SUIÇA

A Suíça, em alemão: Die Schweiz; em suíço-alemão: Schwyz ou Schwiiz; em francês: Suisse; em italiano: Svizzera; em romanche: Svizra, é uma república federal composta por 26 estados, chamados de cantões, com Berna como a sede das autoridades federais. O país está situado na Europa Central, onde faz fronteira com a Alemanha a Norte, a França a Oeste, a Itália a Sul e com a Áustria e Liechtenstein a Leste.

A Suíça é um país sem costa marítima cujo território é dividido geograficamente entre o Jura, o Planalto Suíço e os Alpes, somando uma área de 41.285 km².

A história da Suíça começa antes do Império Romano: em 500 a.C. com a tribo celta dos Helvécios. Mais tarde os Romanos controlaram o território suíço até cerca 400 d.C. Depois da queda do Império Romano, o território foi invadido por tribos germânicas que no século VIII entraram na coligação dos Francos de Carlos Magno. O território suíço passou então às mãos de Lotário I que depois formou um reino independente até 1033, quando integrou de novo o Sacro Império Romano Germânico ( ou do ocidente).

Em 1291 dá-se o início da Confederação Helvética, em latim Confœderatio Helvetica (as diferentes línguas faladas no país obrigaram a criar um nome único em latim, língua maioritariamente falada na Europa naquela época). Tudo começou com uma estrada chamada St. Gotthard e três pequenos vales no centro do território suíço - Waldstätte - que ficaram esquecidos pelos duques e reis. A estrada de St. Gotthard servia as populações que viviam nas planícies e nas montanhas, unindo-as.

Já enquanto confederação a Suíça atravessa um longo período de revoluções, guerra e invasões contra o regime, devido à corrupção das casas ricas e desigualdade entre os cidadãos.

Em 1798, cerca de 121 representantes de vários cantões juntaram-se para proclamar a República Helvética e confirmar uma nova constituição (sob a França de Napoleão ficaram 4 cantões). A nova constituição promulgada era muito semelhante à francesa, a tradição federalista da Antiga Confederação de 1291 fora eliminada. A República viria a cair em 1802 com uma guerra civil entre os republicanos e apoiantes do antigo regime. Em 1803 criou-se um acto de mediação entre várias partes a ser respeitado pelos cidadãos mas após Napoleão ter perdido contra a Rússia e na Batalha de Waterloo em 1815, a Suíça regressou a um sistema federal semelhante ao dos EUA. A Suíça passou a ter 22 cantões com as fronteiras iguais às da actualidade.

O país desenvolveu-se no sector da indústria. A Suíça foi um dos primeiros países a implementar este ramo na sua economia e viria a crescer sobretudo depois da Revolução Industrial de 1850. Além disso apesar do país ter sido rodeado por várias potências em guerra (a França, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e Itália), a Suíça nunca foi invadida em nenhuma das duas Grandes Guerras. Apesar da Confederação Helvética ser um Estado-membro da Associação Europeia de Livre Comércio mas não é membro do Espaço Económico Europeu. Em 1992, a Suíça pediu a adesão à União Europeia, mas foi banida, devido aos resultados do referendo interno que reflectiu a não aprovação por grande parte da população helvética. Vários referendos foram-se realizando e devido às opiniões da população, as negociações com a União Europeia foram congeladas no entanto, as leis suíças estão gradualmente a adaptar-se às normas da UE e o Governo Federal assinou vários acordos bilaterais com o bloco económico.

A Confederação Suíça tem uma longa história de neutralidade, não estando em estado de guerra internacionalmente desde 1815. O país é sede de muitas organizações internacionais como o Fórum Económico Mundial, a Cruz Vermelha, a Organização Mundial do Comércio e do segundo maior Escritório das Nações Unidas. A nível europeu, foi um dos fundadores da Associação Europeia de Comércio Livre e é parte integrante do Acordo de Schengen. Em termos desportivos, o COI, a FIFA e a UEFA têm as suas sedes localizadas no território suíço.

A Suíça por ser constituída por quatro principais regiões linguísticas e culturais: Alemã, Francesa, Italiana e Romanche, não forma uma nação no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. O forte sentimento de pertencer ao país é fundado sobre o histórico comum, valores compartilhados (federalismo, democracia directa e neutralidade) e pelo simbolismo Alpino.

A população suíça é de aproximadamente 7,8 milhões de habitantes e concentra-se principalmente no planalto, onde estão localizadas as maiores cidades do país. Entre elas estão as duas cidades globais e centros económicos de Zurique e Genebra.


