INGLATERRA

A Inglaterra é uma das nações constituintes do Reino Unido. Sendo as restantes: a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales.

Historicamente dominante, ocupa a metade sul da ilha da Grã-Bretanha, à excepção de uma área a oeste, correspondente ao País de Gales (Wales). Limita a Norte com a Escócia, a Leste com o mar do Norte, a Sul com o canal da Mancha e a Oeste com o oceano Atlântico, Gales e o mar da Irlanda. 


A área que é agora chamada de Inglaterra foi ocupada por povos de várias culturas por cerca de 35 mil anos, mas o seu nome deriva dos Anglos, uma das tribos germânicas que ali se instalaram entre o séculos V e VI. A Inglaterra tornou-se um Estado unificado em 927 d.C., e desde a época dos Descobrimentos teve um impacto cultural e jurídico significativo em todo o mundo. A Revolução Industrial teve origem na Inglaterra no século XVIII, transformando-a no primeiro país industrializado, e a Royal Society lançou as bases da ciência experimental moderna.

O Reino da Inglaterra, que depois de 1284 já incluía Gales, foi um Estado soberano até 1707, quando formalizou uma união política com o Reino da Escócia para criar o Reino Unido da Grã-Bretanha. Em 1800, a Grã-Bretanha uniu-se com a Irlanda tornando-se o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. Em 1922 o Estado Livre Irlandês foi estabelecido como um domínio separado; posteriormente, a Irlanda do Norte foi incorporada ao Reino Unido, criando o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte.


1. LONDRES


Londres é a capital da Inglaterra e do Reino Unido e a maior zona urbana da União Europeia. Localizada nas margens do rio Tamisa, a sua história remonta a sua fundação pelos romanos, que a chamaram de Londinium.

Londres é uma cidade líder global tendo uma grande variedade de povos, culturas e religiões e mais de 300 línguas faladas dentro de seus limites. Com grande importância nas artes, comércio, educação, entretenimento, moda, finanças, saúde, média, etc, é juntamente com Nova Iorque o maior centro financeiro e é a cidade da Europa com o maior PIB. Tem mais visitantes internacionais que outra qualquer outra cidade do mundo e as 43 universidades de Londres, formam a maior concentração de instituições de ensino superior na Europa.




Já estive várias vezes em Inglaterra e por isso não vou falar de viagem nenhuma em especial... Deixo contudo um beijinho à Catarina e ao Filipe que me receberam nas suas casas em duas das vezes que fiquei em Londres e com os quais fiz uns programas engraçados.





Vou tentar fazer um apanhado dos locais a visitar… 

O edifício das Casas do Parlamento, sede de duas casas parlamentares da Grã-Bretanha, foi construído em 1870. O enorme edifício é também conhecido pela torre do icónico  do Relógio do Palácio de Westminster, o  Big Ben. O Big Ben, é um dos marcos mais famosos de Londres. Na época, em que a torre foi construída em 1858 seu relógio era o maior do mundo. A meu ver a vista mais bonita é do outro lado do rio. Vale a pena atravessar a Ponte de Westminster e seguir junto ao rio regressando ao centro pela ponte seguinte e pelos jardins Victoria Tower Gardens




A construção da Westminster Abbey começou em 1050 e durou oito séculos.

O primeiro lugar de culto no local onde hoje se encontra a Abadia de Westminster foi fundado no ano 616 após um pescador do Rio Tamisater tido uma visão de São Pedro. Na década de 970, São Dunstan da Cantuária fundou no local uma comunidade de Monges Beneditinos mas só entre os anos de 1045 e 1050 é que foi construída a abadia em pedra pelo Rei Eduardo, o Confessor, que aqui foi enterrado após a sua morte. A abadia foi consagrada em 28 de dezembro de 1065.




O Rei Henrique III modificou a Abadia, adoptando um estilo gótico anglo-francês. Em 1534, Henrique VIII aprova o Acto de Supremacia pelo qual separa a Igreja de Inglaterra da Igreja Católica e entre 1538 e 1541 levou a cabo a Supressão dos Mosteiros em Inglaterra, Gales e Irlanda, confiscando as suas propriedades. Em 1540 deu à Abadia o estatuto de catedral, estabelecendo a diocese de Westminster. Durante o Reinado da Católica Maria I, a Abadia foi devolvida aos Beneditinos que voltaram a ser expulsos durante o reinado de Isabel I. Esta transformou-a na Colegiada de São Pedro, directamente dependente da Coroa e não do Bispado. Até ao século XIX a Abadia era o terceiro estabelecimento de ensino superior em Inglaterra, após Oxford e Cambridge. Nesta Abadia foi concretizada a tradução de parte da Bíblia do Rei James.

Ao longo dos séculos tem tido um papel relevante na história da Inglaterra e do Reino Unido, como palco de inúmeras coroações e casamentos reais. Muitos monarcas britânicos e membros da família real estão sepultados na Abadia.

Aqui estão sepultados os corpos do famoso físico inglês Sir Isaac Newton e do escritor e naturalista britânico, autor da Teoria de Selecção Natural, Charles Darwin.

Só visitei o interior na "quinhentésima" vez que estive em Londres, acho que desde que haja tempo, é interessante.




A famosa Torre de Londres foi construída no final do século 11 por William o Conquistador. 




É um edifício impressionante e o contraste com os edifícios circundantes interessante…




A fortaleza abriga uma famosa colecção de jóias fabulosas, incluindo a Coroa Imperial.




Ao lado da Torre de Londres têm a Tower Bridge de Londres é uma das pontes mais reconhecidas no mundo.




Apesar de ter sido detestada por muitos, quando foi construída em 1894, logo se tornou um dos mais famosos marcos de Londres. Eu acho-a bem bonita…




Piccadilly Circus é uma das mais movimentadas praças de Londres é impressionantemente pequena comparando com a fama que têm e distingue-se pelos seus grandes écrans outdoor iluminados e pela estátua de Eros. Acho particularmente bonita e impactante quando se chega à praça pela Regent St. 

