outro segredo bem guardado – o Parque de Natureza de Noudar que se pode visitar a pé, de bicicleta ou numa viatura amiga do ambiente, três formas de usufruir deste ambiente preservado. Antes de iniciarem o passeio visitem o Monte da Coitadinha. Aqui podem obter informações para organizar a sua visita, ou até alugar algum equipamento que tenha esquecido, como os binóculos ou a btt. São evidentes os sinais do uso agrícola desta Herdade que conserva a antiga eira, um excelente local para admirar a paisagem do montado alentejano. Sigam os trilhos e encham os pulmões de ar puro, enquanto tentam distinguir os aromas que se soltam dos campos. Para que não se confundam, levem o guia digital, um precioso auxílio para identificar as plantas que vão encontrando. Tanta riqueza vegetal num ambiente tranquilo atrai um grande número de aves, como os abutres-negros que guardam o castelo de Noudar, enquanto miram atentamente as redondezas. Esta é a ave mais imponente do Parque e quando levanta voo, as suas asas planas ao lado do corpo formam uma linha que atinge quase três metros. A fortaleza é também um dos poisos preferidos para as cegonhas-pretas, que entre Março e Agosto se avistam noutros pontos altos, como as fragas ribeirinhas ou os postes eléctricos. No Inverno chegam os grous que se fazem ouvir sobretudo de madrugada e ao anoitecer. Com sorte conseguirão observar as “danças” destas aves elegantes, que em alguns países são consideradas símbolos de felicidade e longevidade. A Ribeira da Múrtega marca o limite sul do Parque. Hoje corre mais devagar, mas a força das suas águas fez durante séculos mover os moinhos que por ali se encontram, e estão na origem do ingrediente essencial da gastronomia alentejana – o pão. Experimentem saboreá-lo com queijo regional ou com mel de rosmaninho num piquenique, tendo como música de fundo o chilreio melodioso do pisco-de-peito-ruivo. Outro som que por vezes quebra o silêncio é a brama dos veados durante os rituais de acasalamento. Ou talvez escutem o ruído dos javalis a remexerem a folhagem, para ensinar aos filhotes onde se encontram os melhores alimentos. .. 




4.25 BEJA 


No local onde se situa Beja existem indícios de ocupação desde tempos remotos, mas foi o domínio romano que mais contribuiu para o seu desenvolvimento. Foi ali que, no séc. I a. C., o Imperador Júlio César assinou um tratado de paz com as tribos Lusitanas que ocupavam o território. Então, o local passou a chamar-se Pax Julia e foi elevado a capital jurídica e administrativa. 

O actual traçado urbano de Beja tem bases na cidade romana e na Porta de Évora e Porta de Mértola que marcam as antigas entradas nas muralhas. O crescimento económico é comprovado pela grande quantidade de peças arqueológicas encontradas, que se podem ver no Museu Regional Rainha D. Leonor. Muito perto de Beja, a Villa Romana de Pisões mostra-nos de uma forma mais real como vivia uma família romana durante esse período. 

No séc. VI, os visigodos ocuparam o território e aqui permaneceram até ao séc. VIII, quando foram derrotados pelas tribos muçulmanas que ocuparam o Sul da Península Ibérica. Uma visita ao Núcleo Visigótico do Museu Regional, instalado na Igreja de Santo Amaro é imprescindível para conhecer os contributos da cultura visigótica na cidade que foi sua sede episcopal. 

Desde o início da Reconquista Cristã durante o séc. XII, Beja viveu tempos conturbados. Conquistada pela primeira vez pelos cristãos em 1162, sofreu vários ataques dos muçulmanos e só teve a paz definitiva em 1253, com o rei Afonso III, que reconstruiu a vila, concedeu-lhe foral (1254) e recuperou a sua importância económica. No final do século, o rei D. Dinis mandou construir o Castelo, cuja Torre de Menagem se transformou no ex-libris da cidade. 

Beja viveu novos momentos de dinamização durante o séc. XV, quando o rei D. Afonso V formou o Ducado de Beja e o concedeu a seu irmão, o Infante D. Fernando. O rei D. João II nomeou Duque de Beja o seu primo, futuro rei D. Manuel I. Desde então, o ducado ficaria sempre na posse dos filhos segundos dos reis. O mecenato régio ficou marcado por alguns monumentos que merecem uma visita, nomeadamente o Convento da Conceição, a Igreja da Misericórdia, o Convento de São Francisco, actualmente transformado em Pousada, a Igreja de Santiago, e a Igreja do Pé da Cruz

Para descobrir a cidade de Beja, a Região de Turismo da Planície Dourada promove a visita guiada pela cidade através de um sistema audio, e disponibiliza 30 Petras (bicicletas). Aconselha-se o mês de Março, quando tem lugar a Ovibeja, uma feira em que a produção agrícola regional é o pretexto para mostrar a cultura, a etnografia e a economia da região. 






4.26 SERPA 

Sobre uma elevação a poucos quilómetros da margem esquerda do Guadiana, o grande rio do sul de Portugal, ergue-se a vila de Serpa, topónimo que remonta ao domínio romano, há cerca de 2.000 anos. Com a chegada à Península de povos muçulmanos no séc. VIII Serpa ficou sob o domínio do Islão com o nome de Scheberim. Os Portugueses conquistaram-na em 1166, mas em 1191, uma grande ofensiva almóada voltaria a reconquistar praticamente todo o território a sul do rio Tejo, incluindo Serpa. Em 1232, a região regressaria à posse portuguesa, sob o ceptro do rei D. Sancho II. No reinado de D. Dinis. quando foi definitivamente rectificada a fronteira luso-castelhana, Serpa recebeu deste monarca o seu primeiro foral, no ano de 1295, que reconstruiu e ampliou o seu imponente castelo defensivo. Em 1707, no decurso da Guerra da Sucessão do trono de Espanha, Serpa seria sitiada uma última vez por tropas espanholas comandadas pelo Duque de Ossuna. 

A primeira impressão que o visitante tem de Serpa é a visão das grandiosas muralhas do Castelo onde se rasgam a Porta de Moura e a Porta de Beja, únicas sobreviventes das 5 portas primitivas. Incluso na muralha do lado Leste, assenta o vasto Solar dos Condes de Ficalho, destacando-se também o alteroso Aqueduto em arcada italiana que se estende até à extremidade da muralha sul. Dentro da vila o traçado das ruas, que se abrem para grandes largos onde coexiste uma arquitectura tradicional, erudita e religiosa, confere a Serpa um carácter muito singular que torna o passeio delicioso. A parte mais alta do morro corresponde ao núcleo urbano primitivo, medieval, mouro e cristão. Aqui encontra-se a Igreja de Santa Maria, o que sobra da antiga Torre de Menagem do Castelo, a Torre do Relógio e o Museu de Arqueologia. De relógios fala-nos também o Museu do Relógio, instalado no antigo Convento do Mosteirinho, e único no seu género na Península Ibérica. 

Depois de percorrerem Serpa, não deixem de ir à Pousada de S. Gens, donde desfrutarão do panorama imenso da planície a perder de vista pontuado pelos vastos olivais que rodeiam Serpa. Fora de portas, merecem visita o Convento de Santo António, erigido no séc. XV e alguns pequenos templos de devoção popular: O Templo de Nossa Senhora de Guadalupe e, na estrada para Beja, o Templo de S. Sebastião, esta do séc. XVI, onde se casam os estilos manuelino e mudéjar, testemunhando o complemento das duas culturas que conviveram na região. 

Cerca de 10 km para sul, com a companhia do rio Guadiana à esquerda, o Parque Natural do Guadiana, com um património natural riquíssimo, oferece algumas das mais belas paisagens do sul de Portugal. 





4.27 MÉRTOLA 

Onde as cegonhas vêm fazer ninho e o gracioso casario branco se debruça sobre o Guadiana, há ainda o encanto de um museu vivo à espera. 

Ter sido cidade romana, capital de um reino árabe, primeira sede da Ordem de Santiago são credenciais da sua importância na História. E sendo o porto mais a norte do Guadiana, a grande estrada do sul, levou até ao mar os pesados minérios da região. Por isso Mértola guarda dos Romanos, Suevos, Árabes e dos Portugueses, que a tomaram em 1268, valiosos tesouros guardados em diversos núcleos museológicos. 