1. INTERLAKEN (Cantão de Berna)

Interlaken é um município no cantão de Berna e é um destino turístico importante na região. A cidade é deliciosa e está localizado entre o Lago Brienz a leste e o Lago Thun a oeste na área denominada Bodeli. A cidade tem o nome da sua posição geográfica entre os lagos que são ligados pelo rio Aare que flui através da cidade.




A cidade é uma base para explorar as bonitas áreas circundantes. Uma das principais atracções é o Jungfrau (4.158 m). Interlaken e a região circundante são, em geral, locais muito agradáveis para praticar actividades de outdoor como treckking, pára-quedismo, canoagem, asa delta, parapente e esqui.





2. LUCERNE (Cantão de Lucerne)


É uma bonita cidade no centro-norte da Suíça, na parte de língua alemã do país. 

Devido à sua localização na margem do Lago Altdorf (der Vierwaldstättersee) e ao cenário circundante com bonitas vistas para Monte Pilatus e Rigi nos Alpes suíços, Lucerne tem sido um destino de eleição para os turistas. 

Um dos marcos famosos da cidade é a Ponte da Capela (Kapellbrücke), uma primeira ponte de madeira erguida no século XIV.




Diz a lenda que foi em Lucerne que Guillerme Tell em 1307/8 se tornou um herói nacional  representado inclusivé actualmente nas moedas suíças de cinco francos. Porém, muitos historiadores acreditam que não passa de uma figura heróica... A lenda conta que Guilherme de Bürglen era conhecido como um especialista no manejo da besta. Na altura um governador austríaco tirano, pendurou num poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos que por lá passassem teriam de fazer uma vénia como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador fossem cumpridas. Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Prenderam-no imediatamente e levaram-no à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a besta a uma maçã na cabeça do filho. Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. A população amontoava-se na expectativa de assistir ao castigo. O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que levaria a população a aplaudir os dotes do corajoso arqueiro. Não obstante, Guilherme trazia uma segunda seta. Guilherme disse a Gessler que seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o seu filho. Indignado, Gessler mandou o rebelde para a prisão alegando que dignaria a sua promessa deixando-o viver. Guilherme foi levado acorrentado num barco mas deu-se uma tempestade. Os que lá viajavam, assustados, gritaram: "Só Guilherme Tell nos pode salvar!". Gessler libertou Tell, que conduziu barco em segurança. Quando amarrou, Tell tirou uma lança a um soldado, saltou do barco e fugiu. Gessler conseguiu sobreviver à tempestade e chegou ao castelo de Küsnacht nessa mesma noite. Assim que Gessler apareceu, Tell matou-o com uma seta da sua besta, libertando o país da tirania do governador.


Um postal que trouxe de Lucerne, em alemão, lingua falada na região, escreve-se Luzern...



3. GENEVE

Genebra (em francês: Genève) é a segunda cidade mais populosa da Suíça (após Zurique) e a cidade mais populosa da Romandia, a parte francófona da Suíça. 

Genebra é uma cidade global, um centro financeiro, e um centro mundial para a diplomacia com numerosas organizações internacionais com sede na cidade. Genebra tem sido descrito como o 3º centro financeiro europeu depois de Londres e Zurique e é considerada uma das cidades mais caras do mundo. Foi aqui que as Convenções de Genebra foram assinadas e é referida como a "Capital da Paz”.

O famoso Lago de Genebra é a peça central da cidade e oferece infinitas possibilidades de lazer durante todo o ano. O Jet d'Eau jorrando 140 metros para o ar é mais alto do mundo e simboliza o património de Genebra como um líder no campo da energia hidráulica. Os Promenades ao longo das margens esquerda e direita do lago estão repletos de cafés, parques, mercados de rua e outras diversões desde cruzeiros no lago a esqui aquático. O Bains des Paquis, na margem ocidental tem sido um lugar favorito do público desde a sua abertura em 1932 e continua a atrair visitantes e moradores locais que se reunem para a sua saunas e zonas balneares para verem e serem vistos ao longo do cais ensolarado de cimento. Dominando a margem oriental, o gigante Relógio das Flores no Jardim Inglês é um tributo a esta indústria, harmonizando a engenhosidade suíça com as bênçãos da natureza. O mostrador é composto por cerca de 6.500 flores e são colocados novos arranjos várias vezes por ano.