Leicester Square é uma das praças mais animadas de Londres, situada no coração do bairro londrino de entretenimento. A abundância de teatros dá a área a alcunha de Theatreland. Aqui podem assistir a alguns dos Musicais mais famosos do mundo. 

Trafalgar Square, a maior praça em Londres, tira o seu nome da Batalha de Trafalgar, onde a frota Inglesa derrotou os franceses. A coluna no centro da praça homenageia o almirante Nelson que foi fatalmente ferido durante a batalha. 

O Admiralty Arch construído em 1911 por Aston Webb serve como um buffer entre a majestosa e lotada Trafalgar Square e a imponente avenida que se dirige ao Palácio de Buckingham. 




Um dos edifícios mais marcantes da Trafalgar Square é a National Gallery, um edifício neo-clássico impressionante e um dos museus mais importantes de Londres, com uma colecção de pinturas que abrangem o período entre os séc. XIII e XIX. Vale muito a pena se quiserem ver quadros famosos dos mais importantes pintores do mundo. 

Não muito longe entre a Trafalgar e a Leicester Square fica a National Portrait Gallery que engloba milhares de retratos em pinturas e fotografias, foi criada em 1856 com uma colecção de pinturas dos heróis britânicos que deveria inspirar as pessoas comuns. 

Para quem goste de arte, o Tate Modern tem uma das mais importantes colecções mundiais de arte moderna. O edifício de tijolo maciço está localizado na margem sul do rio Tamisa.




Pode ir-se para o Tate partindo da praça da majestosa Catedral de St. Paul construída entre 1675 e 1711 por Christopher Wren que projectou a segunda maior cúpula do mundo que só foi eclipsada pela Basílica de São Pedro em Roma. Basta atravessar a Millennium Bridge, construída em 2000. Esta a ponte pedonal, que vale a pena transpor, liga a Catedral de St. Paul à galeria Tate Modern.




Se visitarem a Catedral, vale a pena subirem à Cúpula...




E pelo caminho podem apreciar a vista 360º...




Toda a zona do South Bank é muito bonita, vale muito a pena passear ao longo do Tamisa, desde a Tower Bridge até Westminster... Se apreciam comida, aproveitem para passar no Borough Market...



Basta seguirem ao longo do rio em direcção ao centro, a vista é bem bonita…




Nesse percurso vão passar pela London Eye, uma roda gigante que desde a sua inauguração em 2000, oferece 30 minutos de “voo” com excelentes vistas panorâmicas sobre Londres.



A London Eye a meu ver está um pouco "overrated" mas de qualquer forma tornou-se um must para quem visita Londres...




Continuando pelas margens do Tamisa chegam ao County Hall usado por muito tempo como a casa do Greater London Council. Na década de 1990 o edifício foi privatizado e se tornou-se o lar do Aquário de Londres. Este aquário é um dos maiores da Europa, com uma colecção especialmente impressionante de tubarões.




Como já referi atrás, num dos passeios que façam, não atravessem logo a ponte de Westmister em direcção ao Big Ben, vale a pena andarem um pouco mais... passem à frente das Houses of Parliment e depois então atravessem a ponte seguinte, a Lambeth e regressem ao Big Ben pelos jardins de Westminster... Na fotografia em baixo (tirada por mim!!) estão a minha irmã, cunhado e sobrinhos, foi giro, apesar de pouco ser novo para mim, foi muito giro visitar Londres na companhia deles!




Um outro lugar que merece uma visita é Covent Garden, esta praça velha costumava ser a casa do maior mercado de frutos e legumes na Inglaterra, mas agora é um centro comercial muito popular, com área de refeições e entretenimento. Curiosamente da última vez que lá passei estava um casal a cantar opera ao vivo, muito bom… Aqui perto do mercado de Covent Garden também se encontra a Royal Opera House. Construida em 1858, é a terceira ópera nesse local, após as duas primeiras terem ardido. Quando abriu o edifício foi elogiado pela sua fachada espectacular. 

Estando na zona de Convent Garden vale atravessar a Tottenham Court Road em direcção ao Soho. O Soho é uma área da cidade há muito estabelecida como uma zona de entretenimento, tinha uma reputação de sex shops, bem como vida nocturna e indústria cinematográfica mas desde o início de 1980, passou por uma transformação considerável e é agora predominantemente um bairro elegante de restaurantes de luxo e escritórios de média, com apenas um pequeno remanescente de sex shops.



O Soho faz ligação com uma das minhas ruas preferidas de Londres a Regent St, de que já falei acima, e um pouco mais adiante com toda a zona de Picadilly Street e Circus. Também na mesma zona há a Liberty. Esta famosa departament store de Londres, fundada originalmente em 1875, está situada num edifício magnífico estilo neo-Tudor, construído como um armazém em 1924.




Na City, o centro financeiro de Londres podemos ver vários arranha-céus interessantes, bem como a Catedral de St. Paul de que já falei há pouco. Dois dos edifícios mais marcantes são: o Gherkin (cornichon), oficialmente conhecido pelo seu endereço rua St. Mary Axe, 30, é um arranha-céus que se distingue imediatamente, construído em 2004 no centro financeiro de Londres. O prédio recebeu vários prémios por seu design único; e o Edifício Lloyd, quando o projecto desta torre de escritórios futurista foi apresentado em 1978, causou uma grande celeuma, mas hoje o Lloyd é considerado um dos primeiros edifícios modernos realmente inovadores em Londres. Ali próximo fica também o Mercado Leadenhall, uma galeria comercial coberta de vidro, criada no século XIX num design vitoriano. Originalmente era um mercado de alimentos, hoje encontram-se aqui várias de lojas e restaurantes. 




Notting Hill é uma área em Londres, perto do canto noroeste dos Kensington Gardens, no Royal Borough de Kensington e Chelsea. Tem reputação de ser uma área nobre, elegante e contemporânea, é conhecida pelos terraços atraentes de grandes casas vitorianas, e lojas e restaurantes de luxo (especialmente em na zona de Westbourne Grove e Clarendon Cross). Um artigo de jornal Daily Telegraph, em 2004, usou a frase de "Notting Hill Set 'para se referir a um grupo de jovens políticos conservadores, como o líder David Cameron e George Osborne, o Chanceler do Tesouro. No entanto, as grandes casas também forneceram ocupação multi-rendas, atraindo imigrantes caribenhos na década de 1950 que eventualmente entraram em confronto com os meninos brancos Teddy em 1958 gerando motins raciais em Notting Hill. 