Depois de um tempo de esquecimento, a vila revitalizou-se graças à intervenção de arqueólogos que não só criaram um conceito inovador de museu aberto, como nele integraram a recuperação de artes tradicionais. No passeio pelo traçado irregular das ruas, intacto na sua expressão medieval, vão folheando páginas desta História. Na Câmara Municipal, a Myrtlis romana; na Torre de Menagem do Castelo (com vista fabulosa sobre as margens do rio), a época pré-islâmica; no Museu Islâmico, um velho sonho dos arqueólogos realizado numa das colecções mais importantes do mundo; numa antiga igreja, uma colecção de arte sacra. Na igreja matriz, os arcos em ferradura e o mihrâb que foram da mesquita, o portal renascentista e as torres cilíndricas do templo cristão são uma obra-prima de história de arquitectura e de adaptação de um mesmo lugar a fés diferentes. Não deixem de visitar os artífices das oficinas para conhecer genuínas artes tradicionais. E de provar a saborosa comida alentejana, com os olhos postos no rio. 

Próximo de Mértola e também inserido no Parque Natural do Vale do Guadiana, vale a pena ir até ao Pulo do Lobo, onde o rio se estreita (as margens quase que se tocam) e afunda. Como estão numa região marcada pela presença de outros povos, desde tempos imemoriais, sugerimos uma visita ao Castro da Cola. Sigam depois em direcção ao Sul. Em Cacela Velha, extasiado de branco da cal e do azul do mar, coma as melhoras ostras do país. 





4.28 CASTRO DA COLA 

Perto de Ourique, façam o Circuito de Castro da Cola. São 30 locais de visita em volta do Rio Mira, que é também um bom sítio para se refrescar ou mesmo passear de barco. 

No povoado de Castro da Cola encontram poucos vestígios romanos, mas uma herança muçulmana interessantíssima e traços cristãos da época medieval que a tornam merecedora de uma visita. De Castro da Cola, em Ourique, rezam lendas de assombrações, de tesouros ou mouras encantadas e à sua volta espalham-se na paisagem as marcas que o Homem deixou desde tempos imemoriais. 

Façam o circuito arqueológico à descoberta de antigos povoados e monumentos funerários e viajem em poucas horas desde o Neolítico à Idade Média, passando pela Idade do Bronze. Antas, necrópoles da Idade do Ferro ou povoados da mesma época, uma povoação calcolítica e muito mais num percurso arqueológico pensado para visualizar como viviam os nossos antepassados. 

Agricultura, caça, pesca, são muitas as actividades que se desenvolveram determinando a ocupação permanente desta terra fértil, dominada pelo rio Mira. Nesta zona única para o conhecimento da nossa história, aproveitem também para visitar a Ermida da Nossa Senhora da Cola que todos os anos se enche com peregrinos que aí vão pagar as suas promessas. 

Em direcção à costa, não deixem de conhecer as ruínas da cidade romana de Miróbriga que guarda o único hipódromo completo do país. Sempre que descobrire estes sítios arqueológicos, deixe-se envolver pela imensa paisagem alentejana. 





4.29 SANTA CLARA A-VELHA 

Santa Clara-a-Velha merece uma visita. A aldeia, branca e florida, desenvolveu-se à sombra da Igreja de Santa Clara de Assis, conservando o seu carácter rural. Nota também para a Fonte do Azinhal, datada de 1892 e restaurada em 1995, junto da qual existe um parque de merendas. Mas mesmo a não perder é a Barragem de Santa Clara, a quatro quilómetros da sede de freguesia. Mandada construir no Estado Novo, a albufeira cobre uma área de 1986 hectares, sendo considerada uma das maiores da Europa. Alimentada pelo rio Mira, a partir de Santa Clara a água percorre 84,9 km de canais, 50,4 km de distribuidores e 309,6 km de regadeiras. O Espelho de Água de Santa Clara é dos pontos de interesse turístico do interior do concelho de Odemira. Um passeio por este lago gigante permite observar os seus inúmeros recantos e ilhéus, quase sempre com uma paisagem de floresta como envolvência. Do paredão ou do cimo do cerro que acolhe a Pousada de Santa Clara, a grandiosidade da barragem impressiona. 

Nas suas águas pode-se praticar canoagem, remo ou pesca desportiva, sendo que ali abundam o achigã, o pimpão e o lagostim. Junto da estrada de acesso à barragem, destaque para a Ponte de D. Maria, ou Ponte Romana, como também é conhecida. A festa em honra da padroeira da terra, a Santa de Assis, realiza-se no segundo domingo de Agosto. No primeiro domingo de Julho, realiza-se a feira anual e festa tradicional. 

Santa-Clara, parece que já ali estive em pequena mas não fazia a menor ideia... Uma pousada leve numa localização soberba, óptima para umas férias tranquilas! 






5. REGIÃO DO ALGARVE 


O Algarve da palavra Árabe (الغرب, al gharb) que significa "o oeste" é a região mais a sul de Portugal continental, constitui uma das regiões turísticas mais importantes do país. O seu clima temperado mediterrânico, caracterizado por Invernos amenos e curtos e Verões longos, quentes e secos, as águas tépidas e calmas que banham a sua costa sul, as suas paisagens naturais, o património histórico e etnográfico e a deliciosa e saudável gastronomia são atributos que atraem milhões de turistas nacionais e estrangeiros todos os anos e que fazem do Algarve uma das regiões mais desenvolvidas do país. Limita a norte com a Região do Alentejo, a este com Espanha e a oeste e sul com o Oceano Atlântico. 

Da região fazem parte 16 municípios: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António. Podem consultar o mapa da região em: http://www.visitportugal.com/pturismo/MapaDePortugal.aspx

A descrição do Algarve podia ser: O litoral do extremo sul de Portugal, onde as águas são mais quentes e serenas. Só que o Algarve é ainda mais, é: o excelente clima, que leva ao bem-estar, ao equilíbrio e à descontracção; os aldeamentos de férias, os hotéis e os resorts de luxo; as pequenas vilas piscatórias, como Santa Luzia, em Tavira, ou o pequeno porto de Sagres; a serra do interior e muito mais... No Algarve as praias de areia fina e dourada são para todos os gostos: grandes, pequenas, calmas, agitadas, com ondas ou com mar chão, para toda a família, ou de acesso difícil... Há as desertas e as muito frequentadas, mas sempre muito mar e muito bom tempo. E há golfe todo o ano, os melhores campos de golfe da Europa. Trinta campos de golfe, trinta opções que desafiam os profissionais ou tentam os amadores. Porque no Algarve vive-se na rua, abandona-se o stress e vestem-se calções. Todo o ano. O Algarve faz bem à saúde, repõe o equilíbrio natural, reconcilia-nos com a vida. Vive-se fora de casa, na esplanada, no barbecue, com refeições saudáveis de peixes grelhados e marisco. 






5.1 LITORAL OESTE 


Das grandes extensões de areal, às praias das pequenas vilas piscatórias, aninhadas entre rochedos, o Algarve guarda praias para todos os gostos. 
Se gostam de se sentir parte da natureza, rumem à Costa Vicentina, no sudoeste do país. Ali encontram areais a perder de vista, formando praias quase desérticas. Em alguns pontos, falésias e rochas detêm as ondas, que produzem uma mais agitada sinfonia natural. O prolongamento sul do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina é uma zona protegida com excelentes paisagens de mar e serra. 

Desvendem esse Algarve diferente começando pela mistura entre ribeira e praia que caracteriza a paisagem da Ribeira de Ceixe. Conheçam, um a um, os areais à volta de Aljezur. Em Monte Clérigo, numa praia entre arribas verdejantes, têm um dos melhores locais da zona para saborear peixe grelhado ou marisco. Calcorreiem as ruas íngremes de Aljezur e subam até um Castelo Mourisco do século X, o último a ser tomado aos mouros. Das ruínas avistam o branco do casario e, ao longe, a Serra de Monchique. Percam-se nos campos de flores de cores garridas que decoram as estradinhas que conduzem a praias sossegadas. Em Vila do Bispo, visitem a Igreja Paroquial, coberta até ao tecto com azulejos. Rumem ao Cabo de São Vicente, extremo sudoeste da Europa, considerado o «fim do mundo» na Idade Média. O Cabo tinha já no reinado de D. Manuel I uma luminária que era mantida acesa pelos frades capuchos durante toda a noite. Com um alcance de 95 km, o farol é ainda hoje um dos mais poderosos da Europa. Em Sagres, onde pela mão do Infante D. Henrique começou a epopeia marítima dos portugueses, apreciem a vista sobre o oceano, a partir do promontório. Na Fortaleza do Infante, veja uma Rosa dos Ventos de 43 metros de diâmetro e visitem o interior da Capela da Nossa Senhora da Graça

Algumas fotografias das praias da Costa Vicentina já na parte algarvia. Se não me engano estas fotografias foram tiradas numas férias de Verão, quando fui com a minha maninha Marta e um grupo de amigos passar uns dias a casa da Francisca, foi muito divertido. De dia belas praias e à noite saídas divertidas em Sagres!