A Cidade Velha é um labirinto de ruas e becos inclinados cheios de cafés, boutiques e monumentos históricos. O Bourg-de-Four, um mercado romano antigo, é a praça pública mais antiga de Genebra, e continua a ser um centro de vida cercado por “bistros”, esplanadas, bares e outros pontos de encontro. O Hotel de Ville do séc. XV ainda serve como a sede do governo em Genebra, e é o local de acontecimentos políticos importantes como a primeira convocação da Convenção de Genebra em 1864 e a fundação da Liga das Nações, em 1920. Do outro lado da rua, o Velho Arsenal tem um mosaico de 1949 por Alexandre Cingria retratando a chegada de César à cidade em 58 a.C. Finalmente, o Promenade Treille, no lado sul da Cidade Velha, foi um posto de artilharia que hoje oferece bonitas vistas sobre a cidade.

Elevando-se sobre a Cidade Velha, no coração da cidade, a Catedral de São Pedro é o tesouro mais antigo e mais impressionante de arquitectura de Genebra. A catedral foi iniciada em 1160 e levou mais de 400 anos para ser concluída, sofrendo inúmeras reformas e incêndios ao longo dos anos. A torre norte oferece vistas panorâmicas incríveis sobre a cidade, enquanto a cave abriga um Museu Arqueológico com artefactos, alguns de 350 dC.





Construída em 1886, a Batiment Des Forces Motrices foi a primeira central hidroeléctrica que veio dotar a cidade com água e electricidade. Hoje, o edifício enorme serve como uma casa de ópera com vista para o rio Rhone.


A Igreja Russa com as suas cúpulas e flamejantes torres, oferece um contraste singular com a arquitectura predominantemente francesa e medieval que domina o resto da cidade. A igreja foi concluída em 1866 por expatriados russos que vivem em Genebra com financiamento da cunhada do czar Alexandre I. O exterior e interior de estilo bizantino, cheios de ícones ortodoxos, são um de inspirador deleite.

A Reformation Wall localizada no bonito Parque Bastions, comemora os principais acontecimentos e figuras da Reforma Protestante. Estátuas enormes de Guillaume Farel, Jean Calvin, de Théodore Bèze e Knox John, dominam a parte central da parede de 100 metros guardando eternamente a sua "City of Refuge".

Delimitada pelo Conservatório de Música, o Grand Opera Theater, o Museu Rath e o próximo Victory Concert Hall, a Place Neuve representa o auge da alta cultura em Genebra. A estátua do general suiço Henri Dufour fica no centro da praça reforçando o ar de sofisticação do local. Bons cafés e restaurantes também estão à disposição para atender às multidões que vão assistir aos espectáculos.




Aqui quem quiser pode visitar a sede europeia das Nações Unidas. O imenso complexo só é acessível através de visita guiada, oferecendo uma visão única sobre o funcionamento interno do corpo mais importantes do mundo internacional.

Os Edifícios Schtrumpfs , nomeado após a palavra francesa para a Estrunfes, são um marco da arquitectura moderna localizado no bairro de Les Grottes. O complexo de apartamentos foi projetado por três arquitectos determinados a criar os edifícios menos convencionais possíveis. O resultado é uma amálgama de cores e estilos tipo Gaudí que só vistos…

Genebra é uma muito verde da Europa com mais de 20 parques no centro da cidade…




Apesar de sua reputação como “zona luz-vermelha” não oficial, o Paquis na margem direita é na verdade o bairro mais diverso e colorido de Genebra. A área está repleta de restaurantes étnicos e numerosas e interessantes lojas, bares e discotecas.

 A cidade vizinha de Carouge é uma aldeia de estilo mediterrânico inspirada na cidade de Nice em França. A antiga comercial é hoje comumente referido como a "Greenwich Village de Genebra" pelas suas muitas lojas e estúdios, onde artesãos e artífices de todos os géneros podem ser observado exercer o seu ofício. A vibração boémia continua na noite nas muitas casas de jazz e nocturnas.

 Olhar sobre a cidade desde o Monte Saleve que fica a apenas 5 km do centro da cidade é um programa a não perder. Um teleférico oferece um acesso rápido ao pico 1.380 metros acima do nível do mar, onde as vistas com os Alpes e as Montanhas Jura ao fundo, são de tirar o fôlego.


2 comments:

Patricia de Almeida Ferreira said...

Olá bom dia,
Caso tenham algo de concreto ou útil para acrescentar ao post ou queiram alertar para algum erro especifico ou para falarem comigo por favor utilizem o e-mail que aparece em "view my complete profile" e que é: paf@netvisao.pt. Terei todo o gosto em verificar as vossas informações e melhorar/corrigir o post com os vossos inputs (indicando-vos como fonte) e agradeço em meu nome de todos os leitores, as melhorias/correcções que possam trazer. Patricia

Daniespetaculo said...

Linda linda Suissa onde eu moro :-))