É um bairro cosmopolita conhecido como o local do anual Notting Hill Carnival, por ter sido o cenário para o filme Notting Hill, com Julia Roberts e Hugh Grant, e por ser a casa do Mercado de Portobello Road. 






Notting Hill está associado aos artistas e à cultura"alternativa". 





Um dos parques mais famosos do mundo, Hyde Park é um grande pulmão verde no centro de Londres. Abriu pela primeira vez ao público em 1627. O parque dispõe de muitos espaços abertos e um grande lago. Na Hyde Park Corner, localizada na ponta sudeste de Hyde Park encontra-se uma colecção de estátuas, monumentos e memoriais. A Apsley House, a casa do primeiro Duque de Wellington, também está nesse local. Também aqui podem ver o Albert Memorial. Este Memorial foi encomendado pela Rainha Vitória como um tributo ao seu consorte falecido, o príncipe Albert. O monumento foi concluído em 1876, 15 anos após a morte do príncipe Albert com 41 anos. 

Em frente ao Hyde Park e se se quiserem dirigir ao Buckingham Palace sigam pela Constitutional Hill através do Green Park depois de passarem pelo Wellington Arch. Este arco triunfal comemora o Duque de vitória de Wellington sobre Napoleão em Waterloo. O arco foi construído em 1830 ao sul de Hyde Park.




O Palácio de Buckingham, usado como residência oficial da Rainha é o mais famoso de todos os palácios, em Londres. À Frente do Palácio está o Queen Victoria Memorial. Datado de 1911, homenageia a rainha Vitória, que reinou o Império Britânico por mais de 60 anos. 




Se quiserem continuar na direcção de Westminster atravessem o Parque de St. James. O parque real mais antigo de Londres foi criado no século XVI pelo rei Henry VIII, quando construiu o Palace St. James nas proximidades. Esse palácio de tijolos foi construído entre 1531 e 1536 tornou-se a residência principal real em 1702, quando Whitehall Palace foi destruído pelo fogo e Queen Anne se mudou para St. James. 



Portanto um passeio que vale a pena é atravessar o Hyde Park, seguir pelo Green Park, passar pelo Buckingham Palace e continuar pelo St. James Park, passando por House Guards em direcção a Whitehall, passando pela famosa Downing Street, onde no nº 10 fica a residencia oficial do primeiro ministro britânico.




Mas continuando... o que não falta em Londres são bonitos parques e aqui enumero alguns deles: 

O Regents Park originalmente um terreno de caça para o rei Henry VIII, é hoje um dos maiores e mais populares parques de Londres e é onde fica o jardim zoológico de Londres. Os bonitos Kensington Gardens, no centro de Londres abrigam o Palácio Kensington e uma estátua de bronze de Peter Pan. O Kensington Palace foi originalmente construído em 1605. Viveram neste palácio vários monarcas incluindo a Rainha Victoria, que nasceu aqui. Hoje, o palácio está parcialmente aberto ao público. O Holland Park foi criado em 1952 a partir do que foi deixado do espólio de Holland House, uma grande mansão originalmente construída no século XVII, em West London. Destaca-se aqui o Kyoto Garden, um bonito jardim ao estilo japonês… Os Kew Gardens com o Royal Botanic Gardens um dos mais importantes jardins botânicos do mundo com cerca de 50.000 espécies de plantas e muitos edifícios de importância histórica como a Palm House e a Tempered House.




Ainda têm o grande Battersea Park ao sul do Tamisa inaugurado em 1858 tem como principal atracção o um pagode budista construído em 1985 e conhecido como o Templo da Paz. Perto de um dos limites do parque fica a Albert Bridge que liga Chelsea a Battersea. Esta ponte histórica em estilo vitoriano foi construída em 1872. O seu nome é em memória do príncipe Albert, príncipe consorte da Rainha Victoria. 



Londres tem museus interessantes o Museu de História Natural é um dos mais populares, situado num edifício histórico do século XIX, tem uma colecção enorme sobre a vida na Terra. 




Confesso que quando lá estive tive de tirar esta fotografia, é que confesso que os insectos me fazem arrepios e acreditem que estes expositores são impressionantes… até me fez confusão o ter de focar a imagem… ughhh 




Umas aves do melhor… e mais uns insectos… 




E uma colecção de minerais impressionante… 




Se quiserem fazer uma pausa de museus na rua do Museu de História Natural têm o famoso Harrods o mais famoso é um paraíso de compras da cidade. O seu interior luxuoso e a enorme gama de produtos impressionam qualquer um.




Se quiserem continuar têm o Museu de Ciência ao lado do Museu de História Natural, eu que gosto destas coisas encontro sempre coisas curiosas e interessantes nestes museus…Uma parte, a que dizia respeito às viagens espaciais, fez-me lembrar o Museu do Ar (acho) em Washington… 




Achei graça uma parte que mostrava algumas palavras que derivaram do árabe, um candeeireiro se bics e uma miniatura de uma fábrica, enfim tem muitas coisas interessantes mas não dá para referir ou fotografar tudo… 




Mas continuando nos museus, ainda têm por exemplo: o British Museum, o maior museu de Londres, apresenta uma das mais impressionantes colecções arqueológicas do mundo. A galerias do Parthenon e as impressionantes colecções egípcias são alguns dos destaques; o Victoria e Albert Museum é um dos museus mais interessantes de Londres tem uma grande colecção de mais de 4 milhões de peças. Fundado em 1852, foca-se principalmente em artes decorativas e design; o Imperial War Museum cobre os conflitos do século XX em que a Grã-Bretanha esteve envolvida, com ênfase nas duas Guerras Mundiais;




E o Madame Tussaud's de figuras de cera tem sido um fascínio para os visitantes desde a primeira exposição em 1835. É talvez o mais famoso nome associado com os museus de cera. Em 1935, Marie Tussaud montou sua primeira exibição permanente em Baker Street, Londres.