Sigamos para a Costa sul, passem dias maravilhosos entre ilhotas, arcos rochosos e grutas banhadas por águas transparentes que decoram esta parte da costa do Algarve...





5.2 SAGRES 

Com origem anterior à conquista romana, foi no séc. XV que Sagres ganhou grande importância. A presença frequente do Infante D. Henrique, durante o início da navegação atlântica e da descoberta da costa africana até ao Golfo da Guiné, associou para sempre este simples porto de pesca aos Descobrimentos. Na Ponta de Sagres, gigantesco dedo de pedra apontando para o Oceano, algumas edificações evocam ainda o passado deste local que faz parte da história do mundo, lembrando a Vila do Infante e a fortaleza que a protegia, fundadas pelo Infante D. Henrique. Perto, no extremo sudoeste do continente europeu, fica o Cabo de S. Vicente (Promontorium Sacrum dos Romanos), onde se abre um vasto horizonte de céu e mar. 




Em Sagres, há mais uma pousada alegre numa localização de cortar a respiração! O Algarve litoral ainda no seu melhor... 





5.3 LAGOS

Para oeste de Lagos, mais perto das estâncias de Verão, areais, como a Praia de Dona Ana, são muito populares e frequentados por portugueses e estrangeiros. Apreciem a fabulosa vista sobre o mar do Miradouro da Atalaia, na Praia da Luz. Em Lagos, o Promontório da Ponta da Piedade protege a baía, acalmando as águas. Dêem mergulhos demorados e façam um passeio pelas grutas. 




5.4 ALVOR

Na praia do Alvor, velejem ao sabor do vento, num barco ou numa prancha de windsurf. As praias sucedem-se para leste - Prainha, Três Irmãos, Vau e Praia da Rocha. Escolham a que mais vos agradar. São todas bonitas e em todas podem passar dias esplêndidos à beira-mar. Na Rocha, visitem a Fortaleza de Santa Catarina, e percam uns momentos observando o fabuloso panorama sobre o oceano. 

Com um areal a perder de vista, o Alvor é uma praia de sonho, rodeada de excelentes hotéis e dotada de completas infra-estruturas de apoio que incluem equipamentos para a prática de vela, esqui aquático ou windsurf. As origens da pitoresca povoação de pescadores do Alvor remontam à ocupação árabe, tendo então sido um porto importante. Apesar de não existirem testemunhos visíveis dessa época, vale a pena passear pelo centro histórico da vila e admirar o belíssimo portal da Igreja Matriz, em estilo manuelino. 

Os amantes da natureza não podem deixar de visitar a Ria de Alvor, zona de lagunas de importância internacional e ponto de passagem de diversas aves aquáticas quando se deslocam nas suas rotas migratórias entre o Norte e o Sul 

As fotografias mostram um pouco da beleza da zona do Alvor e Lagoa... As viagens de trabalho continuam... e a descoberta de novos encantos de Portugal continua... Imperdoável como tendo passado tantos Verões em Vilamoura não conhecesse ainda (bem pelo menos não me lembro, parece que até conhecia...) esta zona do Algarve do mar azul bébé... já em tempos tinha achado fabulosa a zona de olhos de água vista do mar, mas achava que esse tipo de beleza ficava por ali... As fotografias também mostram que dá para trabalhar à séria mas com diversão... e mostram um pouco do bom ambiente e pessoas fantásticas com quem trabalho, tenho também de a referir a calorosa hospitalidade com que fomos recebidas aqui no Algarve! 

No Alvor Praia onde ficámos alojadas! Adorei a minha suite, a vista, a praia, tudo! 



Bonita esta zona, não é? 




O Pestana Alvor Parque, a decoração deliciosa! 




O Pestana D. João II o jardim, a praia, um espaço do mais agradável possível... 





O Pestana Delfim com a sua janela para dentro da piscina! 




O Pestana Viking, a localização... de sonho! 






O Pestana Levante mais um espaço agradável mesmo junto à praia... 




5.5 CARVOEIRO 

Na Praia do Carvoeiro façam uma visita às grutas e apreciem a característica formação do Algar Seco





5.6 SENHORA DA ROCHA 


Perto, estiquem a toalha, numa das duas praias separadas por um túnel, na Senhora da Rocha. Enquanto secam de um banho refrescante, subam à ermida e aprecie a vista. 





5.7 ALBUFEIRA

A praia de Albufeira, embora pequena, é pitoresca, com os barcos dos pescadores e o acesso que se faz por um túnel. 






5.8 SANTA EULÁLIA, BALAIA, FALÉSIA… 



Em direcção a Faro, a belíssima Santa Eulália, a pequena Balaia, a Falésia (Praia do Alfamar, praia dos Tomates e outras) e Vilamoura, são praias abertas numa zona de falésias ocre e areais longos. Cruzar estas águas num barco ou a alta velocidade numa mota de água, são experiências que não devem perder. Acreditem em mim, vale muito a pena percorrer estas águas…






5.9 VILAMOURA 

Construído de raiz nos anos 70, Vilamoura é o maior empreendimento turístico da Europa reunindo estruturas de apoio de grande qualidade, como a marina, o casino, campos de golfe, hotéis e aldeamentos turísticos. O extenso areal da sua praia prolonga-se em direcção a Quarteira, possuindo algumas características de praia urbana, com muito fácil acesso pela estrada que a ladeia e excelentes infra-estruturas de apoio. 

A praia é limitada a oeste pelo pontão da Marina, não só pela sua dimensão - a maior do país, com 1300 postes de amarração - e infra-estruturas excepcionais, mas também por ser visualmente bastante atractiva e ter um passeio entre bares, hotéis, restaurantes e um clube náutico que fazem as delícias daqueles que por lá passam, a marina é a coqueluche do complexo. É o pólo de animação desta zona, onde se localizam alguns dos melhores restaurantes, bares e lojas do Algarve, bem como diversas empresas que organizam cruzeiros junto à costa algarvia.

Vilamoura é actualmente uma das maiores estâncias de lazer da Europa. Campos de golfe, ténis, equitação, equipamentos para a prática de tiro e pesca, um casino e um aeródromo, são complementos de um complexo turístico onde a grande estrela é a marina. 

É um lugar muito especial para mim pois era o lugar onde passava a maior parte das férias, fossem de Verão, Páscoa, Carnaval… Tivemos uma moradia em Vilamoura desde que me lembro até há poucos anos e cheguei a passar lá os três meses de Verão… Foi no fundo o sítio onde passei a maior parte das minhas férias com a família e rodeada de calor, festas, amigos, passeios de barco e a minha motinha que era uma acelera na qual só me deixavam andar em Vilamoura. Enfim, passei óptimos momentos neste nosso refúgio que só largámos quando Vilamoura se tornou turística de mais para o nosso gosto… até essa altura era uma zona calma com meia dúzia de famílias que se reviam todos os anos. O ambiente era excelente, lembro-me da praia e dos restaurantes de praia com gente qb (quanto baste) das inúmeras saídas à noite para o Clube T, Trigonometria e um bares ali ao lado com música ao vivo e mais tarde para o Kubo, no inicio da fase em que Vilamoura se começou a tornar um destino popular… Vilamoura ocupará sempre um caninho do meu coração… 

Devo ter milhentas fotografias de Vilamoura mas devem estar nas famosas caixas de fotografias dos pais… as que tenho comigo são poucas… oohhh 





5.10 VALE DO LOBO E QUINTA DO LAGO

Para quem um sonho de Verão só se torna realidade num ambiente mais glamoroso, Vale do Lobo, Ancão e Quinta do Lago são as praias certas. Frequentadas pelo jet-set, ficam muito próximas de alguns resorts exclusivos. Para mim esta zona faz parte de Vilamoura pois de certa forma era normal irmos de Vilamoura para estes destinos que além das praias foram durante muito tempo o destino nocturno de eleição após da habitual passagem na marina de Vilamoura… 







5. 11 PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA 


Da Praia do Ancão à Manta Rota, o Parque Natural da Ria Formosa é uma reserva natural de sossego onde pode fugir ao stress. Numa área de águas plácidas recortadas por ilhas, ilhotas, canais e lagoas, rasgue a paisagem numa mota de água, ou ao sabor do vento, apreciando a fauna e flora que aqui habitam num silêncio contemplativo. 






5.12 FARO 

É a maior cidade do Algarve e é onde fica o aeroporto internacional. 