Confesso que apesar de ter ido várias vezes a Londres só recentemente é que visitei este museu numa viagem que fiz com os meus sobrinhos e a que se juntaram uns amigos deles que queriam muito visitar o museu. Já conhecia o de Paris de há muitos anos, era miúda, e foi interessante visitar este com outros olhos e com tantas celebridades modernas...




Marie Tussaud nasceu Anna Maria Grosholtz em 1761, em Estrasburgo, França. A sua mãe trabalhava como governanta para o Dr. Philippe Curtius, em Berna, Suíça, que era um médico especializado na modelagem de cera. Curtius ensinou Tussaud a arte da modelagem de cera. Durante a Revolução Francesa, ela modelou muitas vítimas proeminentes. Nas suas memórias, afirma que procurava entre os cadáveres dos cidadãos decapitados por cabeças  a partir das quais ela fazia máscaras de morte. Estas Máscaras de morte foram usadas como bandeiras revolucionárias e desfilaram pelas ruas de Paris. Após a morte do médico em 1794, ela herdou sua vasta colecção de modelos de cera e passou as 3 décadas seguintes viajando pela Europa. O seu casamento com François Tussaud, em 1795, deu o nome para o show: Madame Tussaud's.




Outros marcos importantes em Londres são: 

O Marble Arch, construído em 1827 pelo famoso arquitecto John Nash como o portão de entrada triunfal para o recém-expandido de Buckingham Palace. O arco mudou-se para sua actual localização em 1851. O Royal Albert Hall, um salão de entretenimento histórico foi construído em 1871 em honra do príncipe Albert. O edificio de prédio de tijolos encarnados foi renovado em 2004; A Guildhall cuja história remonta ao início do século 15, quando foi construída como a casa da Corporação de Londres, um órgão da cidade de Londres. Dentro há um número de salas de magníficas; A St Pancras Station que combina uma estação vitoriana com um atraente edifício neo-gótico. A estação é o terminal do comboio de alta velocidade Eurostar que liga Londres ao continente europeu; The Monument, foi erguido em 1671 para comemorar o Grande Incêndio de 1666, durante o qual a maioria de Londres ficou queimada até o chão. O monumento foi projectado pelo famoso arquitecto Christopher Wren; A Royal Mews guarda os estábulos coches e carros da Família Real Britânica; O Brompton Oratory, a segunda maior igreja católica romana de Londres , foi construída no século XIX para a congregação dos Oratory. Distingue-se pela sua cúpula; A Russell Square, outrora o jardim do Conde de Bedford, é uma praça com um jardim em Bloomsbury . Está alinhada com edifícios históricos, mais notavelmente impressionante o Hotel Russell; O Cumberland Terrace, um magnífico grupo de edificios neo-clássicos fez parte de um projecto de desenvolvimento que transformou uma área hoje conhecida como Regency; Os Royal Courts, o Supremo Tribunal de Inglaterra e País de Gales estão alojados num magnífico edifício vitoriano gótico. O imenso edifício foi inaugurado em 1882, pouco depois da morte do seu arquitecto. 




Westminster Cathedral, uma igreja católica romana está localizado em numa pequena praça perto da Victoria Station. A sua fachada bizantina em tijolo encarnado e branco diferencia-a principalmente das igrejas góticas de Londres. Vale a pena ir a pé desde a estação Vitoria até à Westminster Abbey para percorrer uma zona comercial e mais futurista de Londres pontilhada de pontos históricos de interesse...




Uma coisa que vale a pena fazer em Londres é um Passeio de Barco no Tamisa, há passeios mais curtos por exemplo de Westminster até à Torre de Londres e outros que vão até Greenwich… Seja qual for a opção é uma forma interessante de conhecer mais um pouco da cidade… 

Durante o passeio podem ver entre muitas outras coisas: 

A Agulha de Cleópatra, colocado nas margens do Tamisa em 1878, este obelisco com quase 3.500 anos de idade estava originalmente localizado na antiga cidade de Heliópolis, no Egito a cerca de 10 km d Cairo. Foi apresentado como um presente para a cidade em 1819…; O Globe Theatre é uma reconstrução do edifício original do teatro do século XVI que ardeu em 1613, conhecido por sua associação com Shakespeare; Outro edifício que se destaca é o City Hall. Em 2002, o prefeito de Londres mudou-se do edificio Clássico para esta estrutura moderna de vidro e aço. O edifício abriga o Greater London Authority, o governo da cidade de Londres; E o HMS Belfast, este navio foi levado em serviço pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Ela viu muita ação até que o navio se tornou desmantelada em 1963. Hoje, o navio é um museu flutuante naval. 




Se seguirem até Greenwich vão poder ver a maneira impressionante como os prédios estão construidos mesmo junto à água ...


e o constraste entre as zonas mais antigas e mais modernas da cidade como o Canary Wharf, um bairro empresarial moderno localizado na Docklands com alguns dos edifícios mais altos de Londres.



Vale mesmo a pena fazer a Viagem de barco de Londres a Greenwich...





Greenwich é um distrito da grande Londres, que já foi muito popular para a Família Real. Hoje é mais conhecido pelo Museu do Meridiano de Greenwich



É uma visita interessante de se fazer...



Acho a vista do Observatório de tirar a respiração...



Mas a vista e o passeio desde o cais até ao observatório foram um "pouco" prejudicados durante os Jogo Olímpicos de 2012...



Greenwich também alberga o Museu Marítimo e Museu do Cutty Sark um veleiro bonito e histórico, que é um museu permanente em Greenwich. Construído em 1869, é o único navio remanescente deste tipo.




Um pouco mais à frente no rio, na península de Greenwich fica o Millennium Dome (O2). Esta enorme cúpula foi construída como parte das celebrações do milénio de Londres posteriormente foi convertido num complexo multi-funcional.





2. SOUTH EAST ENGLAND

2.1 WINDSOR


Windsor é uma pequena cidade do condado de Berkshire. Situa-se a sudoeste da cidade de Londres e ao sul do Rio Tamisa. Windsor está unida com a cidade de Eton, no lado oposto do  Tamisa, através da ponte de Windsor. Actualmente, é uma ponte somente para pedestres, sendo uma bela rota ir do centro da cidade até a rua principal de Eton. A sul da cidade ficam o parque de Windsor, e as cidades de Egham e Virginia Water.

Nesta cidade encontra-se o Castelo de Windsor, uma das residências oficiais da família real britânica.Graças à presença da residencial real, em Windsor podem ser encontrados os mesmos serviços de uma grande cidade: estações de comboio, teatros, hotéis, etc. A cidade conta também com um "Parque Safari" e um parque temático Legoland...




Com a função de Palácio Real, juntamente com o Palácio de Buckingham em Londres e o Palácio de Holyrood em Edimburgo, é uma das principais residências da monarquia britânica, que nele passa a maior parte dos fins-de-semana, a Páscoa e a chamada semana de "Ascot Real" (em Junho). É o maior castelo ocupado do mundo.

Entre as suas principais atracções, destacam-se a colecção de armaria e a Casa de Bonecas da Rainha Maria. Na parte baixa  encontra-se a Capela de São Jorge, enquanto que na parte alta  encontram-se os aposentos reais e a grande Sala de Estado (como o Salão de São Jorge, cujo tecto é decorado com os brasões de armas da liga dos cavaleiros).



As duas partes são separadas pela Torre Redonda. um resquício do primitivo castelo de Guilherme, o Conquistador.



O castelo foi construído pelo rei Guilherme I de Inglaterra no século XI., porém tem sofrido numerosas reformas e modificações ao longo dos séculos. A maior parte dos Reis e Rainhas da Inglaterra tiveram uma influência directa na construção e evolução do castelo, o qual tem sido a sua fortaleza de guarnição, residência, palácio oficial e, por vezes, a sua prisão. A história do castelo e a da monarquia britânica estão intrinsecamente ligadas. Cronologicamente a história do castelo pode ser traçada a partir dos reinados dos monarcas que o têm ocupado. Nas épocas de paz, o castelo tem sido expandido pela adição de grandes apartamentos; nos momentos de guerra, o castelo foi fortificado mais pesadamente. Este padrão tem sido continuado até ao presente.





2.2 ASCOT

Ascot Racecourse e uma famosa pista de corrida de cavalos inglesa localizada na cidade de Ascot, no condado de Berkshire. É uma das pistas principais do Reino Unido, com 43 provas de grupo 1 disputadas por ano. A maioria são corridas de galope plano, mas também é usada para corrida com obstáculos. Fica nas  proximidades do Castelo de Windsor e pertence à Coroa da Inglaterra.

A prova mais importante é a Ascot Gold Cup que ocorre no Ladies Day, dentro do Royal Ascot.




2.3 BRIGHTON 


Brighton é a parte maior da cidade de Brighton e Hove em East Sussex, na costa sul da Grã-Bretanha. A Brighton actual faz parte da conurbação Brighton / Worthing / Littlehampton que se estende ao longo da costa.

O antigo povoado de Brighthelmstone data de antes de 1086, mas emergiu durante o século XVIII como um resort de saúde voltado para os banhos de mar. Tornou-se um destino para os londrinos após a chegada da ferrovia em 1841. Hoje em dia sendo uma cidade a beira-mar com bares, restaurantes, discotecas e salas de jogos e que está a menos de uma hora de comboio de Londres é um destino popular.




A longa praia de pedras... 




O Brighton Marine Palace e Pier inaugurado em 1899. Possui um parque de diversões, restaurantes e salões de jogos. O Pier Oeste foi construído em 1866 mas foi fechado em 1975 e ficou à espera de renovações… contudo sofreu dois incêndios em 2003 e fizeram-se planos para um novo marco no seu lugar - o i360, uma torre de observação com 183 m projectada pelos arquitectos London Eye. 





Outros pontos de interesse são:

O Royal Pavilion é um antigo palácio real construído como uma casa para o Príncipe Regente no início do século XIX, sob a direcção do arquitecto John Nash, e é notável pela sua arquitectura indo-sarracena e interior oriental. Outros edifícios indo-sarracenos em Brighton incluem o antigo Mausoléu Sassoon, agora um super chique club.

O Grand Hotel foi construído em 1864 e foi o local do atentado em Brighton em 1984. Foi neste hotel que foi colocada uma bomba por um membro do Exército Republicano Irlandês Provisório (IRA) com a intenção de assassinar a primeira ministra Margaret Thatcher e membros do seu gabinete, que estavam hospedados no hotel para uma conferência do Partido Conservador. Uma curiosidade: Alistair McAlpine, um membro conservador da camara dos lordes, convenceu o Marks & Spencer a abrir às 8:00 am para aqueles que perderam as suas roupas no atentado poderem compra roupa.

Desde 1978 a demolição da piscina pública em Black Rock, na parte mais oriental de Brighton, a área tem sido desenvolvida e agora tem uma das maiores Marinas da Europa. No entanto, o local da piscina em si permanece vazio.

Criado em 1883, o eléctrico Volk percorre a praia de Brighton Pier ao Black Rock e Marina de Brighton. É a ferrovia eléctrica mais antiga do mundo.

A igreja de St Nicholas do séc XI é o edifício mais antigo de Brighton. Outras igrejas notáveis ​​incluem a de São Bartolomeu e São Pedro, Brighton tem uma sinagoga, cerca de 12% da população de Brighton e Hove são de ascendência judaica, mas menos da metade não pratica nenhuma forma de judaísmo. Na verdade, Brighton tornou-se conhecido como um dos lugares menos religiosos no Reino Unido, com base na análise do censo de 2001 que revelou que 27% da população professava nenhuma religião, quase o dobro da média nacional de 15% O curioso no censo foi que 2,6 % afirmaram a sua religião era Jedi Knight. Este fenómeno teve por base um movimento iniciado em 2001 e dirigido aos residentes de uma série de países de lingua Inglesa, instando-os a escrever a sua religião como "Jedi" ou "Cavaleiro Jedi" (da saga Star Wars) no censo nacional. Acredita-se que a maioria dos auto-retratados Jedi o fizeram para seu próprio divertimento ou como um protesto contra a inclusão da questão da religião no formulário do censo.