Foi no período romano que esta região se desenvolveu e ganhou notoriedade. Era então conhecida por Civitas Ossobonensis e os seus limites iam até à actual localidade de Tavira, compreendendo várias villae com actividades específicas industriais, rurais e marítimas. Este passado histórico é comprovado pelos achados de escavações arquelógicas na cidade, que podemos ver no Museu Arqueológico Infante D. Henrique, e pelas Ruínas de Milreu, situadas nos arredores de Faro. No séc. IX, a localidade passa a chamar-se Santa Maria Ibn Harun, tomando o nome da família árabe que governava estes territórios. O topónimo dará origem, ao actual Faro. Durante o domínio muçulmano a prática da culto cristão foi permitido, o que explica a permanência de "Santa Maria" no nome. Para além dos vestígios arqueológicos deste período, a Porta Árabe (integrada no Arco da Vila) relembra-nos uma das entradas no núcleo amuralhado, designado por Vila-Adentro. Vila-Adentro será conquistada definitivamente pelos cristãos em 1249, durante o reinado de D. Afonso III. Constrói-se então a Sé Catedral no local da antiga Mesquita e reforçam-se as muralhas, sinais do novo domínio. No séc. XVI, Faro tornou-se um importante pólo comercial no Algarve, mantendo essa função durante os séculos seguintes. Foi elevada a cidade em 1540 para que fosse sede de Bispado, até então em Silves. Grande parte dos monumentos religiosos de Faro data dessa época, reflectindo-se a riqueza económica na Igreja da Misericórdia e no Convento de São Francisco, no Convento de Nossa Senhora da Assunção (adaptado a Museu Arqueológico Infante D. Henrique), no Convento de Santiago Maior e no Convento de Santo António dos Capuchos. No séc. XIX, Faro foi reorganizada administrativamente centralizando os poderes regionais e tornou-se uma das cidades mais importantes do Algarve. A nobreza e a burguesia construíram as suas casas apalaçadas e as famílias mais abastadas têm uma segunda casa nos arredores, entre as quais se destaca o impressionante Palácio de Estói

Para além do património arquitectónico já mencionado, um passeio por Faro deve incluir uma visita em família ao recente Centro Ciência Viva, um interessante espaço dedicado aos mais pequenos. Nos arredores da cidade, importa destacar a beleza do Parque Natural da Ria Formosa





5.13 TAVIRA 

Foi neste local que surgiu a cidade romana de Balsa no séc. I a. C., no caminho entre Ossonoba (Faro) e Baesuris (Castro Marim), desenvolvendo-se aí a pesca e a salga de peixe. Com uma localização geográfica privilegiada, entre a serra algarvia e o curso do Rio Gilão, foi também o local eleito pelos muçulmanos para se estabelecerem entre o séc. VIII e XIII, dando-lhe o nome Tabira. A Reconquista Cristã chegou a Tavira em 1242 com D. Paio Peres Correia, um cavaleiro de Sant´Iago. Dois anos depois, o rei D. Sancho II doou estes territórios à Ordem para reorganização e povoamento. Ainda no séc. XIII, reforçaram-se as muralhas e o Castelo e construiu-se a Igreja de Santa Maria. O período de grande expansão da cidade começou no séc. XV, depois da Conquista de Ceuta em 1415, que iniciou a era dos Descobrimentos. Tornou-se então um importante porto piscatório e de apoio aos exércitos e armadas que defendiam a costa portuguesa e as cidades costeiras conquistadas no Norte de África. Foi também porto de exportação de peixe salgado, frutos secos, vinho e outros produtos. Em 1489, o rei D. João II residiu aqui durante alguns meses e, em 1520, foi elevada a cidade por D. Manuel I. 

Estas presenças reais reflectiram-se no enriquecimento do património e na expansão da cidade. Ao longo das margens do rio estabeleceram-se as famílias mais humildes enquanto o centro foi escolhido pelas famílias nobres, que assim ficaram perto do poder político instalado no Castelo. A Igreja da Misericórdia permanece como testemunho desta época. No séc. XVII, Tavira continua a ser o grande pólo comercial do Algarve. Data de então grande parte do património cultural, revelando também a influência do poder religioso. Ainda hoje podemos visitar 21 igrejas na cidade, de entre as quais se destacam a Igreja de São Paulo, a Igreja de Santo António, a Igreja do Carmo e a Igreja de São Francisco. Durante o séc. XVIII, Tavira perde o poder económico que recupera apenas no século seguinte devido sobretudo à pesca do atum e à indústria das conservas. Em Tavira, importa ainda destacar as casas tradicionais com as suas portadas de reixa e os telhados "de tesoura". As portadas de reixa são feitas de ripas de madeira e permitem o arejamento mesmo com as janelas e postigos das portas fechados. Os telhados "de tesoura" são constituídos por pequenos telhados de quatro águas, correspondendo cada um a uma divisão da casa. "Tesoura" é o nome que se dá ao cruzamento das traves em que os telhados assentam. 

Além do interesse histórico, um dos grandes atractivos de Tavira é o seu património natural. O Rio Gilão, que banha a cidade, conduz-nos até ao mar, onde encontramos a de Ilha Tavira, extenso areal com 11 km paralelo à costa e que integra o Parque Natural da Ria Formosa. Estas praias de águas tranquilas e areia branca são das mais apreciadas na costa algarvia. As ligações entre Tavira e a Ilha são feitas por carreiras (junto ao Mercado da cidade ou no sítio de Quatro Águas) e por barcos-táxi, de acordo com o estado do tempo e a disponibilidade. Não deixem de visitar Cacela Velha

Em Tavira também há uma pousada, a decoração conquistou-me, as inúmeras janelas para os espaços exteriores, as ruínas, a piscina tudo cheio de charme! 





Mais umas fotografias da pousada numa viagem de trabalho… 




E mais umas fotografias da pousada e da vila… 






5.14 MANTA ROTA 

A Ria Formosa acaba na Praia da Manta Rota, uma animada estância de veraneio neste Algarve mais recatado. Um enorme areal e um mar de águas mornas e tranquilas fazem da Praia da Manta Rota uma das mais procuradas pelos veraneantes. Com uma grande extensão de mar com pouca profundidade e sem perigos, a praia é excelente para as crianças que ali podem também encontrar um parque infantil para brincar. Para os mais velhos, existem várias opções de desportos náuticos e muita animação garantida pelos vários restaurantes, bares e esplanadas. 






5.15 CACELA E PRAIA VERDE 



Seguindo até Vila Real de Santo António, descubram ainda os viveiros de amêijoas que a maré vaza deixa à vista em Cacela e descansem à sombra dos pinheiros na Praia Verde






5.16 MONTE GORDO 

Quase na fronteira, o sonho não acaba num longo passeio pela marginal de Monte Gordo. Cabanas de pescadores foram, durante séculos, o único sinal da presença humana no amplo areal rodeado de pinhais. A beleza da praia e as águas seguras e cálidas atraíram os primeiros turistas estrangeiros na década de 60, dando-lhe um lugar pioneiro de desenvolvimento do turismo algarvio. Hoje, Monte Gordo é um centro turístico internacional, com um casino entre os seus múltiplos equipamentos. 





5.17 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO 



No séc. XVI existia, provavelmente mais perto do mar, uma Vila de Santo António de Arenilha que, no séc. XVIII, tinha desaparecido engolida pelo mar e pelas areias. Importava, porém, controlar a entrada de mercadorias pelo Guadiana, colocar sob supervisão régia as pescarias de Monte Gordo e fazer frente a Espanha, com que se estivera em guerra em 1762/63. A construção de Vila Real de Santo António, com evidentes vantagens económicas e políticas foi, portanto, mais do que um puro acto de vontade régia. 

A experiência da reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 foi, assim, ensaiada em Vila Real de Santo António. Primeiro na planificação cuidada da estrutura urbana, facilitada pelo terreno plano. Em seguida pela utilização de módulos arquitectónicos rígidos. E, finalmente, pela pré-fabricação de elementos de construção standard como as cantarias que vieram de Lisboa, em barco, talhadas e aparelhadas para imediato assentamento. Para apreciar o plano urbanístico de Vila Real de Santo António é necessário passear pelas suas ruas. Comecem pela Praça Marquês de Pombal, coração da vila, de empedrado radiante a partir do obelisco erguido em 1776. Ela contém três dos principais elementos urbanos do séc. XVIII: a Igreja, a Câmara Municipal e antiga Casa da Guarda. Depois devem percorrer-se alguns quarteirões, erguidos já por iniciativa particular, mas em que é ainda aparente um formulário arquitectónico. O fim do percurso proposto é o edifício da antiga Alfândega, junto às margens ajardinadas do Rio Guadiana. 





5.18 GUADIANA 

Descubram as salinas, pastagens e sapais ao longo do Rio Guadiana, entre Castro Marim e Vila Real de Santo António, uma zona húmida de reconhecida importância internacional. 






5.19 SERRAS ALGARVIAS E INTERIOR 

Não se fiquem pela costa. Rumem ao interior e explorem a Serra de Monchique, a Serra de Espinhaço de Cão e a Serra do Caldeirão. Descubram um Algarve diferente, onde as gentes vivem em harmonia com os sabores e saberes da terra. 