O The Way The Monarch passa em direcção a oeste ao longo da orla marítima acima da praia. Este caminho de 990 km marca a rota de fuga tomada pelo rei Charles II em 1651 depois de ser derrotado na Batalha de Worcester. Charles I, o seu pai, tinha iniciado uma luta pelo poder com o Parlamento da Inglaterra na tentativa de obter a receita real, que o Parlamento procurava refrear. Muitos de seus súbditos estavm contra ele em especial, pela sua interferência nas Igrejas inglesa e escocesa usando sua posição como chefe da Igreja para perseguir políticas religiosas e pela cobrança de impostos sem o consentimento do parlamentar que o levaram a ser visto como um monarca tirânico. Após a derrota de Charles I, que foi posteriormente capturado, julgado, condenado e executado por alta traição, a monarquia foi abolida e Inglaterra entrou no período conhecido como Interregno Inglês ou no Commonwealth Inglês, e o país tornou-se numa república liderada por Oliver Cromwell. Ainda envolvido na luta pelo poder Cromwell derrota Charles II na Batalha de Worcester 1651, e Charles foge para a Europa continental. Cromwell tornou-se um ditador e Charles passou os próximos nove anos no exílio. A crise política que se seguiu à morte de Cromwell em 1658 resultou na restauração da monarquia, e Charles foi convidado a voltar à Grã-Bretanha e foi recebido em Londres com uma aclamação pública.




Mais umas fotografias da cidade...





2.4 OXFORD

Está situada às margens do rio Tamisa, que aí é chamado de rio Ísis. Por mais de 800 anos, foi um lar da realeza e estudiosos, e desde o século IX oficializada cidade. A Carfax Tower é normalmente considerada o centro da cidade.  É famosa mundialmente pela sua universidade e lugar na história. A universidade de Oxford é a mais antiga das universidades de língua inglesa, e é considerada uma das 10 melhores universidades do mundo.

Um engano comum cometido por turistas recém-chegados é perguntar aonde fica o campus da Universidade de Oxford que na verdade não existe, como em universidades modernas, é composto por cerca de 40 colégios espalhados pela cidade.

Estive em Oxford com a minha irmã, cunhado e sobrinhos, fomos na semana em que as faculdades estão abertas  para futuros estudantes que querem conhecer os diversos campus e por isso pudemos visitar com facilidade uma série delas... Também é uma semana em que vários alumni regressam ao campus para reuniões e foi com alguns deles que eu e a minha sobrinha Maria aparecemos na fotografia abaixo.





Dentre os mais antigos e famosos colégios encontram-se Magdalen College, New College, St. Johns, Brasenose e All Souls...





 e o Christchurch escolhido para servir de cenário para filmagens do filme Harry Potter...




Mais algumas fotografias de  Christchurch...




Entre os famosos alumni de Cambridge destacam-se reis, presidentes e outros famosos estadistas além de estudiosos, cientistas, escritores, Prémios Nobel e demais. Dentre esses Bill Clinton, Tony Blair, C. S. Lewis (autor de As Crónicas de Nárnia), J. R. R. Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis), Edmund Halley, que deu o nome ao famoso cometa, Robert Hooke, Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas), Benazir Bhutto, Manfred von Richthofen (o Barão Vermelho) e Oscar Wilde.

A fama de cidade universitária inglesa é dividida com sua eterna rival, Cambridge de que vou falar mais à frente.



2.5 STOWE GARDENS, BUCKINGHAM 


Estes jardins envolvem a Stowe House, um palácio rural da Inglaterra localizado em Stowe, em Buckinghamshire, perto de Buckingham e que actualmente aloja a Stowe School, uma escola privada.

Os jardins e parte do parque passaram para a posse do "National Trust for Places of Historic Interest or Natural Beauty" e um ambicioso programa de restauração garantiu que mais de 40 templos e monumentos permanecessem, enfeitando uma atmosfera inspiradora de lagos e vales com uma variedade infinita de caminhadas e trilhos, um deleite para explorar.




É tido como o mais ambicioso e importante jardim paisagístico britânico e uma das criações mais notáveis da Inglaterra georgiana, Stowe foi criado por uma família outrora tão poderosa que era mais rica do que o rei. A escala de grandeza e beleza de Stowe inspirou escritores, filósofos, artistas, políticos e membros do público a partir do século XVIII até os dias actuais.


Visitei Stowe com a minha irmã Ana, com o marido João e com os meus dois sobrinhos Maria e Rodrigo. O nosso destino nesse dia era Blenheim e não tínhamos muito tempo para visitar Stowe Gardens... Demos uma vista de olhos rápida mas deixei aqui algumas fotografias, algumas tiradas da internet para que possam ver o esplendor dos jardins. Foi giro fazer uma roadtrip pelo "country side" inglês com eles...Mas um conselho já me esquecia, não deixem de levar GPS porque é dificil orientarmo-nos mesmo pelas auto-estradas inglesas...




2.6 BLEINHEIM PALACE, WOODSTOCK


O Palácio de Bleinheim é um monumental palácio rural, situado em Woodstock, Oxfordshire.

Woodstock é uma pequena vila ao estilo rural inglês... Por curiosidade no restaurante onde jantámos a cozinheira e a empregada de mesa eram portuguesas... O sítio era giríssimo e a comida típica inglesa, óptima, claro!




Mas voltando ao que nos levou a Woodstock, Bleinheim. É a única residência rural não-episcopal a ostentar o título de "palácio". Foi construído entre 1705 e cerca de 1722.




Foi oferecido por uma nação agradecida, a John Churchill, 1° Duque de Marlborough, pela sua vitória na Batalha de Blenheim (1704) contra os franceses e os bávaros, ocorrida no Sacro Império Romano-Germânico durante a Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1714). Dizia-se naquela época que juntamente com a sua mulher, melhor amiga e confidente de Rainha Ana, o Duque de Marlborough governava virtualmente o país. Não foi por isso surpresa que a Rainha Ana tivesse decidido que a última honra ao herói fosse a oferta de um grande palácio. Assim, foi dado a Marlborough o antigo Woodstock Palace para o local do novo palácio e o Parlamento da Grã-Bretanha votou uma soma substancial de dinheiro dirigida à sua construção.

Mas a mulher de Marlborough, Sarah Jennings (que apesar de charmosa foi por todos os registos considerada uma mulher perversa), que tinha feito amizade com a jovem Princesa Ana e que exerceu uma grande influência sobre ela, quer a nível pessoal, quer a nível político quando esta se tornou Rainha, viu mais tarde a sua relação com a Rainha tornar-se estranha e tensa, e na sequência de uma briga final, em 1711, o dinheiro para a construção de Blenheim cessou e os Marlboroughs foram forçados ao exílio no estrangeiro até ao dia da morte da Rainha, em 1 de Agosto de 1714.





Desenhado no raro e breve estilo Barroco inglês, a apreciação arquitectónica do palácio está tão dividida hoje como estava na década de 1720. Blenheim é único na sua combinação de casa da família Churchill, mausoléu e monumento nacional. O palácio também é famoso por ter sido o local de nascimento e casa ancestral do antigo primeiro-ministro, Sir Winston Churchill.

A verdade é que a construção do palácio foi um campo minado de intriga política, com maquinações a uma escala Maquiavélica por Sarah Churchill, Duquesa de Marlborough.O arquitecto seleccionado para o projecto era controverso. A Duquesa era conhecida por favorecer Sir Christopher Wren, famoso pela Catedral de São Paulo e muitos outros edifícios nacionais. O Duque, de qualquer forma, na sequência de um encontro casual num teatro, terá contratado Sir John Vanbrugh nessa mesma ocasião. Vanbrugh, um popular dramaturgo, era um arquitecto leigo, que trabalhava habitualmente em conjunto com o experiente Nicholas Hawksmoor. Blenheim, no entanto, não providenciaria a Vanbrugh os aplausos arquitectónicos que este imaginara. O disputado sobre-financiamento levou a acusações de extravagância e impraticabilidade de desenho, muitas destas acusações apontadas pelas facções Whig no poder. Vanbrugh não encontrou defesa na Duquesa de Marlborough, a qual se vira frustrada no seu desejo de contratar Wren. Lady Sarah apontou críticas a Vanbrugh a todos os níveis, desde o desenho ao gosto. Em parte os seus problemas apareceram daquilo que pedia do arquitecto.Finalmente, nos primeiros dias da construção o Duque estava frequentemente longe nas suas campanhas militares, e foram deixadas à Duquesa as negociações com Vanbrugh. Mais conhecedora que o seu marido do precário estado das ajudas financeiras que recebiam, tentou conter as ideias grandiosas de Vanbrugh, com modos arrogantes (como era sua vontade), em vez de explicar as suas verdadeiras razões por trás da sua frugalidade.




No final do século XIX, o palácio e os Churchills foram salvos da ruína pelo casamento com uma norte-americana: Charles Spencer-Churchill, 9° Duque de Marlborough (1871–1934) pode ser creditado como tendo salvo o palácio e a família. Tendo herdado em 1892 um ducado quase falido, foi forçado a encontrar uma solução rápida de drástica para os problemas. Impedido pelos estritos ditâmes sociais do final do século XIX de ganhar dinheiro, só lhe foi deixada uma solução, tinha que casar com o dinheiro. Em Novembro de 1896 ele, fria e abertamente sem amor casou com Consuelo Vanderbilt, uma norte-americana, herdeira de uma fortuna ferroviária e renomada beleza. O casamento foi celebrado depois de longas negociações com os seus pais divorciados: a sua mãe desesperava por ver a sua filha transformada numa Duquesa, e o pai da noiva, William Kissam Vanderbilt, pagou pelo privilégio. O preço final foi de 2.500.000 dólares (54.100.436,75 em 2007) em 50.000 partes do capital social da Beech Creek Railway Company com um mínimo de 4% de dividendos garantidos pela New York Central Railroad Company. O casal receberia um rendimento anual de 100.000 dólares cada um, pelo resto das suas vidas. A noiva mais tarde afirmou que foi fechada na sua sala até concordar com o casamento. De qualquer forma, Consuelo estava longe de ser feliz; ela regista muitos dos seus problemas na sua cínica e frequentemente pouco cândida biografia "The Glitter and the Gold". Em 1906 ela chocou a sociedade e deixou o marido, divorciando-se finalmente em 1921. Consuelo casou posteriormente com um francês, Jacques Balsan. Morreu em 1964, tendo vivido o tempo suficiente para ver o seu filho herdar o título de Duque de Marlborough, e voltando frequentemente a Blenheim, a casa que ela tinha odiado e salvo, apesar de o fazer de má vontade e com sacrifício.




O palácio tem sido a residência da família Churchill ao longo dos três últimos séculos. O palácio permanece até hoje a casa dos Duques de Marlborough. O presente detentor do título é John Spencer-Churchill, 11° Duque de Marlborough. Como os seus antepassados ele vive no palácio durante parte do ano, ocupando com a sua família o mesmo conjunto de salas que o primeiro Duque e a primeira Duquesa ocupavam.




O palácio está aberto ao público e contém atracções turísticas nos jardins, mas a atmosfera ainda é a de uma grande casa de campo. A progressão de residência para negócio tem sido essencial para a sobrevivência do palácio nos séculos XX e XXI.

O Palácio de Blenheim foi designado como Património Mundial pela UNESCO em 1987.

Visitei Blenheim numa road trip que fiz com a miha irmã, cunhado e sobrinhos, eles adoraram ter seguido o meu conselho de conhecer a Inglaterra fora de Londres... Acreditem, o Country Side Inglês é fabuloso! É uma pena que muitas das pessoas só visitem Londres... Não sabem o que perdem...