5.20 ESTOÍ 


Estoí, onde em breve ia nascer uma pousada que a ver pelo local e projecto deve ser fabulosa! (Quando lerem isto já deve estar mais que inaugurada) 





5.21 SÃO BRÁS DE ALPORTEL 

É uma vila pacata e tranquila, com uma população acolhedora. As ruas de casas brancas, em que se recorta a silhueta da torre sineira da igreja e a concha de colinas envolvendo a vila são atractivos singelos de São Brás de Alportel, típica vila algarvia. As casas baixas e brancas da arquitectura popular juntam-se prédios de fachadas enobrecidas por azulejos, cantarias lavradas e varandas de ferro, reveladores da opulência passada dos industriais da cortiça. O passeio pelas ruas e praças transforma-se, assim, num percurso pela evolução urbana de São Brás de Alportel, a que pequenos pormenores como a barroca decoração do Passo da Paixão, junto ao Paço Episcopal e as flores nas janelas dão um carácter retintamente algarvio. 

A pousada de São Brás de Alportel… 






6. REGIÃO DA MADEIRA 


À distância de um curto voo deste Portugal continental fica o arquipélago da Madeira...

6.1 ILHA DA MADEIRA

Uma ilha tropical em plena Europa, onde o clima também é de "cinco estrelas", com uma natureza exuberante e surpreendente. Tão exuberante que a Floresta Laurissilva, no Parque Natural da Madeira, é a maior floresta de folha perene do mundo e foi classificada Património Mundial. Tão surpreendente que as flores e frutos exóticos competem em variedade e colorido. E o mar, azul, está sempre à vista onde quer que se encontrem. 

Podem começar a visita pelo Funchal, a maior cidade.

História do Funchal remonta a mais de cinco séculos, quando os primeiros colonos portugueses colonizaram a costa de uma baía brilhante e ensolarado, onde erva-doce (funcho) crescia em abundância, dando-lhe o nome para a nova cidade.  A cidade cresceu e é hoje em dia uma cidade moderna, cosmopolita, rejuvenescida, conhecida por seus muitos restaurantes e hotéis deslumbrantes e clima quente durante quase todo o ano e, claro, por ser a terra que viu nascer o futebolista Cristiano Ronaldo. O Funchal é também um dos portos de paragem dos navios cruzeiros  sendo a abordagem ao Porto  bem documentada como uma das duas mais espectaculares do mundo, a par com o Rio de Janeiro. 

A cidade em si está situada em um grande anfiteatro natural, de frente para o Atlântico azul com um fundo de montanhas dramáticas. Localizado no sul, a costa mais ensolarada  é rico em plantações de banana e maravilhosos jardins onde as flores florescem durante todo o ano ao abrigo das montanhas verdejantes. É uma cidade extremamente verde e exuberante, relaxada por dia, com uma vida nocturna vibrante e variada.

No Funchal podem  desfrutar de actividades como o mergulho nas águas cristalinas, surf, parapente, passeios de barco, nadar com golfinhos, observar baleias, praticar golf, ou fazer longas excursões ao longo da costa e através da montanha com cheiro a eucalipto, passear pelas bonitas ruas e visitar os mercados ou simplesmente desfrutar de um lanche nos cafés e esplanadas ou jardins.

Embarquem numa viagem através passado no Centro Histórico ou simplesmente vagueiem pelas ruas da capital para encontrar encantadoras áreas históricas e praças pitorescas. Numerosas igrejas e conventos remontam ao século XV, desde a cave minúscula de basalto da Capela de São Vicente ao interior ornamentado da Sé Catedral, uma obra-prima manuelina, com um tecto inteiramente feito de madeira. O Palácio de São Pedro é uma estrutura impressionante do século XVIII, que abriga entre outros, o Museu Municipal e o Aquário Funchal.

A agricultura é ainda uma parte importante dos recursos da ilha e os visitantes verão terraços engenhosamente cultivados ao longo de encostas em toda parte. Mercados de Rua tradicionais cheios de pirâmides coloridas de produtos são uma óptima maneira de experimentar a vida local.

Inúmeros Parques e Jardins possuem fascinante plantas subtropicais e um tapete de cor espectacular, culminando com a Festa da Flor anual na primavera.

Quando na cidade, não se esqueçam de visitar o o Cabo Girão, o mais alto promontório da Europa e o segundo mais alto do mundo com 580 m e o Monte, a cerca de 9 km de distância do centro da cidade. O Parque Ecológico do Funchal e o Festival animado de Nossa Senhora do Monte (realizado todos os anos a 14 de Agosto) fazem do Monte uma visita obrigatória. Podem ir de teleférico - o Teleférico do Monte liga a Zona Velha da Cidade do Funchal à freguesia do Monte em cerca de 15 minutos. O Teleférico do Jardim Botânico situa-se na Quinta do Bom Sucesso a dez minutos do centro do Funchal e proporciona uma viagem de sonho, desfrutando-se a Natureza sobre o vale da Ribeira de João Gomes, local de rara e exótica beleza natural, terminando no Largo das Babosas no Monte. O percurso proporciona espectaculares vistas sobre toda a baía do Funchal. Experimente ainda descer o monte num Carro de Cesta, uma atracção para os turistas.

Foi giro regressar à Madeira em trabalho com o grupo Pestana, nessa altura penso que já não ia à ilha há uns dez anos.




Foi bom reavivar as memórias e ficar a conhecer os hotéis Pestana do Funchal, entre eles: Pestana Palms...




Pestana Vilage e Miramar...





Pestana Bay... 




Pestana Carlton Madeira... 




No Pestana Casino Parque... com o grupo da fun trip, a viagem não foi só ver hotéis... ainda deu tempo para alguma diversão como se vê em baixo no peddy paper e no jantar no casino que foi super divertido! 





Apesar de ter uma superfície pequena, a Madeira é rica em cenários majestosos e de rara beleza. Aluguem um carro e partam à descoberta dos encantos e recantos deste jardim flutuante! Saindo do Funchal para oeste, encontrarão a típica vila piscatória de Câmara de Lobos e o Cabo Girão, o mais alto promontório da Europa e o segundo mais alto do mundo com 580 m. Visitem a Ribeira Brava antes de subir até à Encumeada num percurso recheado de miradouros. 

Continuando em direcção à Ponta do Sol e à Calheta chegam à pitoresca vila do Paul do Mar. Subam até ao Paul da Serra, o maior planalto da Madeira, e façam uma pausa para apreciar a bela vista sobre as encostas. Em Porto Moniz retemperem forças num mergulho revigorante nas famosas piscinas naturais na rocha. Sigam rumo a S. Vicente numa estrada salpicada de quedas de água e deslumbrem-se com o contraste do verde majestoso com o azul cristalino das águas do mar. Aqui poderão visitar as grutas vulcânicas ou simplesmente passear pelas ruelas desta simpática vila. 

Daí têm duas opções: ou sobem novamente para a Encumeada para se envolverem com a luxuriante vegetação da Floresta Laurissilva, ou continuam em direcção a Santana descobrindo pequenos miradouros por entre belos vales e montanhas. Em Santana é obrigatória a visita às casas típicas e às Queimadas, ponto de partida para belíssimos passeios a pé como o Caldeirão Verde. A descida para o Faial surpreende pela beleza e imponência das montanhas descendo até ao mar. Sigam para Machico e não percam uma ida ao Caniçal e à Ponta de São Lourenço, o ponto mais oriental desta ilha. Da ponta do Garajau, não percam a vista das Ilhas Desertas e do Miradouro de São Gonçalo tem uma vista fabulosa sobre o Funchal. Deixem-se encantar! 






6.2 PORTO SANTO

Apenas a 2h30 de barco ou, se preferirem, somente a 15 minutos de avião da Madeira, situa-se uma das mais bonitas e paradisíacas ilhas da Europa.  Em Porto Santo encontrarão um refúgio, o local onde tudo acontece num ritmo calmo, que proporciona umas férias inesquecíveis! 

Envolta em cenários naturais que variam entre quilómetros de tranquilas praias e o azul profundo de um mar calmo e cálido, esta pequena ilha é o local ideal para fugir do stress do dia-a-dia. Se adoram praia, sentir-se-ão no paraíso. Relaxem num areal fino e dourado, que se estende por 9 km, famoso pelas suas propriedades curativas. Mergulhem durante todo o ano num mar calmo de águas límpidas e tépidas. E não deixem de experimentar um tratamento anti-stress, que o novo Centro de Talassoterapia lhes poderá proporcionar. Se preferem libertar o stress de forma mais activa, a ilha oferece uma grande variedade de actividades ao ar livre - passeios de barco, pesca desportiva, mergulho, windsurf, esqui aquático, BTT, ou parapente. Os golfistas profissionais e amadores não poderão perder a oportunidade de jogar no traçado exigente do Porto Santo Golfe, projectado pelo campeão espanhol Ballesteros. Passeiem pelas ruas da pitoresca cidade Vila Baleira e apreciem o ritmo de vida descontraído e sereno que ali se vive. Depois de um dia bem preenchido, descontraiam nas esplanadas junto à praia ou nos bares e discotecas espalhados pela cidade. Em Porto Santo vão encontrar um outro lado da vida: o da tranquilidade! 