3. EAST ENGLAND

3.1 CAMBRIDGE

Fica nas margens do Rio Cam, afluente do Ouse (tributário do mar do Norte), Cambridge domina uma das saídas naturais da área. Daí resultou sua primeira função, a de porto fluvial, bastante importante para receber, na Idade Média, barcos marítimos de pequeno calado. Sua situação geográfica, tornou-a,no século XIII, sede da mais importante feira do país. Graças ao intenso comércio, representado pela exportação de lãs, tecidos e produtos agrícolas, Cambridge enriqueceu, e, ainda no séc. XIII, assumiu novo papel: o de centro universitário.

Hoje em dia Cambridge é uma cidade extremamente bela, com os colégios de imensa riqueza arquitectónica cobertos de vegetação com os verdes relvados e campos de desporto alinhados ao longo do rio.




Ao contrário de Oxford, sua tradicional rival, Cambridge foi muito pouco atingida pela industrialização, mantendo a atmosfera de cidade universitária em toda a sua pureza. A vida da cidade, praticamente, limita-se às actividades directa ou indirectamente ligadas à população estudantil, quase se despovoando nos períodos de férias escolares.O censo de 2001 contou 108.863 habitantes em Cambridge, dos quais 22.153 eram estudantes.

A Universidade de Cambridge é uma federação de faculdades (Colleges) e colégios (Schools) autorizada pelo Monarca do Reino Unido a outorgar títulos académicos nos graus de bacharel, mestre e doutor.Ao primeiro college, o de Peterhouse, fundado em 1284, foram-se seguindo outros, chegando ao total de 31 para homens e dois para mulheres. Alguns deles são especialmente afamados, como o Christ College, onde Erasmo ensinou teologia, o King's College, de belíssima arquitectura  salientando-se sua capela orgival, do séc. XV, o Queen's College, o Trinity College, a que pertenceram Francis Bacon, Lord Byron e Sir Isaac Newton, Corpus Christi College, o Downing College...




e o St John's com a sua famosa ponte dos suspiros.





Cambridge e a Universidade de Oxford são rivais na aspiração a serem a melhor universidade do Reino Unido. Ambas produziram uma grande proporção dos mais proeminentes cientistas, escritores e políticos do mundo ocidental. Cambridge produziu mais vencedores do prémio Nobel (82 no total) do que qualquer outra Universidade do mundo; muitos dos homens que mudaram a história da Física obtiveram seus diplomas por Cambridge, incluindo Isaac Newton, James Clerk Maxwell, John Joseph Thomson, Ernest Rutherford, Paul Adrien Maurice Dirac, entre outros. Outras personalidades históricas ilustres associadas à universidade incluem o naturalista Charles Darwin, o economista John Maynard Keynes, o filósofo e matemático Bertrand Russell e o matemático Andrew Wiles.





Em 29 de Abril de 2011, o príncipe William recebeu de sua avó, a rainha Elizabeth II, o título de duque de Cambridge, a poucas horas antes do seu casamento com Kate Middleton. Com isso, após o casamento William e Kate foram reconhecidos como duque e duquesa de Cambridge. O título de duque é o mais alto da hierarquia da nobreza britânica, somente abaixo de reis e príncipes.

À semelhança do que disse em Oxford, visitámos Cambridge, eu, a minha irmã e os meus sobrinhos, numa semana em que os colégios estão abertos para serem visitados por potencias futuros estudantes.


3.2 RAYLEIGH 


Rayleigh é uma cidade no Distrito de Rochford em Essex, um condado na região Leste de Inglaterra (East of England), localizado a nordeste da grande Londres. Rayleigh fica entre Chelmsford e Southend-on-Sea e encontra-se a 51 km a leste do centro de Londres.

O nome de "Rayleigh" é de origem saxónica e semelhante ao Rehlach alemão. De acordo com a Sociedade de Inglesa de Nomes de Locais, "Rayleigh" deriva de "raege", e "leah", que significa "fluxo de cabras/veados'". De acordo com o Rayleigh Civic Society ", Roa "é uma palavra saxã para “Roebuck and Lea ", provavelmente um pasto para cabras. Seja como for as terras ao redor de Rayleigh eram usadas ​​como florestas de caça real por muitas centenas de anos e ainda hoje o veado é um símbolo da região.





Estive em Rayleigh de passagem fui buscar uma coisa que tinha encomendado e que não entregavam em Londres, o meu amigo Filipe foi uma simpatia e fez-me companhia na viagem e aproveitámos por dar uma espreitadela à cidade.






4. WEST MIDLANDS


West Midlands, é uma região de Inglaterra, que cobre a metade ocidental da área tradicionalmente conhecida como Midlands. Contém a segunda cidade britânica mais populosa, Birmingham e inclui as cidades de Wolverhampton e Dudley, Solihull, Walsall e West Bromwich. A cidade de Coventry também está localizada neste condado mas está separado da área urbana por vários quilómetros de faixa verde.




A região é geograficamente diversificada, desde as áreas urbanas centrais aos municípios rurais ocidentais da Shropshire e Herefordshire que fazem fronteira com Gales e Warwickshire e Worcestershire. 

Estive num curso de Vipassana em Herefordshire e foi nessa altura que conheci esta região fantástica! Inglaterra é mesmo um país bonito.





O maior rio do Reino Unido, o rio Severn, atravessa a região sudeste, fluindo através das cidades do condado de Shrewsbury e Worcester, e o Ironbridge Gorge, um Património Mundial pela UNESCO.

Como berço da Revolução Industrial a zona de Staffordshire que inclui a cidade de Stoke-on-Trent, Staffordshire e a área Moorlands, que faz fronteira com o sudeste do Peak District National Park perto de Leek.




A região também engloba cinco áreas de beleza natural Warwickshire abriga a cidade de Stratford upon Avon, terra natal do poeta William Shakespeare.

O ponto mais alto da região é Serra Negra, com 703 metros a oeste de Herefordshire, na fronteira com Powys, no País de Gales.

A região possui cinco áreas de beleza natural incluindo todos os Montes de Shropshire e de Malvern e Cannock Chase, partes do Vale Wye e Vale de Cotswolds e o Peak District National Park.






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