7. REGIÃO DOS AÇORES

Pensem num arquipélago a ocidente, onde a natureza se encontra em estado puro, de vegetação intocada, em pleno Atlântico. Os Açores são isto, e muito mais. São nove lugares de aventura, nove  ilhas à distância duma pequena viagem de barco, nove surpresas de encantar: golfinhos e baleias saltam no mar, as paisagens de natureza vulcânica coberta de verde são inesperadas, tufos de hortênsias lilases dividem os pastos, lagoas azuis e verdes, crateras de vulcões extintos, terra fumegante. Já viram a vossa refeição ser cozinhada debaixo de terra? 

A natureza convida à aventura, ao montanhismo, à observação da fauna marinha, ao mergulho. E convida à descontracção, ao relaxamento dos passeios a pé, à contemplação da paisagem. Há uma sensação de encantamento, como se o tempo tivesse parado, algo de naïf no ar.





7.1 TERCEIRA

Conjuntamente com as ilhas de Graciosa, São Jorge, Pico e Faial forma o grupo Central do Arquipélago dos Açores. A forma mais usual para chegar à Terceira é o transporte aéreo. Há ligações diárias de e para Lisboa. A duração da viagem é de aproximadamente 2.30H. A Sata-Air Açores efectua ligações diárias com todas as ilhas (40 minutos a partir de S. Miguel e Faial). Nos meses de Maio a Outubro, podem também utilizar o transporte marítimo de passageiros. Dista 167 Km de São Miguel e 122 Km do Faial. A sua superfície é de 381,96 Km2, o comprimento máximo é de 29 Km e de largura 17,5 Km.

Visitem: A Sé Catedral, de elevado interesse arquitectónico e ricos tesouros religiosos. O Museu de Angra, localizado no antigo convento de S. Francisco, tem exposição permanente sobre "o conhecimento das ilhas dos Açores, Angra, os Açores e o Mundo, da capitania geral ao liberalismo". O Monte Brasil, proporciona-lhes uma vista deslumbrante sobre a cidade de Angra do Heroísmo a sua baía e marina. O Porto Judeu com vista para o ilhéu das Cabras. O Algar do Carvão, com cerca de 100 metros de profundidade, é formado por grutas, onde existem, maravilhosas estalactites e estalagmites. As Grutas das Agulhas, Balcões, e Natal, Furnas Água e do Cabrito, devem ser visitados com a ajuda de um guia. A Serra do Cume, elevação com 545m, de altitude, proporciona panorâmica sobre Praia da Vitória, planície das Lajes, e zona interior da ilha com campos delimitados por muros de pedra e hortênsias. A Lagoa do GinjalMiradouro do Facho vista sobre a cidade de Praia da Vitória, baía e porto oceânico. A Serreta, zona com grande riqueza florestal, do Miradouro do Peneireiro pode apreciar magnificas paisagens. Os Picos da Bagacina e Cabrito, formados por lava, locais onde se faz criação de gado bravo. A Caldeira de Guilherme Moniz, com 15 Km de perímetro, é a maior caldeira do arquipélago. A Lagoa do Negro e a Lagoa das Patas, merecem a visita. Os Biscoitos, zona de vinhos, divididas em "curraletos", visitem o Museu do Vinho, fundado pela Casa Agrícola Brum, reúne um conjunto de instrumentos, fotografias e outros documentos, relativos à produção do vinho, possui também excelente zona balnear. O Jardim Duque da Terceira, variadas espécies bem cuidadas, embelezam este jardim. O Castelo de S. João Baptista, é uma imponente fortaleza do séc. XVI. O Alto da Memória, Obelisco erguido no local do primeiro castelo de Angra, evoca a presença de D. Pedro IV nesta ilha.




7.2 PICO

Fica a 8,3 Km da Ilha do Faial e a 20,4Km de S. Jorge. Tem 447Km2, 42 Km de comprimento e 15 Km de largura. A data do seu descobrimento não está definida. No entanto, sabe-se que em 1460 já era habitada, tendo o povoamento sido iniciado pela localidade das Lajes do Pico, o primeiro concelho da ilha.

De interesse: A Escalada ao Pico – com 2351 m de altitude, a maior elevação do território português é um desafio para quem com uma boa condição física, tem espírito de aventura. Do cume do Pico tem-se uma vista espectacular sobre as restantes ilhas do grupo Central. Para escalar o Pico, devem procurar a ajuda de guias especializados. Pode correr sérios riscos quem não conhece a zona. O Museu do Vinho – conta a história do vinho nesta ilha. A Adega Cooperativa – onde se produz o famoso verdelho tão apreciado pelos “Czars”. Recebe habitualmente os visitantes, oferecendo-lhe uma prova do VLQPRD “Lajido”, principal Ex-Libris do concelho. A Arcos do Cachorro – uma formação rochosa com a configuração do focinho de um cão. O mar penetra pelos diversos túneis feitos pela erosão, fazendo efeitos interessantes. Também nesta zona, foi construída uma central eléctrica, que funciona com a energia resultante da força das ondas. A Quinta das Rosas – parque florestal com espécies exóticas. O Museu Industrial - situado em S. Roque do Pico, está instalado na antiga Fábrica das Armações Baleeiras, onde existem apetrechos utilizados na transformação da baleia em produtos como a farinha e o óleo. Lagoas do Capitão, Caiado e Paul – zonas de interessante paisagem. Os Mistérios de Santa Luzia, Prainha e S. João – formados pela lava de erupções vulcânicas, que se verificaram no mar e que se uniram à ilha, são zonas a incluir no seu roteiro. A Furna de Frei Matias – perto da vila da Madalena, é um local de interesse. Santo Amaro - conhecida por ser uma terra onde a construção naval, teve grande importância. Ainda hoje funcionam aí alguns pequenos estaleiros navais. Visitem também a Escola de Artesanato. Piedade – no parque Matos Souto, existem espécies vegetais raras. O Miradouro da Terra Alta – situado na estrada que circunda a ilha pelo Norte, deste miradouro pode-se observar a Ilha de S. Jorge, assim como a paisagem que a riqueza florestal da Ilha do Pico nos oferece. A Calheta do Nesquim, povoação com pequeno porto de pesca com grande tradição baleeira, foi neste local que se constituiu a primeira Armação Baleeira. As Ribeiras - freguesia com porto de pesca, com grandes tradições na actividade piscatória, terra de bons marinheiros. Cachalotes e lulas - Se tencionam observar baleias, nadar com golfinhos ou apenas está interessado em baleias e na vida existente nas profundezas do mar, visitem a pequena vila de São João, a oriente das Lajes do Pico. Aqui encontrarão um magnífico museu com toda a informação sobre o cachalote e a sua fonte de alimento, a lula. Quais as suas dimensões? Quanto anos vivem? De que se alimentam? Como comunicam e a que profundidade mergulham? Quais os seus segredos e de onde provém o seu poder? Observem a sua arquitectura e percorra um modelo em tamanho real de um cachalote de grande dimensão; comparem-no com o ser humano e descubram como os cientistas o estudam. O Cachalote é a maior baleia dentada, mergulha a grandes profundidades, consegue suster o ar durante longos períodos, tem o maior cérebro, o nariz mais comprido e produz um som mais alto que qualquer ser vivo. Vejam um modelo em tamanho real da Lula Gigante, o maior animal, possuidor dos maiores olhos entre o reino animal, incluindo a baleia. O Museu dos Baleeiros – situado nas Lajes do Pico, reúne peças em osso e dente de baleia, assim como diversos apetrechos utilizados na caça à baleia. Uma belíssima canoa baleeira, assim como a primeira lancha a motor que foi utilizada nesta actividade, fazem também parte do conteúdo deste museu.





7.3 GRACIOSA

A Ilha Graciosa tem aproximadamente 62 Km2 de superfície, 12,5Km de comprimento e 8,5 Km (de largura. Faz parte do grupo Central do Arquipélago. Provavelmente, foram marinheiros vindos da Terceira quem primeiro chegou a esta ilha. Não está determinada a data exacta deste acontecimento, embora muitos historiadores apontem para 1450. Sabe-se que o primeiro povoador foi Vasco Gil Sodré, natural de Montemor-o-Velho.

De interesse têm: A Furna do Enxofre – é um fenómeno vulcânico muito interessante. Descendo por uma escadaria em caracol, chega-se a uma abóbada vulcânica, onde existe uma lagoa com 130 m de diâmetro e 100 m profundidade, com água sulfurosa. Para beneficiarem de iluminação da luz solar, sugere-se que se visitem entre as 11 e 14 horas. A Caldeirinha – Desta elevação tem-se uma vista panorâmica sobre as ilhas Terceira, S. Jorge, Pico e Faial. O Pico Timão (398 m) e Pico Facho (375 m), cobertos poro vegetação endémica, são locais para visitar. O Monte Nossa Senhora da Ajuda - Proporciona-lhes uma agradável vista panorâmica sobre Santa Cruz, a parte norte da Ilha. Nesta zona podem visitar três ermidas dedicadas a S. João, S. Salvador e Nossa Senhora da Ajuda. As Termas do Carapacho – As suas águas são indicadas para tratamento de doenças reumáticas e pele. Também nesta zona existe uma zona balnear, com águas convidativas a um bom banho de mar. O Ilhéu da Baleia – Porque a sua configuração faz lembrar uma baleia. O Ilhéu da Praia – Fronteiriço à localidade e porto da Praia, esta formação rochosa, coberta de vegetação proporciona-lhes uma vista agradável. O Museu da Graciosa – com um acervo vasto e diversificado, incidindo na sua maioria sobre objectos ligados à etnografia local. Além destes, o destaque vai para colecções de moedas, postais, fotos antigas e recentes, jornais e documentos vários.





7.4 SÃO JORGE

Fica a 20 Km a norte da Ilha do Pico, 40 Km a Sul da Graciosa, 30 Km a leste do Faial e 60 Km a oeste da Terceira. Tem 246 Km2 , tendo 56 Km de comprimento e 8 Km de largura. A data do seu descobrimento não está definida, no entanto, sabe-se que em 1470 começou por ser habitada, tendo o povoamento sido forçado no Topo, Guilherme da Silveira.

Do Pico da Esperança, ponto mais alto da Ilha, com mais de 1000m de altitude, avistam-se as restantes ilhas do grupo Central (Terceira, Graciosa, Pico e Faial). A Vegetação que cobre estas encostas proporciona-nos uma paisagem invulgar. Os abatimentos das encostas deram origem, nalguns sítios, a zonas planas denominadas Fajãs. Destaca-se a Fajã do Ouvidor, Fajã dos Vimes, Fajã dos Cubres, Fajã de S. João, Fajã Grande, Fajã da Caldeira de Santo Cristo (único local nos Açores onde existem amêijoas). Apenas algumas delas têm acesso por estrada, onde pode circular um automóvel. Na ponta leste da ilha situa-se o Topo com seu farol e ilhéu onde existem colónias de aves marinhas. Algar do Montoso – para quem gosta de espeleologia. Vão com um guia. Furna das Pombas na Urzelina. O Parque Florestal das Sete Fontes também merece a visita assim como o Parque Florestal da Silveira na Ribeira Seca.





7.5 FAIAL

A 8,3 Km a Ilha do Pico e a 26 Km de S. Jorge. Tem 173,4Km2, 21 Km de comprimento e 14 km de largura. Nalgumas cartas chegou a ser designada por “Insula de Ventura”. A sua descoberta terá sido na primeira metade do séc. XV. Em 1460 iniciou-se o seu povoamento, na zona dos Cedros por gente vinda do norte de Portugal, mais tarde vieram flamengos que se instalaram no local hoje conhecido por vale dos flamengos

Visitem: A Marina da Horta - A cosmopolita cidade da Horta tem na sua Marina um dos locais de referência. Aqui, aportam iates de todo o mundo, que cruzam o Atlântico. As pinturas que deixam nas paredes e chão da Marina são o testemunho da sua passagem, para anos mais tarde recordarem, ou ainda, porque se diz que os marinheiros que não o fizerem não chegarão ao seu destino. O Monte da Guia – desta elevação pode admirar-se a cidade da Horta, a praia do Porto Pim e costa até à Ponta de Castelo Branco e a Ilha do Pico. Esta Zona é considerada paisagem protegida. A Espalamaca – é outro dos miradouros sobranceiros à cidade da Horta; daqui, além da cidade, porto e Marina, também pode admirar as Ilhas do Pico, S. Jorge, praia de Almoxarife e a costa até à Ribeirinha. A Caldeira – cratera com cerco de 400 metros de profundidade e 2Km de largura, classificada como reserva natural, ladeada por hortênsias azuis, faias, zimbros, fetos, etc, é um dos atractivos desta ilha. O Cabeço Gordo – na zona central da ilha, esta elevação tem 1043 m de altitude. Daqui pode avistar as ilhas Pico e S. Jorge, assim como toda a ilha do Faial. O Jardim Botânico – na Quinta de S. Lourenço, merece uma visita. O Museu da Horta – reúne uma vasta colecção de trabalhos em miolo de figueira, expressão artesanal, característica desta ilha. O Museu de Arte Sacra – possui interessante estatuária religiosa, assim como escultura flamenga do Séc. XV. O Museu de Scrimshaw – situado por cima do “Peter-Café Sport”, e propriedade dos herdeiros do Sr. José Azevedo (Peter), reúne uma vasta colecção de peças dos mais conceituados artesãos. A Ponta dos Capelinhos, local onde se deu a erupção vulcânica de 1957. A Exposição do Vulcão dos Capelinhos – fotografias da época que registaram as diversas fases da erupção vulcânica, estão aqui expostas. O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos - tem carácter informativo, didáctico e cientifico. O edifício encontra-se soterrado, permitindo ao visitante desfrutar da paisagem vulcânica inóspita, provocada pela erupção de 1957/58 dos Capelinhos. O Centro tem diferentes áreas de visita: uma exposição temporária com a exibição de colecções de amostras geológicas; um auditório onde se podem visualizar filmes sobre os Açores e o Vulcão dos Capelinhos; e uma exposição interpretativa que oferece uma viagem pela história dos faróis açorianos, pela erupção do Vulcão dos Capelinhos, principais tipos de actividade vulcânica no mundo e pela formação do arquipélago dos Açores, desde o inicio até à actualidade. Esta viagem termina com a subida ao Farol, onde é possível desfrutar desta recente paisagem vulcânica, a partir de uma plateia singular. O Varadouro - Estância termal e zona balnear. O Museu Centro do Mar – No acesso ao Monte da Guia (paisagem protegida), nas instalações de uma antiga fábrica de transformação de baleias que laborou entre 1941 e 1974, este museu é um espaço destinado a exposições dinâmicas sobre termos relacionados com o mar. A Câmara Municipal da Horta, tem disponíveis equipamentos áudio, que lhe podem proporcionar informação detalhada em Português e Inglês sobre os locais importantes a visitar, nos seguintes circuitos: circuito de arquitectura, circuito de cabos submarinos, circuito de Dabney, circuito industrial e comercial, circuito dos jardins, circuito militar, circuito nocturno, circuito do povoamento e circuito religioso. Efectuando estes circuitos e utilizando este equipamento, ficarão a saber mais sobre a história e cultura desta ilha. O equipamento está disponível no quiosque de Informação Turística.




7.6 S. MIGUEL

A São Miguel, foi dado o nome de Ilha Verde. Conjuntamente com Santa Maria, formam o Grupo Oriental do Arquipélago dos Açores. A sua superfície é de 759,41 Km2, o comprimento é de 65Km e a largura de 14 Km. Em meados do século XIV já existiam cartas geográficas que indicavam a sua existência. No entanto, supõe-se que tenha sido descoberta entre 1426 e 1439. Sabe-se, que em 1439 teve início o seu povoamento, efectuado por portugueses oriundos da Estremadura, Algarve, Alto Alentejo e alguns estrangeiros principalmente oriundos de França.

Não percam: As Sete Cidades, com as suas duas lagoas (a azul e a verde) no interior de uma caldeira com 12 Km de perímetro. O Pico do Carvão, com vista para o centro da ilha e mar, tendo nas suas redondezas diversas lagoas das quais se destacamos pela sua dimensão a Lagoa do Canário, a Lagoa Rasa e a Lagoa do Carvão. O Miradouro do Escalvado, situado na Ponta do Escalvado com vista para a freguesia de Mosteiros e onde podem observar um magnífico pôr-do-sol. As Caldeiras da Ribeira Grande, pequeno grupo de fumarolas, próximo do acesso ao Vale das Lombadas onde fica a nascente de água mineral com o mesmo nome. A Praia dos Moinhos na freguesia de Porto Formoso com um óptimo areal. A Praia Areal de Santa Bárbara, talvez o mais extenso areal da região, local muito procurado pelos praticantes de surf. Na Gorreana e Porto Formoso, podem observar a cultura do chá e fazer uma visita às respectivas fábricas. A Lagoa do Fogo, no interior da cratera de um vulcão extinto, inserida numa reserva natural. A Caldeira Velha, situada na estrada e meia encosta da Lagoa do Fogo, onde se pode tomar banho num pequeno lago de água quente. O Ilhéu de Vila Franca, reserva natural, possui no seu interior uma piscina natural. Podem, visitá-lo de Junho a Setembro, havendo ligaçőes de barco a partir de cais Tagarete em Vila Franca do Campo. Próximo desta vila, a Lagoa do Congro, merece uma visita. A Reserva do Pinhal da Paz, onde as azáleas em flor proporcionam um espectáculo deslumbrante. O Vale das Furnas, com as suas fumarolas (caldeiras), de água quente, lamas e águas medicinais, é atravessado por duas ribeiras, sendo uma delas de água quente. Possui mais de vinte nascentes termais o que a torna uma das maiores hidrópoles do mundo. Junto à Lagoa das Furnas, visitem a Ermida de Nossa Senhora das Vitórias e a zona onde se confecciona o "cozido nas caldeiras", aproveitando o calor da terra. Entre as 12 e as 15 horas, é provável que assista ao "desterrar" do cozido. O Parque Terra Nostra no centro da freguesia possui uma variedade de árvores e plantas exóticas, assim como uma piscina de água quente. O Pico do Ferro, de onde se tem vista única sobre o vale das Furnas. O Salto do Cavalo, local de onde se pode admirar não só o Vale das Furnas, mas também a Vila da Povoação. A Ribeira Quente, freguesia piscatória, com uma óptima praia, (Praia do Fogo) e uma estrada de acesso onde se pode observar a ribeira e diversas quedas de água. O Nordeste, em toda esta zona da ilha podem admirar uma sucessão de montanhas, desfiladeiros, ribeiras e miradouros. Destaca-se o Pico da Vara com 1.105m (o ponto mais alto da ilha), a Serra da Tronqueira, os miradouros do Salto da Farinha, do Pico Bartolomeu, da Ponta do Arnel e da Ponta da Madrugada (local ideal para observar o nascer sol), existem diversos parques florestais, um parque de campismo na foz da Ribeira do Guilherme, façam ainda uma visita ao porto de pescas e à praia do Lombo Gordo. As Estufas de Ananases, na Fajã de Baixo, Lagoa e Vila Franca do Campo, onde se produzem os afamados ananases de São Miguel. O Jardim António Borges e o Jardim Botânico José do Canto, onde se encontram espécies vegetais raras. O Museu Carlos Machado, onde as colecções de pintura, azulejaria, porcelanas, história natural, são algumas das maravilhas ali reunidas. O Convento da Esperança, local onde pode admirar a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres.





7.7 ILHA DE SANTA MARIA

Conjuntamente com S. Miguel forma o Grupo Oriental do Arquipélago dos Açores. Dista 102 Km de S. Miguel. É a ilha que mais a sul e também a mais próxima do continente português. A sua superfície é de aproximadamente 97,5 Km2, o comprimento máximo é de 18 Km e a largura de 10 Km. Embora sem certeza absoluta, é apontada como tendo sido a primeira ilha a ser descoberta entre 1427 e 1432. O seu povoamento, efectuado por portugueses, oriundos maioritariamente do Algarve, começou na costa norte, mais propriamente, na Praia de Lobos, junto à povoação dos Anjos, local onde posteriormente, Cristóvão Colombo desembarcou quando regressou da primeira viagem à América.

Visitem: O Pico Alto, com cerca de 590 m de altitude que é o ponto mais alto da ilha. Daí podemos ter uma panorâmica de toda a ilha. S. Lourenço, estância balnear com praia e piscinas naturais, situada no fundo de uma maravilhosa encosta, onde abundam as vinhas que produzem o afamado vinho de S. Lourenço. A Maia, pequena povoação situada entre a falésia e o mar, com óptima piscina natural. O Farol da Maia, além do atractivo que constitui a visita a um farol, este local constitui um excelente miradouro com vista deslumbrante. A Praia Formosa, magnífica praia de areia clara, com temperatura de água convidativa a um banho relaxante. Os Anjos, povoação à beira mar, pequeno porto de pesca e piscina natural. Visitem a capela onde Cristovão Colombo mandou celebrar missa no regresso da sua viagem à América. O Forte de S. Brás, construção de séc. XVI, com a Capela de Nossa Senhora da Conceição, local a merece a visita. O Museu Etnográfico, com excelentes trabalhos representativos do artesanato local.





7.8 FLORES

A ilha das Flores, é o extremo mais ocidental da Europa. Conjuntamente com o Corvo constitui o Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores. Tem 143Km2 de superfície, 17 Km de comprimento e 12,5Km de largura. Calcula-se que a sua descoberta a povoamento tenha ocorrido entre 1450 e 1452, pelo navegador Diogo de Teive. No entanto devido ao seu isolamento foi abandonado e retomado em 1504, com colonos vindos da Terceira e da Madeira. Inicialmente, foi denominada Ilha de S. Tomás, mais tarde por volta de 1475, devido à grande abundância de flores, adquiriu a actual designação.

Devido à sua dimensão não é difícil, percorrer toda a ilha. No entanto, há locais que não podem deixar de visitar: A Rocha dos Bordões, a solidificação da lava criou estrias verticais, formando um morro com altura significativa, dando origem a um belo monumento geológico. O Morro Alto, ponto mais elevado da Ilha, com 914 metros, proporciona uma vista panorâmica sobre lagoas e vales verdejantes, onde correm pequenas ribeiras, e sobre as localidades de Ponta Delgada, Fajã Grande e Fajãzinha. A não perder também o Pico dos Sete Pés, o Pico da Marcela e o Pico da Burrinha. Na zona central da ilha, as Sete Lagoas, Lagoa Funda, Branca, Seca, Rasa, Comprida, Lomba e Funda das Lajes, constituem locais de rara beleza. As Cascatas, sendo a da Ribeira Grande a mais alta, existem entre a Fajãzinha e a Ponta da Fajã perto de vinte quedas de água. Trata-se de uma zona extremamente interessante. Pedras do Frade e da Freira, pedras que devido à erosão tomaram formas que nos fazem lembrar uma freira e um frade. Ali perto existe a Gruta do Galo, assim denominada, porque num rochedo parece estar esculpido o perfil de um galo. Esta gruta, tem interessantes formações geológicas, nomeadamente, a entrada que nos faz lembrar uma catedral. O Ilhéu de Monchique, é o ponto mais ocidental da Europa. A Gruta dos Enxaréus, situada à beira mar entre Santa Cruz e Caveira tem aproximadamente 50 metros de comprimento e 25 de largura. A Falésia da Rocha Alta, proporciona uma vista sobre o mar numa zona de muitos pequenos ilhéus. A Baía da Alagoa, ilhéus e baixios povoam esta bela baía.





7.9 CORVO

Conjuntamente com a ilha das Flores, que está apenas a 27, 8 Km de distância, forma o Grupo Ocidental. Com aproximadamente 17,5Km2, é a mais pequena do Arquipélago. Insula Corvi foi a sua primeira designação. Foi descoberta por volta de 1452 e povoada depois de 1548.

Visitem: O Monte Grosso, ponto mais elevado da Ilha com 770 metros. O Caldeirão e lagoa onde emergem pequenas ilhas, cuja configuração se assemelha à do Arquipélago dos Açores. O Pão de Açúcar, miradouro cuja vista panorâmica é digna de registo. A Vila Nova do Corvo, com as suas típicas casas, com a simplicidade dos usos e costumes das suas gentes.




Como não cabia aqui tudo vejam mais sobre Portugal em Portugal (Parte II).

Links úteis: www.visitportugal.com


1 comment:

Andrés said...

Hola Patricia

Como estoy preparando para fin de año una ruta por Portugal, me va muy bien ver tus fotos de las Posadas. ¡Una imagen vale más que mil palabras!. Estoy buscando zonas con encanto. Recorreremos primero El Camino de Santiago y entraremos a Portugal por el Norte desde el río Miño. Nos puedes recomendar zonas que nos impacten (naturaleza, pueblos aislados, zonas costeras, etc,etc).

Por cierto, ¿podrías decirme la autora del mp3 que tienes en el blog, Lume, me encanta.

Gracias. Muchos "besiños"
Andrés, un guerrero de Xi-an
By Andrés on 2008 Era uma vez na ÁSIA Este Verão passei dois m... on 10/27/08